quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Balanço do Mês 2

Pois é, lá se foi mais um mês. Dei uma cochilada e ele passou sem me perguntar se podia. Mas mesmo tendo sido rápido, foi o melhor até agora. Tá, eu digo isso todos os meses, mas sempre é verdade, pois sempre melhora. Quando eu acho que não pode ficar melhor por que se melhorar estraga, vêm os meus amigos e me mostram que eu estou errado (e muito!).
Primeiramente, este foi o primeiro mês em que eu realmente postei o mês todo aqui no novo espaço. Nos outros dois meses que aparecem ali no arquivo eu não postei muito, e na verdade eu postei quase nada. Parabéns pra mim.
Fui à Bienal do Mercosul, para ver algumas obras que eu não entendi, tive um final de semana só para os amigos, tirei uma foto 3x4 “l-i-n-d-a”, e fiz tantas outras coisas que a minha memória não deixa eu me lembrar.
As reuniões dominicais viraram encontros sagrados, os amigos viraram irmãos, os problemas viraram detalhes e as tristezas viraram lembrança. Mas ahh, guri!

Uma das dicas para se escrever um bom texto, é não repetir muito as idéias de textos anteriores. Mas dane-se, vou esquecer um pouco isso. Eu amo meus amigos! Muito, muito, muito. Se um dia eu deixar de falar com eles eu quero estar bem perto de mim pra poder dar uma surra em mim mesmo. Mas tomara que eu não seja muito forte, pra eu poder bater mais facilmente em mim mesmo e... Bem, vou parar antes que este paradoxo se enrole ainda mais.

Este mês foi o mês mais “música” pra mim até agora. A Mostra de Artes da Raios de Sol, o Festival de Coros do Vale do Sinos, etc. E neste final de semana hospedei dois uruguaios de um coral do nosso vizinho do Sul, o que intensificou a música no mês. A música, e o meu espanhol, claro.
Mês que vem terá de ser muito bom pra ser melhor, quiçá perfeito. Isso me lembra uma coisa que meu pai me falava antes de ir pro serviço quando ele era vivo: “Te amo mais do que ontem e menos do que amanhã!”. Às vezes eu me pegava pensando em quanto ele me amaria dali a alguns anos, no passo dessa inflação.
O que pode ajudar para novembro ser melhor, é que no dia 26 este que vos fala completa 14 verões muito bem vividos. A festa vai ser prorrogada para o final de semana livre seguinte mais próximo, para ser realmente boa.
Também acontecerá a prova do Liberato, e o desfile do Garoto e Garota Clemente Pinto (minha escola), e eu participarei dos dois.

Era isso, pessoal, até a próxima.

E não durmam no ponto, logo já será Natal e todo mundo vai ter de escrever algo com uma mensagem bonita...

Abraço!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Pero que...

Como eu contei para vocês há algum tempo, este final de semana eu hospedei dois coristas de um coral do Uruguai. Sem palavras. Como diz a minha regente: “É incrível como podemos nos apaixonar por estas pessoas em apenas dois dias de convívio”.
Viajamos juntos, comemos juntos, cantamos juntos, passamos o final de semana todos juntos. E eu estou com um sotaque muito estranho, falando português, porém enrolando a língua algumas vezes com um jeito muito espanhol. Durante a estada deles aqui, nós falávamos algo parecido com anglo-portuñol, já que às vezes esquecíamos de apertar a tecla sap...
A questão da língua é muito importante, por que muitas pessoas do tipo “idealistas” gostariam que o mundo todo falasse o mesmo idioma. Que coisa mais chata seria, pois além de se extinguirem os filmes legendados, se perderia a graça de tentar se comunicar e explicar como se fala alguma coisa em português que tenha o mesmo significado que na língua estrangeira. E também não haveria mais os mal entendidos durante as refeições (“me passe la, la, la... como se chama esso?”), nem a facilidade que se tem de fazer um, ahn, intercâmbio cultural, entendem?
Hehehe, pois é.
Eu adorei hospedá-los, mesmo tendo sido um tanto quanto caro, pois é uma experiência inesquecível. É com essas e outras que realmente se aprende algo na vida.
Ano que vem queremos ir para o Uruguai, vamos ver se conseguimos arrumar la plata suficiente para tanto.

E deixo vocês aqui, por que tenho a sensação de que fui passado em um moedor de carne e depois servi de tapete para uma manada de rinocerontes obesos, e ainda por cima estou com algumas horas de sono atrasado.

Abraço!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

E se...

...Eu não tivesse nascido? Como seria a vida das pessoas que eu deixaria de ter conhecido? Como seria a escola que eu não teria freqüentado? Será que as pessoas seriam iguais se eu não existisse?
Ou será que se as pessoas que eu conheço não tivessem nascido, eu seria como eu sou hoje?
É tão simples e tão complicado ao mesmo tempo. A possibilidade de algo que poderia ter sido se outro algo não tivesse sido. E como seriam as coisas se eu não tivesse feito algo? E quantas vezes eu passei ali pra arruinar a minha vida, ou quase deixei de ter algo muito bom, por quase não ter feito alguma coisa?

Essas e outras perguntas foram as que surgiram na minha mente quando eu conversei com um amigo sobre o que seria de nós se não tivéssemos nos conhecido.
Se nós não nos tivéssemos conhecido, certamente eu não teria blog e não conheceria tanta gente interessante e inteligente aqui. Por não ter blog, eu perderia grande parte das qualidades aprimoradas aqui (simpatia, facilidade de expressão...). Teria muito menos amigos, ou minhas amizades se resumiriam a umas poucas e superficiais amizades que vem e vão o tempo todo.
Deixaria de ter conhecido o grupo de amigos de domingo, um em especial, se eu não tivesse conhecido o amigo do parágrafo acima. Aí sim, eu vejo que eu realmente passei perto de não ser metade do que eu sou hoje.
Tudo o que eu já fiz até hoje, todas as escolhas que eu já tomei até hoje, tudo mesmo, ajudou para que eu estivesse aqui. Andei no fio da faca desde que nasci. Se me desviasse do caminho, nunca mais retornaria para o lugar.
Quanto mais longe se vai no passado, mais possibilidades se ramificam em todas as direções. Se o meteoro que exterminou os dinossauros, por exemplo, não tivesse caído, o caminho para o surgimento de mamíferos (e nós, por conseqüência) não teria sido limpo, e hoje em dia estariam andando por aí alguns seres reptilóides e inteligentes, muito diferentes dos humanos atuais.
Dá pra enlouquecer pensando nisso.
Mas o fato, é que tudo o que você tem hoje é reflexo do que você fez ontem, e tudo o que você vai ter amanhã é reflexo do que você fez hoje. Cuidando o que fala e o que faz, você tem total controle sobre o seu futuro, menos na parte do seu futuro que interfere no futuro dos outros, pois não adianta você fazer nada para ter algo se tiver alguém que não esteja de acordo com isso. “Quando um não quer, dois não brigam”, já dizia o ditado.

Por isso que eu agradeço sempre que posso por tudo o que já me aconteceu, de bom ou de ruim, por que tudo isso me trouxe até onde estou agora, e esse lugar é muito bom, pode ter certeza. Abraço!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Para Mulheres

Nesses dias tempestuosos, Solange estava passando por dificuldades financeiras e amorosas. Seu salário não dava conta das suas necessidades femininas e seu corpo escultural espantava os homens que queriam algo mais sério.
Esses e outros problemas haviam a deixado muito estressada e pra baixo. Para evitar uma depressão, queria terminar com aquela tristeza logo. Precisava ler um daqueles livros curtos de auto-ajuda. Uma sessão com psiquiatra não era a melhor opção para sua carteira.
Antes de sair de casa, Solange passou rapidamente uma maquiagem para esconder algumas marcas na pele e para disfarçar os resquícios de uma tarde cheia de lágrimas. Quando ficou pronta, pegou seu carro e foi à livraria mais próxima.
Enquanto estacionava, Solange não pôde deixar de reparar que, entretido olhando os livros, estava um lindo homem. Cabelos louros, olhos azuis e queixo forte. Estava usando uma roupa sóbria, porém muito elegante, o que mostrava que sabia vestir-se muito bem. Suas roupas, mesmo cobrindo o corpo todo, não conseguiam esconder o corpo malhado e bem cuidado que tinha. Solange quase bateu no carro da frente por olhar para o moço.
Entrou rapidamente na loja, para ver se conseguia o nome, o número de telefone, o endereço, o cereal favorito, qualquer coisa sobre o homem.
Mas acabou decidindo apenas andar pela livraria atrás do seu livro, deixaria o moço para depois. Foi na parte onde a atendente havia lhe informado estarem os livros de auto-ajuda, e começou a procurar um para si. Achou um que lhe agradou, e começou a ler o começo do livro para ver se era realmente o que queria.
Absorta pela leitura, não notou que o moço que havia notado antes passava nesse momento por suas costas, carregando alguns livros e lendo a capa do que estava em cima da pilha. Por estar concentrado no livro, não viu Solange e deu um esbarrão nela. Solange, desorientada, caiu no chão com a força do homem.
O homem, entre desculpas, ajudou-a a se levantar.
- Perdão, não a vi no caminho, realmente me desculpe.
Solange não estava acostumada com esse tipo de educação, mas disse que não havia sido nada, apenas uma caída. Mas aproveitou a chance para dar uma investigada sobre ele:
- Não se preocupe, não foi nada. Como é seu nome?
- O meu nome é Sérgio, e o seu?
- O meu é Solange, muito prazer. Desculpe a intimidade, mas o que você está fazendo aqui na livraria?
- Procurando alguns livros, eu adoro ler. E você?
- Ah, eu também adoro ler – desconversou Solange. Não poderia ter dado uma resposta melhor, pois sua cabeça estava ocupada com pensamentos do tipo “nossa, pela quantidade de livros deve ser rico” ou “além de rico e bonito, é inteligente e sensível” ou ainda “nossa, esse é o homem perfeito, nunca vou me perdoar se deixar que escape”.
- Ao menos me deixe ajuda-la com seus livros levando-os até o caixa – disse Sérgio, interrompendo os pensamentos de Solange.
- Na verdade é só um, mas eu aceito a sua ajuda – disse ela enquanto pegava qualquer livro da prateleira e dava para Sérgio carregar. Ele olhou para o livro que ela lhe entregou e falou:
- Nossa, eu adoro esse livro. Você vai gostar muito. Boa escolha.
Mesmo sem saber qual livro era, Solange só fazia aumentar sua admiração por Sérgio.
Dirigiram-se juntos para o caixa, Sérgio na frente com os livros. Ao chegar lá, Solange não teve tempo de falar nada e uma buzina veio de fora da loja. Sérgio olhou para a fonte da buzina (um carro conversível caríssimo) e reconheceu o motorista. Pagou os livros e falou:
- Foi muito bom te conhecer, Solange. Até qualquer hora dessas!
Pegou as compras e foi a passos largos para o carro. Chegando lá, foi recebido com um beijo pelo homem que estava dirigindo o carro.
Solange, perplexa, se dirigiu novamente à pilha de livros de auto-ajuda. Agora, mais do que nunca, iria precisar de um.

Moral da história: “Se procuras um homem bonito, rico, inteligente, sensível e fiel, esqueça: ele já tem namorado e eu sou uma das poucas excessões”.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Problemas Mode OFF, please

Hoje, ao verificar o extrato do cartão de crédito, minha mãe notou que havia uma conta que não havíamos feito.
Depois de averiguar a respeito, descobrimos que era um serviço de acesso simultâneo (que nós não usamos) de internet, o que significa entrar na internet em dois computadores diferentes com a mesma senha de acesso, ao mesmo tempo.
As possibilidades eram duas. Ou meu modem estava com problema e fazendo acesso duplo, ou algum hacker havia roubado a minha senha e usado a minha internet à vontade.
Teremos que pagar (e não é pouco não), mas depois o provedor nos estorna o dinheiro. É bom pra eles por que ficam com o dinheiro por um tempo fazendo juros no banco e é bom pra nós que aprendemos o que significa estornar.
Eu, que já sou meio nervoso e facilmente “encanável” com problemas desse tipo, já ficaria estressado com isso. Mas não, quando Ele quer pegar pesado, Ele pega. Minha mãe chora miséria por qualquer coisa, e isso me deixa p*to da vida. Durante o ensaio, eu escutava com metade da atenção a regente falando dos compromissos próximos do coral, todos eles com algum dinheiro envolvido. A outra metade estava ocupada sentindo remorso de ter que fazer a minha mãe pagar por essas coisas, e mais uma metade (eu estava 150% hoje) estava tentando fazer com que as outras duas metades não me fizessem ficar pra baixo, com pensamentos “problemacêntricos” e com vontade de se esconder embaixo do rabo de um animal bem grande até os problemas passarem.

Mas eis que, no final do ensaio de hoje, ao olhar pela janela do prédio e contemplar a cidade toda, o Espírito Santo baixou em mim e me fez ter apenas pensamentos bons sobre meus problemas, vendo-os sob um espectro mais universal, mais impessoal.
Não adianta de nada ter dinheiro guardado para o futuro, se o futuro é incerto e nós só temos o agora para aproveitar. “O mundo não vai parar de girar por causa dos seus problemas”. Tem muita gente em situação bem pior do que a minha muito mais feliz, e tem gente em situação muito melhor que a minha sem felicidade nenhuma. Daqui um mês ou dois os meus problemas serão apenas memórias cômicas, histórias entusiasmadas sobre o ódio aos atendentes de suporte técnico por telefone e sobre papéis cheios de números que acabaram virando papel reciclado sem valor. Por que em longo prazo tudo acaba virando apenas lembrança, mesmo as coisas boas.
Até depois de morrer, isso se existir consciência extra-corpórea, nós vamos ter apenas o conhecimento adquirido ao longo da nossa existência e a saudade das experiências felizes e tristes que nos fizeram aprender tanto.

Era isso, camaradas. Botei Pra Fora©.

Abraço!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Para deixá-los a par dos últimos acontecimentos

Meu final de semana foi bem movimentado, como contei que seria na semana passada. A Frente da União Blogueira se reuniu novamente, dessa vez em um quartel general diferente (a casa do Jader). Foi ótimo²²² como sempre é, se reunir com os amigos sempre é bom.
Como eu passei o domingo todo fora de casa, fui acometido de um mal que me persegue. Uma pequena prisãozinha de ventre, só pra descontrair o ambiente.
Já tinha me dado isso uma outra vez, durante a viagem que eu fiz com o coral para o Chile no ano passado. Deve ser então problemas com ficar fora de casa, não sei. Mas foi até engraçado da outra vez. Todo mundo tinha uma receita diferente que a avó tinha ensinado, ou que um amigo de um amigo tinha visto na televisão, ou que tinha tomado uma vez e tinha funcionado, etc. Tomei leite, leite com Bis, tomei suco de laranja, tomei berinjela com mamão na volta, fiz uma sessão de alongamento de yoga para ver se fazia uma pressãozinha pra fila andar e até dei uns pulos e me dei uns socos na barriga. Só fiquei bom do problema depois de dois dias dormindo em casa.
Êta assuntinho de m*rda...

Hoje eu fiz a inscrição pra prova do Liberato e também pra um desfile que eu vou participar no fim do mês que vem. Depois da inscrição pra prova eu ganhei um edital com as informações sobre a prova, local, data, conteúdo, esse tipo de coisa. O jeito que o edital foi escrito é quase, mas não exatamente, totalmente o contrário do que seria um jeito tranqüilizador.
Pra fazer a tal inscrição, eu tive que tirar uma foto 3x4. Eu e a minha mãe fomos no centro para dar um jeito de conseguir a foto. A foto que eu tirei ficou um algo:



Quase um galã de novela (meio baleado e com uma cara de sono)... hehehehe.

Agora eu tenho que ir por que eu tenho um encontro incancelável com a cama.
“Mas não é meio cedo?” Exatamente...

Abraço!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Pra que se preocupar?

Na vida, há duas coisas para se preocupar:
Se você está com saúde ou e está doente.
Se está com saúde, não há por que se preocupar.
Agora, se está doente, há duas coisas para se preocupar:
Se vai ficar bom ou se vai morrer.
Se vai ficar bom, não há por que se preocupar.
Agora, se vai morrer, há duas coisas para se procupar:
Se vai para o céu ou se vai para o inferno.
Se vai para o céu, não há por que se preocupar.
Agora, se vai para o inferno, você vai estar tão ocupado apertando a mão dos velhos conhecidos que não vai ter tempo de se preocupar.

Então, pra que se preocupar?

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Pequeno provérbio chinês de autor desconhecido. Auto-explicativo, ;)

Abraço!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Crítica de Cinema

Minha mãe comprou alguns filmes pra nós hoje à tarde, olhei alguns para ver se estavam com defeito ou não, e alguns eu acabei olhando inteiros. A seguir eu faço alguns comentários a respeito de um filme que eu olhei na escola e dois que eu olhei hoje.

Apocalypto:
Esse eu achei demais, por que é todo falado em maia, o que faz com que ele seja todo legendado, e eu gosto de filmes legendados. Muito violento, mas eu já vi piores. Consegui conter a minha empatia para poder olhar o filme. Só achei estranho que o personagem principal fica correndo por três dias sem parar, pulando em árvores, lutando com animais, matando os inimigos, tudo isso com um machucado na barriga produzido por uma flecha que o atravessou. Isso seria no mínimo incômodo. Mas deixa pra lá. Ele era um maia e maias são fortes.

Click:
Vocês devem conhecer mais ou menos o enredo. Um cara ganha um controle remoto que pode controlar tudo em sua vida. Daí então o filme é todo sobre os usos que ele faz do controle e das respectivas conseqüências. Trata do costume que as pessoas têm de deixar pra viver depois e esquecer de viver o agora. Perfeito. É engraçado sem ser besteirol, e é inteligente sem ser chato. Além de muito emocionante, claro. A primeira vez que eu olhei esse filme eu estava na escola, rodeado pelos tipos mais variados de pessoas, mas a maior parte delas tiraria muito sarro se me vissem chorando por causa de um filme. Como hoje eu vi na privacidade do meu quarto, credinho que eu ia segurar choro pra ninguém. Lavei a alma. E faz um bem danado...
Destaque para a cena do “Eu te amo” em replay.

Número 23:
Fantástico. É de suspense, e, como qualquer filme que o Jim Carrey participe, dá pra dar umas risadas. Ele te dá um nó na cabeça no decorrer do filme, um nó espetacular.
Depois que termina o filme, você fica meio paranóico também, vendo o 23 em todo lugar. Eu não tenho críticas negativas para este filme, pois todas as cenas dele foram muito bem trabalhadas, todas as falas foram bem escolhidas, todos os nomes foram muito bem “calculados”, etc. Recomendo ele para quem adora filmes inteligentes e na qual é preciso prestar atenção para entender.

Era isso. Ainda não sou um cinéfilo (ou seria cinéfago?), mas posso dizer que sou bem informado.

Abraço!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Só pra não perder o costume

Vamos a mais um breve (mentindo mais uma vez, Marquinhos?) relato do meu dia e da semana.

Ontem ocorreu a 2ª Mostra de Artes da Escola de Música Raios de Sol. Foi muito lindo. Eu nunca tinha visto uma manifestação artística assim, tão linda. Muito talentosos. Pra quem quiser saber mais sobre essa escola visitem o site dela, aqui. Para quem quiser saber como foi a Mostra, visitem o blog do Antônio, onde ele narra como foi a noite de ontem, aqui.

Hoje, logo depois do almoço, eu fui com alguns amigos no Liberato, a escola que eu farei a prova de classificação pra entrar, lembram? Pois é. Lá ocorreu uma palestra sobre cada curso, para podermos escolher melhor o curso que vamos seguir. Eu já decidi, eu quero Eletrônica (as alternativas são química, mecânica e eletrotécnica).
Fizemos um tour pela escola pra conhecer as instalações e salas em geral. Foi bem legal, muito instrutivo, e ao mesmo tempo desanimador: todos a quem perguntávamos nos diziam para ir pra outra escola, ou, no meu caso, trocar de curso, por que há uma Lenda Urbana que diz que o curso que eu quero é o mais difícil.
Foi até engraçado, por que a maioria dos realmente esforçados passa o dia todo estudando, o que deixa pouco tempo pra eles se preocuparem com outras coisas, como aparência. No final da palestra, quando eu falei o meu curso para uma das quatro gurias que deram a palestra pra nós, ela falou assim pra mim: “Ta, faz eletrônica, mas não vira um mongolão como eles! Olha só, ele não cortam o cabelo só pra poder estudar mais! Eles nem tomam banho!”.
Então, tenho dois recados para os meus conhecidos, amigos e irmãos que estiverem lendo isso aqui: se eu passar na prova, e eu vou passar, vou precisar muito da ajuda e do apoio de vocês pra não desistir do curso. E também: não me deixem virar um mongolão! Se notarem alguma diferença psicológica, ou mais importante ainda, física em mim, por favor, me alertem, e se não adiantar, me batam, toquem um balde de água fria em mim, e se ainda não adiantar, toquem o próprio balde...

Sexta feira tem uma apresentação com o coral no Festival do Vale do Sinos. Os coros mais “mais” do Vale vão se apresentar nesse festival. E depois do festival tem uma festa/janta (ainda não sei bem qual das duas opções é a correta) na qual eu vou poder botar a conversa em dia com os colegas, se bem que a conversa nunca está em dia. Vai ser no mínimo interessante lá. (liga risada maligna) huhuhuhahaha (desliga risada maligna)
Então sábado eu almoço em casa, tudo normal, e de noite os amigos vem fazer a reunião semanal lá em casa, para podermos conversar fiado e cantar muito. Quando terminar, nós vamos dormir, por que domingo ao meio dia eu vou almoçar um meio frango na casa do Antônio, e de noite eu vou jantar na casa do Jader pra ele poder contar para nós como foi a viagem dele ao Uruguai. E sem deixar de conversar fiado e cantar muito, naturalmente.

Esse final de semana promete...

Abraço!

PS: muito obrigado pelas novas visitas, vou tentar me policiar pra entrar mais nos blogs dos amigos, mas a verdade é que eu tenho preguiça. Muita preguiça. Isso é uma das coisas que eu tenho que melhorar em mim...

domingo, 14 de outubro de 2007

Como vai ser o Futuro?

Uma hora todos pensam nisso. Pelo menos todos aqueles que têm algum tempo de raciocínio ocioso, ou que realmente ocupam a cabeça com uma coisa dessas.
Nada de pensar em que não há futuro para nossa espécie. Há sim. Nós somos 6 bilhões de amontoados de carbono que desenvolveram alguma inteligência (não muita) em decorrência da evolução. Isso é gente demais.
Mesmo depois de um efeito estufa, ou de uma guerra nuclear, algumas comunidades de homo sapiens hão de sobreviver. Talvez um pouco bronzeadas ou com membros a mais, mas irão sobreviver.
Então, provado que nós vamos resistir, veremos como vai ser nosso futuro.

Carros mais velozes, voadores e menos poluentes, mas que terão de correr em um mundo quente e desolado. Celulares, computadores, microondas, etc., todos esses aparelhos de hoje em dia vão ser bem menores e possivelmente vão estar acoplados a tantos outros que ainda vamos inventar.
Televisões holográficas, videogames que imitam a realidade, prisões por congelamento, robôs falantes e pensantes, isso tudo, essas coisas que parecem ser de ficção, vão ser realidade.
Então alguém da platéia se levanta e pergunta: “Ta, tudo muito bonito e alegre, mas isso vai demorar muito, então o que nos importa, se já estaremos mortos?”. O palestrante nesse momento agradece a pergunta muito oportuna e aponta para mim para eu poder continuar o texto.
Com os avanços da genética e da medicina logo será possível viver bem mais, e talvez, em um visão bem mais otimista, pra sempre. Então vão logo arrumando algo pra fazer nas tardes de domingo, pra não morrer de tédio (será a única forma interna de morrer).

Então, daqui a 1 bilhão de anos, quando o nosso sol começar a esquentar demais, toda a água da Terra vai evaporar, e toda a água de Marte vai derreter. Vamos de mala e cuia pra lá, tomar um banho refrescante nas recém criadas praias marcianas.
Dali mais 4,5 bilhões de anos, depois que nós já nos acostumamos com Marte, vamos ter que nos mudar mais uma vez. Como o hidrogênio do Sol vai ter acabado, ele vai começar a inchar, tornando as coisas bem quentes em Marte, e nossa única alternativa vai ser ir rapidamente para a periferia, lá em Plutão ou em um dos planetas por perto.
Em 7 bilhões de anos, o sol vai ter inchado tanto (vai ficar 166 vezes o tamanho natural) que mesmo de Plutão vai ser impossível olhar pra ele. Vamos andar noite e dia de óculos escuros.
O Sol vai então começar a encolher assim que aprender a usar hélio como combustível, o que vai tornar possível nós voltarmos para a Terra para dar um último tchau. Mas nada de fincar residência, essa fase dura apenas 100 milhões de anos, pois uma hora o hélio acaba, e quando isso acontecer o sol começará a se expandir de novo, o que nos obrigará a sair definitivamente do nosso tão querido sistema solar. A opção mais próxima vai ser o sistema da estrela de Bernard, que fica a 6 anos luz de distância. Relaxe e curta a viagem.

Claro que isso ainda vai demorar um pouquinho, e nós ainda temos tempo de aproveitar esse solzão maravilhoso aqui do Brasil.
Mas é melhor você se acostumar com a idéia de virar um mochileiro das galáxias.

E como você acha que vai ser o futuro?

Abraço!

Jogos de Computador Inibem a Criatividade

E eu sou a prova viva disso. Vou ficar um dia inteiro sem jogar nada no PC para que à noite, se eu ainda não tiver sofrido um ataque epilético, eu possa comprovar que sem jogos eu tenho inspiração.
Sério mesmo. Tenho quase certeza que o que está travando a minha cabeça e me impedindo de escrever sem ter de encher lingüiça são as cabeças que eu estouro no GTA, os tão sonhados 100% que ainda não consegui alcançar nesse mesmo jogo, e os níveis de poluição das minhas metrópoles do SimCity que tendem sempre a aumentar. Soma-se a isso o estresse que um computador lento causa em um maníaco da informática como eu. Não me deixa triste, mas me proporciona odiosos minutos de mau humor diário.
Bem, sobre o que falar? Sobre a falta de inspiração eu já falei, sobre o por quê dela também. Sobre a falta de musa inspiradora não é legal falar, chega a beirar o ridículo.

Bem, ontem eu aluguei dois filmes pra, talvez, na falta de coisa melhor, olhar amanhã com os amigos. Os filmes que eu aluguei foram o “Todo Mundo em Pânico 3” e “Jackass: Caras de Pau”. A minha impressão sobre o primeiro é que qualquer coisa é motivo pra fazer piada, e isso chega a ser chato, por que é repetitivo demais. Tem até aquele ditado “Não ria de tudo, pois quem acha tudo gozado é camareira de motel”. Ou como dizia a música do Cazuza “[...] rir é bom, mas rir de tudo é desespero [...]”.
O segundo é tão nojento, tão banana, tão criança, que chega a ser engraçado. O filme é na verdade uma coletânea de pegadinhas de um programa de TV norte-americano. Só que quatro de cada três pegadinhas envolvem ficar com a bunda de fora ou coisas piores, como se tocar em um ventilador ligado, destruir um carro alugado, se tocar em um lago podre, onde é jogado o esgoto de uma cidade e onde havia um gato morto flutuando, e isso tudo só pra falar das mais fracas. Eles fazem, do inicio ao fim, o que nós passamos a infância inteira ouvindo nossos pais para não fazermos. Não recomendo.
...
Ainda lá na locadora eu vi um negócio bem criativo. Em cima da porta que vai para a área dos pornôs, tem um cartaz onde está escrito o seguinte: “Alugue um pornô sem vergonha”.
Os donos da locadora me disseram que eu fui o único a entender a lógica do trocadilho até aquele momento.

Abraço! E, sobreviventes de mais um texto, deixem um comentário para ao menos dar sinal de vida. Quem estiver vivo levante a mão! \o/

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Dia das Crianças

Aêêê! Parabéns pelo nosso dia! Mesmo pros que não são mais crianças, mas que ainda guardam uma criança dentro de si!
Por que até os mais sérios ainda guardam uma criança bem no fundo, esperando ser libertada, pra poder brincar, pular, se sujar, participar de propagandas da Omo, enfim, pra fazer coisas que crianças fazem. Não a deixe mais nem um minuto trancafiada, solte-a, a deixe esvoaçar os cabelos ao vento! Pelo menos por um dia, então você verá que é bom e nunca mais voltará a ser como era antes...

Abraço! Fiquem agora com uma pequena (mentiroso) explicação sobre o porque do Dia da Criança ser nesse dia.

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Dia das Crianças no Brasil

A criação do Dia das Crianças no Brasil foi sugerido pelo deputado federal Galdino do Valle Filho na década de 1920.
Arthur Bernardes, então presidente do Brasil, aprovou por meio do decreto de nº 4867, no dia 5 de novembro de 1924, a data de 12 de outubro como o dia dos pequenos.
O Dia das Crianças só passou a ser comemorado mesmo em 1960, quando a fábrica de brinquedos Estrela fez uma promoção junto com a empresa Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas.
A idéia das duas empresas deram tão certo que outros comerciantes resolveram adotar a mesma estratégia. E assim, dia 12 de outubro é dia de criança ganhar presente!

Dia das Crianças no Mundo
Muitos países comemoram o Dia das Crianças em outros dias do ano. Na Índia, é em 15 de novembro. Em Portugal e Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Na China e no Japão, a comemoração acontece em 5 de maio.

Dia Universal da Criança
A Organização das Nações Unidas, também conhecida como ONU, comemora o dia de todas as crianças do mundo em 20 de novembro. Foi nessa data que os países aprovaram a Declaração dos Direitos das Crianças.

Retirado de http://www.mensagensvirtuais.com.br/saiba_diadascrianas.php

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A Morte

Como que por um achado, um amigo meu pediu para postar um texto dele aqui no blog. Digo que foi um achado por que, além de eu ter adorado o texto (curto, poderíamos até chamar de pensamento), isso me salva (e a vocês) de mais um dia sem inspiração. O amigo é o Marcelinho, um grande pequeno amigo meu, que, embora esteja meio afastado do grupo ultimamente ainda é um baita amigão meu.

Abraço!

"A morte não é um mistério que amedronta, ela é uma velha conhecida nossa; ela não esconde segredos que possam perturbar o sono de um homem honesto.
Não vires o teu rosto ao ver a morte, não te assuste se ela vir e parar a tua respiração. Não a temas pois ela não é o teu amo que vem em tua perseguição. Não o teu amo, mas um simples servo do Teu Criador – aquilo ou aquele que criou a morte e te criou – e que é, Ele sim, o Único Mistério."

Marcelo de Oliveira

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Música Que Momento da Semana

Para me salvar da falta de inspiração (ou salvar vocês de mais uma sessão encheção de lingüiça...), hoje eu vou postar a música da semana.
Estou sem novidades, ou pelo menos nada publicável por enquanto. Decidi não me importar com os problemas pequenos do dia-a-dia, com tanta gente aí com problema muito maior enfrentando com bem mais força do que eu. Ainda não é uma mudança pra eu ser visto como Marquinhos 2.0 (o Antônio foi a versão beta, daí veio eu, como o 1.0, e ainda é cedo pra vir o 2.0), mas é bom eu escrever isso pra se porventura eu estiver mal eu ler isso e me botar nos trilhos novamente.

A música que eu escolhi eu andei cantarolando a semana toda, pra ver se alcançava os agudos desgraçados que a compõe. Consegui, mas ainda não ta legal. Vai pra minha lista de “coisas a aprimorar”. No topo da lista está “pensar antes de falar”, seguido por “não se deixar ser pisado” e “prova do Liberato”. A lista segue por duas páginas, cheia de detalhes totalmente desinteressantes.

Abraço!

Sapato Velho - Roupa Nova

Você lembra, lembra
Daquele tempo
Eu tinha estrelas nos olhos
Um jeito de herói
Era mais forte e veloz
Que qualquer mocinho de cowboy
Você lembra, lembra
Eu costumava andar
Bem mais de mil léguas
Pra poder buscar
Flores de maio azuis
E os seus cabelos enfeitar
Água da fonte
Cansei de beber
Pra não envelhecer
Como quisesse
Roubar da manhã
Um lindo por de sol
Hoje, não colho mais
As flores de maio
Nem sou mais veloz
Como os heróis
É talvez eu seja simplesmente
Como um sapato velho
Mas ainda sirvo
Se você quiser
Basta você me calçar
Que eu aqueço o frio
Dos seus pés

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Historinha do meu professor...

Hoje no curso meu professor se queixou de dor nos rins, e contou pra nós a história de uma outra vez que deu essa dor nele. Segue a história como contada por ele próprio.

Abraço!

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Uma vez me deu uma dor como essa. Eu estava dando aula pra primeira turma da tarde e começou a doer um pouquinho aqui no rim direito. Eu achava que era de estar a tarde toda em pé, então não dei bola para aquilo. Era o tipo de dor que eu só sentia se quisesse, daquelas bem fraquinhas.
Na segunda turma a dor já tomava maiores dimensões. E foi indo nesse passo na terceira e na quarta turma. Na quinta turma, já não me agüentava. Passei uma tarefa pros alunos e me escorei na parede no fundo da sala, respirando fundo pra ver se aliviava a dor e torcendo pra que nenhum dos alunos me chamasse pra explicar o que quer que fosse.
Com muita dificuldade, chamei o Adriano de canto e falei pra ele aprontar uma locomoção pra eu ir pro hospital tão logo terminasse a aula. “Mas o que tu tem?” perguntou ele. “Ah, só uma crise de pedra no rim. Não te preocupa, não é nada demais”. Eu vi ele ficar branco com a minha resposta. Saiu correndo de fininho, sob olhos assustados dos alunos.
Quando terminou a aula eu vapt pro hospital. Lá me confirmaram que era pedra no rim e que eu ia ter que dar um jeito naquilo (gênios!). Deram-me um remédio pra não sentir a dor na barriga. Tenho cá minhas dúvidas quanto à origem do remédio. Eles me diziam que vinha da farmácia, mas pelos efeitos que estava provocando em mim eu poderia jurar que o que me deram tinha sido um pouco da melhor safra de cannabis da Bolívia.
Cambaleante, voltei pro carro, dividido entre o desejo de uma cama bem fofa e o de mais remédio. Me disseram pra voltar no dia seguinte pra fazer alguns exames, mas eu estava mais interessado nas luzes que piscavam a minha volta, no cabelo rosa chiclete da médica e no seu avental verde com bolinhas azul água. É, eu estava doidão.
No dia seguinte, já no consultório médico e menos doido, me disseram que iriam fazer uma ecografia pra saber (se era menino ou menina, como meu adoráveis colegas adoram tirar sarro) como iriam tratar das minhas pedras nos rins. Só que pra fazer o exame, com bem sabem, eu tinha que ter a bexiga cheia. Então me deram dois litros de água pra eu beber ali, e eu bebi.
Que tortura não poder ir no banheiro! A cada nome que não era o meu eu sentia me afundar um pouco mais no banco da sala de espera. Minha bexiga estourando e eu sem poder dar uma boa mijada.
Depois do terceiro paciente que foi atendido antes de mim, eu já estava sentado em posição de monge, meditando para controlar a urina. Amarrar a ponta não era uma boa idéia pra ocasião, então meditar foi a melhor alternativa. Me desliguei do mundo, de todas as sensações, principalmente a que dizia “vai no banheiro, agora!!”. Cada vez que alguma enfermeira vinha perguntar se estava tudo bem, se eu não queria beber um refresco ou um café, eu a fulminava com meu olhar de “sabe voar? Quer aprender?”.
Quando eu ouvi a voz mágica chamando meu nome no fim do corredor, foi como se eu fosse a pessoa mais feliz do mundo.
Lá dentro, a médica passava aquela coisa gelada na minha barriga e apertava, parecia que estava querendo tomar um banho mais cedo. Ela está na minha lista negra.
Ao fim da sessão “aperto na bexiga”, era eu apostando corrida com o som em direção ao banheiro. Tudo que estava no meu caminho em uma linha reta ao banheiro não está mais lá, seja o que fosse. Fiquei três minutos lá dentro, apreciando a sensação única que é matar algo que está te matando. Saí do banheiro levitando, nem lembrava mais por que estava ali.
Fui pra casa e uma semana depois eu já estava com o rim saudável novamente.
Mas até hoje eu procuro por aquele remédio que me deram...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Estar pra mais é demais!

Não vou nem falar sobre a tristeza e por que ela foi embora. Do jeito que vocês me conhecem, já devem ter um idéia pronta na cabeça de coisas que me fazem ficar pra baixo e coisas que levantam meu astral. Os meus amigos-irmão que o digam. Parece que adivinham as coisas que tem que falar pra eu me sentir bem. É muito importante pra mim me sentir importante ou reconhecido pra sair de uma fase triste e em qualquer outra, exatamente como diz no meu horóscopo tradicional (signo solar: Sagitário, lunar: Touro, ascendente: Sagitário) e no chinês (“Garboso e cheio de si, os nativos de Galo adoram ter seu talento reconhecido [...]”). Mesmo não acreditando nessas baboseiras, tudo dá muito certinho pra mim, é de assustar. Principalmente quando o que causou a tristeza foi...
Como eu disse, não vou falar sobre isso.

Quarta-feira tem interséries de manhã e apresentação à tarde. Isso até causou um diálogo interessante entre minha mãe e eu na hora do café:
- Tu não vai jogar? – perguntou minha mãe.
- Jogar? Eu? Não dá, mãe. Eu sou uma ameba. E também não faz o meu tipo correr atrás de uma bola lado a lado com outros 11 machos (são onze? E mais: são machos?), onde o máximo que eu posso ganhar vai ser um roxo ou dois nas pernas. Prefiro ficar na arquibancada com as gurias. Ali sim, eu posso ganhar alguma coisa. Um tapa ou algo parecido, claro.
...
Continuando. Quinta tem mais interséries, e sexta é feriado. Então, minha semana termina amanhã, e só retoma na terça que vem, por que segunda também é feriado. Se estou me achando? Só um pouco. Acordei com vontade de fazer mal a alguém hoje.

Na minha escola começarão aulas de reforço de Português e Matemática, para quem estiver a fim de passar na prova do Liberato. Hoje eu injetei um gás todo especial em mim, estou esbanjando disposição para fazer qualquer coisa. Estou até disposto de arrumar meu quarto(!).
E por falar em português e injetar gás, neste final de semana minha mãe foi no aniversário da filha da professora que me deu aula na primeira série. Super gente fina ela, fez um trabalho espetacularmente bom ao me ensinar a ler. Nunca mais parei.
Nessa festa, uma das pessoas de lá (que leu meu blog) falou que eu deveria escrever um livro. Uau. Me senti a última Trakinas do pacote, em meio às bolachas maria. Um elogio desse calibre faz qualquer ego inflar (ele me mandou uma foto dele com o ego do Antônio, meditando com o titio Dalai. No momento ele está a caminho da Sibéria, onde vai participar de um ritual xamânico para negociar com os espíritos alguns problemas financeiros da viagem).
Eu tenho me sentido tanto uma bolacha Trakinas, que uma hora dessas eu terei de colar um “informação nutricional” ao lado do meu corpo, pra não ser processado pelos Direitos do Consumidor...

Então até mais, caros amigos que pacientemente persistem em ler meu blog...

Abraço!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Mais ou menos pra mais

Bem, estou parcialmente de volta. O motivo da volta do humor foram alguns elogios de pessoas que eu não conheço, algumas piscadelas e olhares cheios de segundas intenções na parada do ônibus, encarar de frente o mico que foi cantar praticamente sozinho na apresentação de hoje à tarde (era eu e mais seis), enfim, todas as coisas que fizeram meu ego inflar. A propósito, ele deixou uma carta em cima da mesa para mim hoje de manhã dizendo que foi ao mundo em busca do ego do Antônio, para fazerem algumas viagens juntos pelos templos budistas no Himalaia. Infelizmente não poderá mandar fotos, pois não há nenhuma máquina fotográfica no mundo capaz de enquadrá-lo por completo.
Na ida e na volta da apresentação, eu pensava no que poderia ter me deixado triste por esses dias, para eu poder ver o quão ridícula era minha preocupação, e então a partir daí poder me livrar da dita.
Acabou que eu vi que o meu problema é carência. Física e afetiva. E o pior é que é mesmo. Eu não posso ouvir ou ver algo sem que pense conotações assaz libidinosas a respeito, e não posso mais ver final de novela em que todos se casam e ficam felizes sem sentir uma pontada de inveja de todos eles.
Aiai, é isso que dá ter uma parte filósofa dentro de ti. A pessoa não pode ficar sem fazer nada sem que comece a pensar profundamente sobre os seus problemas e chegue a uma conclusão deprimente da qual o único modo de escapar é não pensar no assunto. E acabo de descobrir que os sintomas para isso é que você começa a escrever sentenças imensas com poucas ou sem nenhuma vírgula que têm grande possibilidade de possuir um ou dois erros de concordância.
O jeito, como eu disse, é não pensar no assunto.

E olha só, arranjei tempo e saco pra postar um vídeo no youtube. Faz parte do meu top five de músicas que eu gosto. Qualquer coincidência entre a música e o texto acima é só isso mesmo, uma coincidência. Mas não deixa de ser uma bela de uma coincidência, claro.

Abraço!

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Tema de Romeu e Julieta

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Diário

Hoje eu fui à Bienal do Mercosul com minha escola. Só vimos algumas obras (ininteligíveis, com explicações que aparentemente foram formuladas após a criação delas), a maior parte do tempo ficamos na mostra “No Ar” do grupo RBS, um grupo de imprensa e de outros setores aqui do RS.
Eu fui de calça de brim, e que maravilha. Todos os 30º C sempre me lembravam de que “você é um burro, se preocupa mais com a aparência do que com o seu bem estar...” e que “como sua bunda no verão”, hehehe. As coisas de comer e de beber eram caras, gastei todo o dinheiro que eu levei com isso. Uma fofura de passeio.
Me perdi do grupo, e atipicamente não entrei em pânico. Na verdade, teve momentos que eu me senti mais tranqüilo do que se estivesse em companhia do pessoal. Vai saber né. Nem eu me entendo.
Depois de voltar do passeio, fui com a minha mãe fazer o exame dos olhos, pra ver se o meu grau tinha aumentado. Fiz o exame com o mesmo doutor que eu fiz o exame quando tinha quatro anos. Eu não lembro, mas minha mãe diz que foi estressante, já que eu não sabia ler e blábláblá, e daí em diante eu estava mais preocupado com uma das revistas que eu comprei no sebo aquele outro dia. É, eu ainda não terminei de ler.
Terminou que o meu grau aumentou 0,75 no direito, e agora eu tenho 2,5 em cada um. A boa notícia é que uma hora pára de aumentar. A má notícia é que não se sabe quando é que isso acontece.
Estou moído por causa do passeio, meus pés estão em estado deplorável, só estando melhores mesmo do que o meu humor. Amanhã eu não vou ir na aula por que a) a minha turma vai na feira do livro e eu não estou a fim, b) tem um ou dois períodos comandados por uma professora-vaca-leiteira que eu não gosto nem um pouco, e c) eu preciso de tempo pra inventar uma desculpa menos esfarrapada de por que eu não fui.

Juro que até o fim da semana eu posto um vídeo do coral cantando, e que também até lá eu esteja enamorado da inspiração novamente.

Abraço!

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Vou postar hoje uma música, tem um som muito bom, e tem uma mensagem muito boa também, espero que gostem, se tiverem a oportunidade de ouvi-la. Faz parte do repertório das nossas festas cantantes, então só pode ser boa, né?

Kid Abelha - No seu lugar Paula Toller / George Israel

Desde que estamos aqui
Eu não quero saber
Quanto tempo se passou
Quem sou eu e onde estou

Será que fomos apressados
Ou foi o tempo que parou
Será que estamos parados
Congelados no espaço

Desde que estamos aqui
Eu não quero saber
Quem está por cima
Quem está por baixo

Com você o tempo pára
Sem você o tempo voa
Sem você eu perco tempo
Com você me sinto imortal

Eu quero ver você
Ficar no meu lugar
Eu quero ser você
ficar no seu lugar

Será que fomos apressados
Ou foi o tempo que parou
Será que estamos parados
Congelados no espaço

Com você o tempo pára
Sem você o tempo voa
Sem você eu perco tempo
Com você me sinto imortal

Eu quero ver você
Ficar no meu lugar
eu quero ser você
Ficar no seu lugar

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Balanço do Mês

Este foi um ótimo mês. Não fosse as recaídas da minha voz ele seria perfeito. Desde a minha perda de voz a umas três semanas a minha voz não é mais a mesma. Mas fazer o que, né, é a vida.
Pontos positivos não faltam ao mês. Muitas reuniões dos amigos aqui em casa, muitas reuniões dos amigos fora de casa, em suma, muitas reuniões de amigos. Cada uma melhor que a outra.
Este mês foi também o da transição definitiva de blog. Depois que o Antônio mudou de blog ficou fácil pra eu mudar também. Como diz o Jader, eu sou muito influenciável (mas no caso ele estava se referindo ao fato de eu uma vez ter seguido ele numa música quando eu deveria fazer uma coisa separada).
Foi o mês dos aniversários. Acho que eu somei cinco aniversários, só de pessoas do coral e amigos em geral. Três deles nós comemoramos sábado, com muita música, conversa fiada e jogos do capeta, daqueles viciantes.

De mais importante foi isso que aconteceu. Em alguns dias eu conto com detalhes como foi o meu final de semana.

Hoje, como vocês podem facilmente notar com o tom pesado e monótono que este texto possui, eu não estou inspirado, e estou postando por obrigação contratual (com a minha consciência).

Tomara que amanhã a disposição literária volte.

Abraço!

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Nos próximos capítulos:

Marquinhos se sente cansado só de ver a lista de apresentações com o coral para o mês de outubro;
Marquinhos posta alguns vídeos do coral dele cantando, para seus leitores finalmente conhecerem o tão falado grupo de amigos;
Ele também hospeda dois (ou duas) coralistas de um coral do Uruguai;
Conta como foi a visita à Bienal do Mercosul, que fará amanhã;

E muitas outras coisas. Não perca, nos próximos capítulos de Paraíso TriLegal! (infame, sem dúvida).