sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A Política do Povão

Eu nunca fui muito lá fã de política, sempre achei meio inútil pensar nisso e que o melhor a fazer era deixar as coisas rolarem. Uma hora de propaganda eleitoral para mim era apenas uma hora de show humorístico, e nada mais.
Mas de uns tempos pra cá minha mente tem dado uma considerável “abrida”, digamos assim. Comecei a me interessar mais pelas nuances e detalhes da política. Mas foi só para me decepcionar mais com o gênero humano.
Começando com a eleição de prefeito aqui de Novo Hamburgo. O que os candidatos mais fazem (ou menos desfazem, vai saber) é acabar com a imagem dos oponentes e criar musiquinhas grudantes que tu nunca mais vai esquecer. E a letra dessas musiquinhas, por sinal, é sempre cheia de palavras bonitas, que fazem o povo relacionar o político com coisas bonitas, mas que por outro lado não tem profundidade nenhuma de significado. Gente é bicho bem burro mesmo, se deixa levar por uma música sem sentido real.
E as promessas, vejam bem, não diferem muito das músicas de campanha. Palavras como “emprego”, “saúde” e “segurança” são mato na boca dos políticos. Todos os problemas do mundo são resolvidos por essas palavras, ditas em ordens diferentes e com palavras rebuscadas a lhe entremear. É quase um crime lingüístico o que eles fazem, deixando o povo com cada vez menos capacidade de compreender as coisas, com cada vez menos senso crítico. E sempre há um bando de analfabetos funcionais para votar em um político bom de papo.
E isso é outro ponto legal de se discutir (eu comigo mesmo, vocês que se atenham aos comentários, hehehe). Muitas vezes, pelo menos a classe blogueira dos usuários da internet, e mais ainda, os escritores de verdade, se vêem em um beco sem saída: ou falam o que eles querem usando as palavras que eles querem ou eles escrevem o suficiente para que todos entendam mesmo que alguns (os espertos) possam considerar metade do texto um eco da outra metade. É aquela coisa de espremer o texto e ver o que sai: o que sai é aquilo que o autor queria passar, e o bagaço que fica na sua mão é toda a lingüiça que ele teve de encher para fazer os leitores menos espertos entenderem.
E voltando à política, o que vocês acham da propaganda eleitoral da TV? Eu, como antes, continuo achando aquilo lá um programa humorístico gratuito, por que às vezes vai cada figura lá... que nossa. Mas me atendo ao que eles falam em seus 10 segundos de direito, digo que aquilo é bagaço puro. Tu espremes e não sai nada. Na TV, muito mais do que nas musiquinhas, eles abusam de palavras sem significado e de todo o arsenal de palavras e gestos de controle de massas (demagogia) que conhecem.

Aff, não quero fazer uma crítica política aqui no blog, apenas queria exprimir uma opinião desolada: custava ter as pessoas o costume de realmente entender o que os outros falam, apenas pra eu poder escrever da maneira que eu quiser?

Hehehehe

Abração!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Ainda entrando em órbita

Então por fim, retorno vivo de uma viagem hiperespacial até o outro lado da galáxia. Durante a aventura, estive por momentos nadando em mares de stress e me encolhendo em cavernas de desespero, mas o saldo final foi, afinal, positivo.
As coisas vão se acumulando, os problemas menores se aglutinam em problemas razoavelmente substanciais e no fim acaba que eu não posso olhar pra lado nenhum sem que seja assaltado pelo remorso de estar fazendo qualquer outra coisa que não os trabalhos da aula.
O mais estressante dos trabalhos foi ainda aquele da rampa (nem sei se cheguei a falar dele pra vocês). Consistia em medir o tempo que uma bolinha leva para percorrer uma rampa, através da utilização de sensores óticos instalados nas laterais da rampa. Não que isso seja interessante pra vocês, mas talvez ficassem curiosos se eu não citasse a natureza do trabalho.
Era tão estressante que houve até quem desmaiasse durante a aula. Isso prova, também, que eu não sou o único exagerado com complexo de Hermione que se preocupa demasiadamente com os resultados em geral, sendo um deles as notas da escola (e a nota de Física dependia em parte desse trabalho estressante). O vivente não estava pálido, ele estava praticamente translúcido. Isso não nos impressionou, por que ele não era dos mais queridos pela turma, então pouco estávamos nos lixando se ele estava bem de saúde. Porém, quando ele desmaiou, querido ou não pela turma todos nós nos apavoramos, claro. Um grupo de mongolões foi correndo avisar o SAE (Serviço de Acompanhamento Escolar), tal grupo sendo formado em parte pelos que realmente estavam preocupados com o colega moribundo e em parte pelos que simplesmente estavam a fim de matar um pouco de aula indo dar bandinha pelo corredor.
Mas voltando ao desmaio do coitado, bem, não teria como não notar. As humildes medidas da criatura ficam ao redor de 3m x 2m, e no processo de ir caindo ele foi levando junto consigo as classes que por ventura estavam no seu caminho. Estendido ele cobria um terço da área da sala, e isso já é de se notar, fora a atmosfera de destruição que estava circulando ali nas classes e cadeiras reviradas.
Mas ele agora passa bem, e, já fora de perigo, muitos colegas afirmaram veementemente que ele desmaiou por causa do próprio cheiro.
O trabalho esse então, como eu disse, não estava afetando somente a mim. A maior parte das pessoas da sala estava ou revisando o que ia falar durante a apresentação ou simplesmente botando pilha nos demais. E isso ajuda bastante a deixar ainda mais nervoso quem está nervoso. Mas tudo correu bem durante a apresentação (fora a vontade quase irresistível de ser solidário com o colega protagonista da história contada anteriormente e desmaiar também, de modo igualmente cinematográfico). Eu, na minha modesta opinião, acho que o trabalho do meu grupo ficou bem bom, e vai haver professora de física testando a aceleração da gravidade na prática, se atirando (ou senso atirada) da janela, caso a nota do trabalho não seja razoável. Hehehe, quem vê até pensa que a professora é uma monstra. Alguns dos meus colegas podem até achar isso, mas a minha opinião é das mais contrárias possíveis. Afirmo sem demagogia que adoro meus professores, e alguns dentre eles, inclusive essa professora de física, estão na minha listinha de melhores professores ever e de “gente fina pra caramba”.

Bem gente, me sinto um pseudo escritor de novo.

Um grande abraço a todos!

PS: é bom vocês irem se preparando para o post do WeraFlera. Não vou explicar agora, em um post scriptum, até por que o weraflera merece um post só pra ele/ela. Mas por enquanto fiquem com a comunidade no Orkut do Weraflera:
http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=64639065
E, a propósito, não esperem por muito não. É até bom vocês esperarem uma grande porcaria, por que daí independente de como ficar vocês vão achar que excedeu as expectativas e então todo mundo vai dormir feliz!