quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O Último dos Dias

Que dia melhor para que eu me retifique na postagem bloguística do que o último dia do ano? Tenho passado por batalhas internas entre o lado preguiçoso (comunista, canibal, terrorista, religioso fundamentalista e qualquer outro título ruim que passe pela mente dos leitores) que queria deixar sempre para depois, ou que queria deixar para sempre o depois, depende o ponto de vista; e o lado progressista (feliz, racional, disposto, e uma infinidade de adjetivos que contrastem bem com os títulos de antes) que queria de uma vez por todas acabar com a espera e com esse ócio que mata os meus neurônios ávidos por atividade. Como pode-se notar através deste texto, o lado pelo qual todos torciam venceu.
O clima também nunca ajudou muito. Agora está até agradável, como esteve em alguns poucos dias, mas na grande maioria esmagadora (permitam-me algumas redundâncias; tenham certeza de que elas são mais do que justificáveis) dos dias depois do fim das minhas aulas, o que predominou só pode ser chamado de agradável por aqueles meteorologicamente infelizes que vivem mais perto da linha do Equador do que eu, e ainda assim com excessões. Foi bem na época em que eu comprei um computador novo (super máquina, roda qualquer coisa), e eu, como qualquer outro fã de tecnologia/ciência/conhecimento/não-precisar-esperar-para-carregar-um-jogo-e-poder-rodá-lo-no-máximo faria, passei praticamente o tempo todo em frente do mais novo membro da família, e não foi qualquer 40°C que me intimidou. Jogava Spore, no alto da tarde, no alto do sol, quase nu, com todo o líquido que alguma vez eu já tenha bebido na vida escorrendo pelas costas, e estava feliz que nem pinto no lixo. Obviamente não por causa do calor, que eu desde sempre só considerei útil para valorizarmos mais o frio e desvalorizarmos os casacos que escondem tudo das moças. Falo mesmo.
E, de todas as piadas sobre o calor que já me fizeram, nenhuma foi tão irônica e maldosa quanto uma que o acaso me pregou. Sucedeu-se o seguinte: durante a época de frio, eu sempre deixo o casaco em um local de fácil acesso, e durante as curtas temporadas de calor que existem no meio do inverno (mais frequentes no seu final), eu o deixo descansando pendurado do lado de fora do guarda-roupa. Há pouco tempo, em uma que eu pensava ser uma curta temporada de calor, mas que na verdade era o começo do verão, deixei o casaco lá, esperando uma reviravolta no tempo. Nessa tarde, em que eu escorria em frente ao PC, olhei para o casaco e senti como se aquilo fosse coisa de outro mundo, coisa sobrenatural. Na verdade, aquilo estava extremamente semelhante a uma escultura em homenagem a algum deus (o do frio, no caso), se bem que nas religiões que conheço precisa-se primeiro morrer, para só então ir para o Inferno.

E como eu dizia anteriormente, o clima também não ajudou muito. Cabeças fritando pensam pouco, e pensam mal. E sem pensar até que dá para escrever alguma coisa, mas quero perder esse vício. É uma das minhas promessas para 2009, junto com exterminar um a um todos os defeitos que eu puder. Ou, na melhor das hipoteses, escondê-los. As pessoas que se dizem espontâneas vão criticar-me, me falando que esconder defeitos é falsidade. Eu, claro, responderei que espontaneidade de verdade nada tem a ver com fazer e dizer coisas sem pensar, e é na verdade não ter medo dos próprios sentimentos, emoções e opiniões. E isso é outro dos meus objetivos em 2009.

Mas antes de pensar em 2009, preciso declarar aqui para efeitos de registro, que 2008 foi o ano mais feliz da minha vida. Disse isso de 2007, e dizer isso de 2008 não diminui a qualidade de 2007, só traduz o quanto o ano que acaba hoje foi superlativo. Se pelas conquistas intelectuais ou pelas muitas amizades novas e maravilhosas, ou pelos montes, montes, montes, montes e montes de risadas que eu dei e proporcionei, ou ainda pelo amadurecimento no sentido de saber quando errar e que erros se pode errar, eu não sei. Deve ter sido a mistura de tudo isso, e essa mistura me faz estar eternamente agradecido a todas as pessoas que ajudaram para que isso acontecesse.

Eu tinha uma carrada de coisas pra dizer-lhes ainda, mas não lembro de boa parte delas. Só tenho mais a dizer que tenho recebido por todos os lados incentivos para a escrita, e é por isso que venho com vigor renovado agora.

Um Feliz Ano-Novo para todos vocês, que em 2009 tudo de bom seja realizado nas suas vidas. Aguardem novidades em breve.

Um abraço!

sábado, 25 de outubro de 2008

Boletim de Notícias

Pois é, quanto mais eu prometo (para mim mesmo e para vocês, às vezes me confundo se o que eu penso que eu disse eu disse mesmo ou só pensei em dizer, mas enfim...) que vou postar mais, mais tempo eu fico sem postar, dividido entre a ânsia de postar e a preguiça de escrever qualquer coisa. Por sorte, ainda não vivo da escrita (destaque para o ainda), então não tenho grandes problemas em procrastinar um pouquinho aqui no blog, desconsiderando o desconforto gerado pela falta da escrita. Eta viciozinho, hein?

Hoje eu vou contar-lhes apenas alguns pormenores e pormaiores recentes meus, de modo a situar-lhes adequadamente no meu tempo e no meu espaço.

Esta semana eu vou viajar com o meu coral para Minas. Estou meio apreensivo, tenho medo de não conseguir dominar o dialeto regional, pois meu ouvido começa a falhar depois que passam de 40 palavras por segundo, mas fora isso estou super feliz em fazer tal viagem. Não sei ao certo se alguém que me visita é de Minas, fora um ou dois que eu sei, mas de qualquer modo talvez nós nos esbarremos por aí. Se por acaso vocês virem na rua um loirinho, de olhos verdes, topete, óculos, e super parecido com o Brad Pitt, podem ter certeza que sou eu. (Só, garotas, não tentem arrancar a minha roupa, pois uma outra notícia [um dos pormaiores, que me faz suspirar em falsete e levitar a 10cm do chão] pode ficar com ciúme.)
Por sorte, na mesma época dessa minha viagem, vai acontecer a Mostratec na minha escola. Segunda maior feira de ciência e tecnologia do mundo, a maior da América Latina. Coisa chique, benhê. Se quiserem saber mais, visitem o site: www.mostratec.com.br.
Amanhã vai acontecer aqui em casa uma “festa dos cueca”, com meus colegas da escola. Uma espécie de “despedida” em alto estilo, antes da minha partida para Minas. Poderia tecer parágrafos e mais parágrafos sobre o pessoal que vai vir aqui, mas acho que dizer que quando eu entrei naquela escola eu não esperava conhecer gente tão especial já é o suficiente para descrever esses meus mais novos amigos (ou, muito bem colocado por um deles: werafriends).

Pessoal, estou perdendo o jeito com posts mais longos. Deve ser a falta de prática. Mas enfim, estou aí, com a cabeça fora da água, no momento secando no sol ao som do mar e à luz do céu profundo.

Minas me aguarde!

Abração!

PS: centésimo post aqui no blogspot! Uhull Nova Iguaçu!

domingo, 5 de outubro de 2008

Afogado?

Por acaso eu dei uma passada de olhos agora no arquivo do blog (santo blog!), e notei que a minha freqüência de postagens caiu vertiginosamente, estacando milagrosamente na faixa média de duas postagens por mês. Se eu não fosse eu, fosse outra pessoa qualquer, era capaz de largar tudo de mão e mandar pra puta que pariu este espaço aqui, mas como eu tenho a extrema sorte de ser eu mesmo, não outra pessoa, então eu agüento, por que eu amo a escrita, e este espaço foi uma das melhores coisas que já me aconteceram no sentido de me fazer crescer, ficando atrás somente da vez em que eu aprendi a ler na primeira série.
Acho que já comentei com vocês, há muito tempo, quando eu ainda não tinha pegado o jeito da escrita e escrevia sobre qualquer coisa (ainda escrevo sobre qualquer coisa, mas posso me dar o direito de esquecer a modéstia e afirmar que hoje eu o faço com melhor gingado), que todo mundo faria bem em escrever. Exercita os neurônios sedentários e os faz ficarem fortões, cheios de ligações, com uma acentuada resistência ao Alzheimer e às novelas do doze. Mas o pessoal não gosta muito, decerto por que pra escrever o cara tem que ter certo gosto pela leitura e assemelhados, e como todos nós sabemos, leitura é coisa de quem não trepa, não come chocolate nem escuta música.
E por falar em ignorância, foram hoje as eleições. Eu ainda não voto (já falei que eu sou sortudo?), então pude dormir até mais tarde, sem precisar ir de manhã votar. Se votasse eu poderia ir de tarde, mas não gosto de deixar nada pra última hora. Vou me abster de comentar algo sobre política, com certeza descambaria para uma lamúria pessimista (ou realista) ao extremo. Lá fora já tocam foguetórios os candidatos eleitos.

Já ta terminando o ano. Não preciso de muita nota, então estou tranqüilo agora no terceiro trimestre. Estou cada vez lendo mais, mesmo tendo cada vez menos tempo. É tão bom olhar para a minha estante e ver a pilha dos candidatos a leitura que eu tenho... E esses são do bem, independente de quem eu escolher, ele não vai roubar nem mutretear durante o mandato.

Enfim, hoje o post é só uma bolha para que vocês saibam que embora esteja há bastante tempo encoberto pela água das tarefas diárias, eu ainda respiro aqui embaixo... E também serve pra mostrar que eu ainda consigo fazer posts não-fumados.

Entonces, um abraço!

domingo, 14 de setembro de 2008

Tic-tac Impiedoso

Amigos, o tempo passa. Por mais simples que essa afirmação possa parecer, ela não é.
Pra começar, nem sabemos verdadeiramente o que é o tempo. Os maiores cérebros do mundo passam o tempo todo pensando sobre o tempo e a única conclusão a que eles chegam é que ele passa, e que perderam tempo demais pensando sobre isso.
Alguma coisa, alguma linha na programação primordial do universo, faz com que a quarta dimensão, aquela que fomos condicionados desde o nascimento a chamar de tempo, está sempre se deslocando para o que, de forma parecida ao tempo, fomos condicionados a chamar de futuro. Nessa programação estão também as linhas sobre a matéria e as linhas sobre as forças que controlam a matéria. Cada linha da programação não trabalha solitariamente, todas as suas equações dependem dos resultados das equações de outra linha de programação que, por sua vez, também depende do resto da programação, e isso tudo forma um loop infinito que dá dor de cabeça em qualquer ateu convicto.
Mas de qualquer forma, essa programação foi posta em funcionamento em um hardware incrível, o universo (que, só para constar, também está previsto na programação). E, depois de uma grande novela que os cérebros supracitados dedicam a vida inteira a descrever, desprezando todas as leis da lógica e da estatística, surge a vida em um planetinha insignificante, o nosso.
Depois de outra grande novela, que outros cérebros (não tão grandes quanto os anteriores, mas ainda assim brilhantes) também se dedicarão a descrever, surgimos nós, macacos superdesenvolvidos que se acham superiores aos outros macacos.
Nós ficamos assustados com o mundo todo, com esse exuberante resultado de uma programação de algumas linhas, e principalmente com uma parte dessa programação, a do tempo. Sim, por que é ela que nos determina o momento de nascer, o de ser feliz e passar os genes para a próxima geração e o de fechar os olhos e deixar para sempre de ser uma prova de que absurdos matemáticos existem. Nos impressiona tanto, que criamos modos de contar o tempo, desde o ciclo da lua até os divinamente precisos relógios de ciclos de radiação de rádio. Isso nos torna escravos do tempo, pois a partir daí nunca mais vamos poder ficar muito tempo sem olhar inúmeras vezes o canto superior direito da tela do celular, só para certificar-se quanto tempo se falta para ir dormir ou, mais inserido no contexto, quanto tempo se perdeu lendo um texto bloguístico inútil.
Mas simplesmente olhar as horas é algo impessoal demais. Criamos os finais de semana, as férias, a aposentadoria e, o ponto importante, criamos a idade.
Como que para comemorar sabe-se lá o que, fazemos uma festa uma vez por ano na data em que, em um certo número de anos anteriores, nós nascemos. Tem algo a ver com a felicidade de estarmos por tanto tempo vivendo e interagindo com e através desse hardware imenso. Não que faça muito sentido, no fim das contas, mas se tu for parar pra pensar, no fim das contas poucas coisas fazem sentido. Neste final de semana fui em uma dessas festas.
Muita gente legal, comida, muitas risadas, comida, muitos amigos, risadas e comida de novo. De forma geral, eu comi até quase estourar (era de graça mesmo) e ri como um condenado por diversas vezes. Muito bom mesmo.
De madrugada, eu, um amigo e o aniversariante jogamos videogames. Mas não essas coisas novas que existem hoje por aí, jogamos os velhos joguinhos, que antigamente (oh, como sou velho) não nos deixavam dormir simplesmente por que não podíamos dormir sem tentar passar mais uma fase, derrotar mais um inimigo, explodir mais um alienígena... Enfim. Super Mario World, Mortal Kombat, Bomberman e até Top Gear a gente desenterrou de um CD cheio desses games geriátricos.
A cada momento, eu sentia os meus processadores todos buscando informações no meu disco rígido. Até ontem eu nunca tinha entendido quando os velhos falam que não lembram da infância. Quando eu era criança e jogava aquilo fanaticamente, não me passava pela cabeça que iria esquecer algo. Eu pensava que aquilo que estava perenemente na minha memória RAM nunca iria virar arquivo fragmentado, mas foi o que aconteceu.
Essa busca aos tempos antigos dentro da minha cachola serviu para além de me alegrar ao descobrir que está tudo ali, só meio espalhado, serviu para me mostrar que o tempo passou para mim também. Desde o momento em que a minha cachola passou a funcionar, com as interações químicas de praxe, e surgiu o que se pode chamar de auto consciência, o nosso planeta insignificante já deu 14,8 voltas ao redor do Sol, e vão ser 15 voltas completas daqui a dois ciclos lunares... É, se for analisar isso bem, e levando em conta a média de longevidade de macacos superdesenvolvidos como eu, já se foi quase um quarto dessa minha existência. A quarta dimensão é uma linha muito cruel na programação primordial, isso ela é.
Mas não se pode ficar perdendo muito tempo com essas lamentações. A vida é algo brilhante. É tão simples, e tão grandiosa ao mesmo tempo... Nós que complicamos demais as coisas. Ela só não é mais simples do que ser feliz. Criar uma situação que faça com que o cérebro reaja de maneira a criar a felicidade é ridiculamente simples, graças à autoconsciência. Nós que mandamos na nossa vida, nós que mandamos nas coisas à nossa volta e nós que mandamos na nossa cachola.
Nós só não mandamos no tempo.

E, meus amigos, o tempo passa.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

ILSC

Quem acompanha as minhas idéias razoavelmente bem, deve ter notado que eu tenho uma incontrolável vontade de fazer com que todos entendam tudo, sempre. Isso me atrapalha um pouco, deixa meus textos um pouco cansativos às vezes, e podem acreditar, não me deixa feliz.
Então, para resolver os problemas do mundo, decidi dar um nome para essa minha mania. Não para a mania em si, isso eu deixo para os loucos, digo, para os psicólogos, mas eu vou nomear agora a dificuldade que acabou por fomentar essa mania: a insuficiência lingüística de sentido compreensível. Para melhorar um pouco, pode ser chamada apenas de insuficiência lingüística.

Eis uma possível definição no Wikipédia:

Insuficiência Lingüística de Sentido Compreensível (ILSC)

A insuficiência lingüística é o termo - cunhado por Marcus Vinícius da Silva, no dia 3 de setembro de 2008 - usado para designar a dificuldade com a qual um indivíduo se depara ao tentar descrever uma idéia, sentimento ou qualquer outra coisa a outro indivíduo, por não encontrar palavras que expressem a sentido completo ou, mais freqüentemente, por não achar palavras que passem o sentido completamente e que sejam entendidas pelo ouvinte de modo simultâneo.
Ocorre bastante em descrições filosóficas, sendo não raro objeto de estudo da filosofia. É, por tabela, o tema de muitos dos poemas sobre amor e amizade, que tentam descrever tais sentimentos.
Pode ser usado para descrever superficialmente a diferença entre escritos jornalísticos e escritos literários. Nos escritos jornalísticos, a insuficiência literária é intolerável, pois um dos objetivos primários do escrito jornalístico é passar uma informação de modo a que o receptor da mensagem a entenda. Nos escritos literários, porém, a interpretação de grandes significados a partir de pequenos pedaços de texto é um dos objetivos do autor, que busca de modo geral uma maior apreciação da língua e define a escrita como arte, se fiando na capacidade do leitor de interpretar da maneira que desejar o texto. [...]

Como nota-se, a própria definição da insuficiência literária sofre pela insuficiência literária.

De qualquer modo, a partir de agora eu vou tentar não tentar mais explicar a insuficiência literária, me referindo a ela apenas como “insuficiência literária”, salvo em momentos que me dê na telha retomar a descrição acima. E que se dane, eu almejo ser um escritor literário e por isso a ILSC é pedra no sapato dos outros (o fato de que eu retirei essa idéia de uma definição para ILSC criada por mim mesmo é pura coincidência).

***

Acho que nem cheguei a falar da Dominique, minha poodlezinha. Pois bem, ela é três quartos poodle e um quarto Pit Bull (não, eu não estou tirando sarro). A interpretação da árvore genealógica dela poderia ser escrita em forma de novela mexicana, tamanha é a orgia.
Foi mais ou menos assim: certo dia um poodle muito macho se engraçou com uma pit bull. Foi lá e creu e nasceram não sei quantos cachorrinhos mestiços bonitinhos. Passou-se um tempo, então o poodle muito macho com gostos sexuais estranhos se engraçou com uma de suas próprias filhas, creu e nasceu a ninhada da qual a Dominique faz parte.
Quando veio aqui pra casa, num domingo (daí seu nome; é, eu sei que eu sou muito criativo), ela mais parecia uma bola de pêlos com latido agudo. Cresceu, cresceu, e cresceu um pouco além do que um poodle normal cresceria, e o cabelo que antes era preto começou a desbotar gradativamente. Hoje, já tosada (quase dava pra dizer que ela foi tosquiada, por que ela tinha muuuuito pêlo e voltou meio tosca; eu achei que ela perdeu toda a personalidade quando cortaram seus cabelos do corpo, agora ela tá igual a qualquer poodle de madame, o equivalente canino a uma loira oxigenada e siliconada), está um pouco mais parecida com o que se convencionou de chamar de cachorro normal. Já tem até padrinhos no grupo da panelinha do sábado.

***

Como eu sou do avesso, final de trimestre é bem tranqüilo pra mim. Talvez essa tranqüilidade se traduza em mais aparições aqui, talvez não. O certo é que eu vou ler ainda mais; nunca estive tão satisfeito com a mina quantidade de leituras. Transportar-se para um mundo paralelo e se preocupar apenas com os problemas dos personagens é uma sensação impagável, e quanto mais eu pratico mais a experiência se torna real.
Estou lendo no momento Neuromancer, do William Gibson. Dizem que foi o livro que deu origem ao subgênero de ficção científica cyberpunk (futuro caótico, muita informática, muita eletrônica, muita poluição, muito couro preto, muito óculos escuros espelhados e, mais do que tudo, muitas drogas artificiais novas – tudo isso como pano de fundo para análises filosóficas profundas). Estou gostando, já me acostumei com o estilo dele, que é bastante diferente das outras coisas que eu já vi.
Um comentário bem legal a respeito do livro, é que o filme Matrix, dizem, foi um ensaio para o filme de Neuromancer. É, só não vai babar.

***

Well, povo e pova, lá me vou de novo.

Abraço!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A Política do Povão

Eu nunca fui muito lá fã de política, sempre achei meio inútil pensar nisso e que o melhor a fazer era deixar as coisas rolarem. Uma hora de propaganda eleitoral para mim era apenas uma hora de show humorístico, e nada mais.
Mas de uns tempos pra cá minha mente tem dado uma considerável “abrida”, digamos assim. Comecei a me interessar mais pelas nuances e detalhes da política. Mas foi só para me decepcionar mais com o gênero humano.
Começando com a eleição de prefeito aqui de Novo Hamburgo. O que os candidatos mais fazem (ou menos desfazem, vai saber) é acabar com a imagem dos oponentes e criar musiquinhas grudantes que tu nunca mais vai esquecer. E a letra dessas musiquinhas, por sinal, é sempre cheia de palavras bonitas, que fazem o povo relacionar o político com coisas bonitas, mas que por outro lado não tem profundidade nenhuma de significado. Gente é bicho bem burro mesmo, se deixa levar por uma música sem sentido real.
E as promessas, vejam bem, não diferem muito das músicas de campanha. Palavras como “emprego”, “saúde” e “segurança” são mato na boca dos políticos. Todos os problemas do mundo são resolvidos por essas palavras, ditas em ordens diferentes e com palavras rebuscadas a lhe entremear. É quase um crime lingüístico o que eles fazem, deixando o povo com cada vez menos capacidade de compreender as coisas, com cada vez menos senso crítico. E sempre há um bando de analfabetos funcionais para votar em um político bom de papo.
E isso é outro ponto legal de se discutir (eu comigo mesmo, vocês que se atenham aos comentários, hehehe). Muitas vezes, pelo menos a classe blogueira dos usuários da internet, e mais ainda, os escritores de verdade, se vêem em um beco sem saída: ou falam o que eles querem usando as palavras que eles querem ou eles escrevem o suficiente para que todos entendam mesmo que alguns (os espertos) possam considerar metade do texto um eco da outra metade. É aquela coisa de espremer o texto e ver o que sai: o que sai é aquilo que o autor queria passar, e o bagaço que fica na sua mão é toda a lingüiça que ele teve de encher para fazer os leitores menos espertos entenderem.
E voltando à política, o que vocês acham da propaganda eleitoral da TV? Eu, como antes, continuo achando aquilo lá um programa humorístico gratuito, por que às vezes vai cada figura lá... que nossa. Mas me atendo ao que eles falam em seus 10 segundos de direito, digo que aquilo é bagaço puro. Tu espremes e não sai nada. Na TV, muito mais do que nas musiquinhas, eles abusam de palavras sem significado e de todo o arsenal de palavras e gestos de controle de massas (demagogia) que conhecem.

Aff, não quero fazer uma crítica política aqui no blog, apenas queria exprimir uma opinião desolada: custava ter as pessoas o costume de realmente entender o que os outros falam, apenas pra eu poder escrever da maneira que eu quiser?

Hehehehe

Abração!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Ainda entrando em órbita

Então por fim, retorno vivo de uma viagem hiperespacial até o outro lado da galáxia. Durante a aventura, estive por momentos nadando em mares de stress e me encolhendo em cavernas de desespero, mas o saldo final foi, afinal, positivo.
As coisas vão se acumulando, os problemas menores se aglutinam em problemas razoavelmente substanciais e no fim acaba que eu não posso olhar pra lado nenhum sem que seja assaltado pelo remorso de estar fazendo qualquer outra coisa que não os trabalhos da aula.
O mais estressante dos trabalhos foi ainda aquele da rampa (nem sei se cheguei a falar dele pra vocês). Consistia em medir o tempo que uma bolinha leva para percorrer uma rampa, através da utilização de sensores óticos instalados nas laterais da rampa. Não que isso seja interessante pra vocês, mas talvez ficassem curiosos se eu não citasse a natureza do trabalho.
Era tão estressante que houve até quem desmaiasse durante a aula. Isso prova, também, que eu não sou o único exagerado com complexo de Hermione que se preocupa demasiadamente com os resultados em geral, sendo um deles as notas da escola (e a nota de Física dependia em parte desse trabalho estressante). O vivente não estava pálido, ele estava praticamente translúcido. Isso não nos impressionou, por que ele não era dos mais queridos pela turma, então pouco estávamos nos lixando se ele estava bem de saúde. Porém, quando ele desmaiou, querido ou não pela turma todos nós nos apavoramos, claro. Um grupo de mongolões foi correndo avisar o SAE (Serviço de Acompanhamento Escolar), tal grupo sendo formado em parte pelos que realmente estavam preocupados com o colega moribundo e em parte pelos que simplesmente estavam a fim de matar um pouco de aula indo dar bandinha pelo corredor.
Mas voltando ao desmaio do coitado, bem, não teria como não notar. As humildes medidas da criatura ficam ao redor de 3m x 2m, e no processo de ir caindo ele foi levando junto consigo as classes que por ventura estavam no seu caminho. Estendido ele cobria um terço da área da sala, e isso já é de se notar, fora a atmosfera de destruição que estava circulando ali nas classes e cadeiras reviradas.
Mas ele agora passa bem, e, já fora de perigo, muitos colegas afirmaram veementemente que ele desmaiou por causa do próprio cheiro.
O trabalho esse então, como eu disse, não estava afetando somente a mim. A maior parte das pessoas da sala estava ou revisando o que ia falar durante a apresentação ou simplesmente botando pilha nos demais. E isso ajuda bastante a deixar ainda mais nervoso quem está nervoso. Mas tudo correu bem durante a apresentação (fora a vontade quase irresistível de ser solidário com o colega protagonista da história contada anteriormente e desmaiar também, de modo igualmente cinematográfico). Eu, na minha modesta opinião, acho que o trabalho do meu grupo ficou bem bom, e vai haver professora de física testando a aceleração da gravidade na prática, se atirando (ou senso atirada) da janela, caso a nota do trabalho não seja razoável. Hehehe, quem vê até pensa que a professora é uma monstra. Alguns dos meus colegas podem até achar isso, mas a minha opinião é das mais contrárias possíveis. Afirmo sem demagogia que adoro meus professores, e alguns dentre eles, inclusive essa professora de física, estão na minha listinha de melhores professores ever e de “gente fina pra caramba”.

Bem gente, me sinto um pseudo escritor de novo.

Um grande abraço a todos!

PS: é bom vocês irem se preparando para o post do WeraFlera. Não vou explicar agora, em um post scriptum, até por que o weraflera merece um post só pra ele/ela. Mas por enquanto fiquem com a comunidade no Orkut do Weraflera:
http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=64639065
E, a propósito, não esperem por muito não. É até bom vocês esperarem uma grande porcaria, por que daí independente de como ficar vocês vão achar que excedeu as expectativas e então todo mundo vai dormir feliz!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

At Speed of Light

Agora sim eu posso dizer que recordo como eram os tempos despreocupados e sem grilo nem galho do ano passado. Terminei todos os temas que tinha pras férias ontem, o que quer dizer agora a pouco, e desde então tenho gozado da mais perfeita tranqüilidade.
Faz pouco tempo, mas já sinto até as costas mais moles, a cabeça mais leve... Tudo está mais colorido e todas as coisas tem mais graça. A chuva, que antes era a “desgraçada da chuva, não dá pra sair na rua sem parecer estar mijado” agora virou a “adorável céu caindo, trilha sonora para um sono mais profundo do que a Fossa das Marianas”. O orkut, que antes me estressava emperrando, agora me fornece um tempo para pensar, ao dar pau de vez em quando.
É, no fim, é tudo questão de ponto de vista. Tomates são vermelhos mas se eu fosse daltônico eles seriam cinza escuro. Não que seja a melhor das analogias, mas foi a primeira que me veio. Tenho que aproveitar para escrever tudo o que eu quiser agora, por que a essa hora da noite qualquer senso crítico que eu tiver está reduzido a algo que apenas filtra os palavrões e frases que podem ser (muito) mal interpretadas, e isso acaba dando liberdade maior para que o cérebro mande e os dedos façam com que o teclado obedeça.
E voltando a falar das férias, essas que eu comecei a aproveitar agora (nota interessante: elas terminam sexta-feira), como eu gostaria de viver continuamente em férias. Sei que eu não agüentaria. Talvez um ou dois meses, e depois disso iria arrumar uma ocupação. Mas as vezes, no auge da inquietação com a rotina pesada, a vida de um vagabundo é o paraíso mais almejado. Não ter hora pra acordar nem pra dormir, poder ficar no MSN até a hora em que um dos teclantes (acabo de inventar este termo; será que eu consigo patentear?) queira ir dormir, abafar o som do teclado sendo metralhado pelos dedos ágeis com a chuva e com um sonzinho que vai desde Mamonas Assassinas até música clássica (5ª sinfonia, Fuga do Bach, musiquinhas daquele meu aprendiz de tenor já falecido, Pavarotti, entre outras), passando por música celta, MPB, e forró, enfim, essa vida tão simples de quem não tem mais nada o que fazer.

Estou escrevendo isso tudo por puro egoísmo. É, por que além de eu ter um certo prazer em me exibir para os menos favorecidos nos quesitos “férias” e “descanso” e muito mais favorecidos, infelizmente para eles, nos quesitos “trabalho” e “encheção de saco”, hoje eu também escrevo exclusivamente para relembrar como é bom escrever sem fazer muitas paradas, deixar o texto fluir o mais próximo possível da velocidade dos pensamentos que a velocidade da digitação pode possibilitar, tendo cuidado apenas em deixar publicado algo que se auto sustente e que faça sentido, mesmo que seja preciso virar a cabeça de lado, dançar a dança da chuva e dizer cocoricó para entender.
Talvez seja mesmo difícil para alguém que não seja eu entender tudo o que eu digo aqui, mas entendendo uma parte já é bem bom. É que hoje, além dessa despreocupação com a continuidade e alicerces do texto, eu também sinto uma certa alegria eufórica. Eu não acredito muito nessas coisas de energia positiva e energia negativa, mas que é verdade é verdade. Não creio nas bruxas, “pero que las hai, las hai”. Algumas pessoas só de estarem perto de ti já te deixam pra baixo, outras, por outro lado, te deixam feliz até com uma simples conversa virtual, e isso, aliado com as minhas férias estarem finalmente dando certo, é o que me deixa com a certeza de que vou dormir muito bem hoje. E se existe uma coisa mais incompreensível do que uma pessoa exageradamente feliz falando, é um blogueiro metido a proto-escritor exageradamente feliz escrevendo.

Por agora é só, desejo pra vocês um bom resto das minhas férias (husahsuahsuahsah, infame essa...).

Abração!

PS: vou olhar por cima na correção deste texto, estou cansado e não quero mexer muito nele. Hoje acho que posso dizer que o texto publicado é praticamente minha estilística pura. ;)

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Férias

Férias.
Como em vários outros casos, a palavra não é suficiente para transmitir ao leitor uma perspectiva real do valor que isso tem para as pessoas atarefadas. Descansar sentado na frente de casa, lendo alguma coisa, sentindo uma brisa morna no rosto, sem preocupações de coisas a fazer, a arrumar, a lembrar, a organizar, a atormentar a mente, bebendo um copo de qualquer coisa, totalmente confortável e em harmonia com o resto do mundo. É quase como o paraíso muçulmano, só que sem as sete virgens.
Mas não tem sido assim pra mim por enquanto. Os fantasmas dos compromissos da escola e dos demais compromissos (quando estamos sem tempo é exatamente a hora em que acolhemos mais atividades) não me deixam em paz nem na hora do divino descanso deste que vos escreve.
Tenho esquecido uma pá de coisas que eu tinha que lembrar, tenho procrastinado bastante, mesmo contra minha própria vontade, procrastinar é um vício que demorarei a largar, e estou continuamente com aquela sensação incômoda de estar deixando algo para trás ou de estar fazendo algo errado e não saber bem exatamente o quê.
Vou tirar o resto da noite para organizar o meu quarto, pra cortar o mal pela raiz, e evitar uma morte precoce por causa do estresse. Eu queria mesmo era me aposentar, mas me disseram ser meio cedo ainda para querer isso. Estão até certos, mas eu precisava de férias. Bem longas. Mais longas do que essas míseras duas semanas de inverno que estou tendo agora, pelo menos.

Mas nem tudo são tudo são espinhos. Aproveitei bastante esses dias de começo de férias para não fazer nada, e já fui em uma festa. Fui só pra dançar, pois estou com umas idéias legais em mente para o futuro. Até por que ninguém iria querer nada comigo. Estou com espinhas gigantescas crescendo ao redor do nariz e em cima de outras espinhas. Elas já são uma sociedade organizada no meu rosto, com filosofias e éticas próprias, e se eu espremer uma delas é capaz de eu ter que fazer uma certidão de óbito para a coitada.
Na gincana, a Trô ganhou, naturalmente. Muita gente está naquele curso há tempos e nunca tinha ganho uma gincana e eu, como nasci com o c* virado pra lua, já ganhei uma gincana no primeiro ano que piso lá.

E tem selo aqui no MasAhh!

Selo Esse blog...Vale a pena ser olhado

Ganhei do Frodo, valeu!

E eu indico para este selo:

-Victor
-Kari
-Kamilla
-Candy
-Marcela

Quem eu indiquei, passe aqui para poder continuar a brincadeirinha.

Abração pra vocês!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A Primeira Impressão

A mente humana, que por muitas vezes já foi comentada aqui no meu blog (sempre superficialmente, mas foi comentada), tem de suas malandragens. A primeira impressão que temos das pessoas que conhecemos é uma delas.
Quando damos aquela olhada de cima a baixo numa pessoa, e passamos por aqueles 15 segundos de identificação (homem? Mulher? Ambos?), conceitualização (emo? Punk? coisas piores?), qualificação (bonito? Feio? um bagaço?) e também pela parte mais instintiva da coisa, verificando eventuais feromônios desagradáveis, ofensivos ou atraentes – dizem que as mulheres durante a fase fértil do mês têm um cheiro natural mais chamativo para os homens – nosso inconsciente manda recadinhos para o nosso consciente, visando nos afastar dos chatos e dos pés no saco, e nos aproximar dos mais simpáticos e atraentes (na maior parte das vezes: A Mais Atraente).
Isso é bem legal, grande sacada da mãe natureza, mas e quando nosso inconsciente não está certo? Ah, pois é, aí é que são elas. Tu não gosta da pessoa, mas ela é tri gente fina, ou vice versa, e ambos saem perdendo.
Passei por isso bastante nos últimos tempos. As pessoas que no primeiro dia de aula eu taxei de “fora da minha lista de amizades” hoje estão no topo dela ou mais além. Claro que meu inconsciente não é tão pateta assim, alguns dos que eu risquei das possibilidades realmente estão cada vez mais longe de estarem na lista dos Best of the Best. Mas em grande parte o meu Eu De Dentro errou, e hoje alguns dos erros dele lêem meu blog e em alguns surtos de generosidade lunática dizem que gostam do que eu escrevo. Ok né, tem louco pra tudo nesse mundo, como já diria... bem, sei lá quem diria isso, mas alguém diria e ai de quem disser o contrário. Enfim, obrigado a todos os meus erros de taxonomia, por terem dado mais chances a esse aprendiz de tora para aumentar o círculo de amizades com pessoas da mais alta classe (!?), simpáticas (!?) e inocentes (!?!?!?!?!?!?!?!?!?).

Agora, fazendo um link totalmente não espontâneo no texto, eu gostaria de salientar que meu inconsciente também erra para o outro lado. Gente boa, no início, que de uns tempos pra cá muito me decepcionam. Espero, do fundo do meu coração, que seja apenas eu mesmo que esteja errado, e não que o Universo esteja conspirando para que eu perca pessoas tão boas do meu convívio. Vou dando chances, por que uma hora a máscara cai. Só resta saber qual delas: a máscara que me decepcionou ou a máscara que cativou a minha amizade.

***

E agora abro espaço aqui no meu blog para fazer algo que eu sei que vocês detestam que eu faça: me desculpar pela ausência. Eu acho tri fofo, e me dói até, quando a Kari me deixa um comentário só para reclamar da saudade de mim e (na falta de um termo melhor) me infernizar para que eu volte logo. Mas eu não consigo. Ainda não cheguei na fase do talento literário na qual se pode parar para escrever e conseguir fazê-lo a qualquer hora, sem nem mesmo inspiração ou vontade. É chato isso, eu sei, mas é a verdade. E também é verdade que eu estou enfrentando uma rotina bem diferente da que eu tive nos últimos 14 anos, e só consigo manter as minhas costas sem nódulos de stress por que eu relaxo em algumas partes. No caso, o blog. E de verdade verdadeira o mais certo era eu abandonar o blog, mas me apeguei demais a ele para fazer isso. E não vai ser agora que eu vou regredir aos tempos em que eu martelava o teclado todo dia e enchia os ouvidos de vocês de toda sorte de abobrinhas e problemas idiotas e etc. Escrevendo de tantos em tantos dias a qualidade do texto sobe bastante (eu pelo menos gosto mais de escrever) e a minha preocupação no geral diminui. E também desse modo eu evito que meu blog fique demasiadamente artificial, uma fábrica de reproduzir coisas que já existem, ou um alvo de memes e selos. Não que eu não os goste, eu os adoro, principalmente quando sinceros e dados por gente do bem, mas é que memes e selos são bloguísticos demais, e meu blog, eu (principalmente mais pra cá no tempo) tenho considerado realmente como um depósito de pseudo escritos, como uma válvula de escape para essa veia criativa que as vezes me toma. E era isso que eu tinha falar sobe isso, desculpe se eu ofendi alguém, não era intenção nem de costas, no escuro e de relance.

***

E por falar em memes, tenho que responder um que a Candy me mandou. O que a propósito, é um bom exemplo de gente boa, do bem e sincera. Valeu branquela!
O meme consiste em responder a algumas perguntas com títulos de músicas de uma banda ou artista à escolha. A artista que eu escolhi foi a Rita Lee, a melhor.

1 - descreva-se: Moleque Sacana;
2 - o que as pessoas acham de você: Menino Bonito e Caso Sério;
3 - descreva seu último relacionamento: Amor e Sexo (!?!?!?!?!?!?!);
4 - descreva a atual relação: De Pés no Chão;
5 - onde queria estar agora: Here, There and Everywhere (Aqui, Lá e em todo lugar);
6 - o que você pensa sobre o amor: Nem luxo nem lixo;
7 - como é sua vida: Sem cerimônia;
8 - se tivesse direito a apenas um desejo: Todas as Mulheres do Mundo e Eu Quero ser Sedado;
9 - uma frase sábia: Gente Fina é outra coisa;
10 - uma frase para os próximos...: Entre sem Bater.

Até que foi divertido de fazer esse. A cada pergunta tinha uma resposta perfeita, hehehe. Quem quiser, pode se sentir a vontade para baixar o espírito de um presidente latino e se apropriar da Petrobrás, digo, do meme, para postar no blog.

Antes de finalizar, novidades rápidas:

- Eu continuo solteiro. Dããã.
- Sábado agora tem a gincana de verdade, acho que falei que foi no outro, mas eu estava bem mal informado, esqueçam aquilo.
- Semana que vem estou de férias, recesso escolar, sem nada pra fazer (exceto os temas que os viciados dos professores deram para que fizéssemos).
- Graças a alguns acontecidos na escola (tipo umas pessoas dizerem que eu sou tri massa, apesar da primeira impressão que tiveram de mim), meu ego teve de ir pesquisar a situação no braço direito da Galáxia. O problema é que foi rápido demais, ultrapassou a velocidade da luz e voltou no tempo e pousou aqui na Terra. Sabem aquele acidentezinho em Hiroshima e Nagasaki? ...

Enfim, um abraço dos mais megas pra todos daqui!

PS: sinto que ficou confuso o texto, mas nada que uma ginástica mental não resolva. O Millôr Fernandes escreve todo torto e todos adoram. Se erra, é licença poética. Até tem um escritor lá, Saramagos acho, premiado pelo Nobel, que não usa pontuação. Às vezes, muito raramente, um ponto final, tipo este “.”.

domingo, 6 de julho de 2008

Competição e Música no finde

E taram! Surpresa! Voltei antes da próxima glaciação, e isso é algo bastante diferente daquilo que já havia se tornado rotina ultimamente. Mas mais surpreendente que isso é que hoje eu consegui arranjar um tempo, uma disposição, um assunto e uma vontade para escrever esse post. O tempo é o período entre agora e eu ir dormir, onde eu me menti dizendo que não há deveres de casa pra fazer; a disposição é o resto de mim que passou vivo pelo final de semana; o assunto é o tal fim de semana; e a vontade, bem, a vontade veio do nada e é o que há.
Antes de começar a narrativa, ainda preciso explicar melhor alguns pontos da minha escola, que se não souberem não há como entenderem o que eu vou contar. Eu estudo em uma escola técnica que tem quatro cursos técnicos diferentes. Há outros cursos, mas estes são do noturno e eu nunca vi nenhum aluno deles. Os do diurno são química, eletrotécnica, mecânica e eletrônica (o que eu curso). Em cada um deles há toda uma cultura diferente, todo um estilo diferente, e todos tem perfis de aluno diferentes. Por causa dessa imensa diferença entre cada um, existe grande rivalidade entre os cursos, que é aumentada pelo amor que cada um tem pelo seu próprio curso. Uma vez por ano acontece a Gincana da Liberato, onde os quatro cursos do diurno medem forças para ver quem é o melhor. Para se preparar para esta gincana, os cursos fazem suas próprias gincanas internas. E parte dos acontecimentos que eu relatar aqui se deve à gincana interna do meu curso.
Agora sim, do começo. Acordei cedinho para chegar lá cedinho. Inexperiências à parte, tudo correu muito bem. Entre as tarefas, estavam: cama humana, apresentar 950 g de bolinhas de gude, futsal de pantufas, apresentar 3kg de celulares, lançamento de celulares velhos, dançar uma música escolhida pela comissão organizadora, comilança de certas coisas estranhas e queimada de bibas.
Participei da cama humana, que é uma intrincada brincadeira onde quatro pessoas se dispõem de modo a que cada uma deite nas pernas da outra, formando uma relação onde se um cai, todos caem. Fui duas vezes em casa para procurar algumas coisas de cultura inútil na internet (a internet da escola estava bloqueada para dificultar a tarefa, e eu sou uma das pessoas que mora mais perto). Do futsal de pantufas eu passei de largo, por que eu já sou ruim no futsal normal, imagina usando aqueles amontoados de pêlos no pé!
Nas outras tarefas eu não participei muito ativamente, exceto nas de lógica e nas duas que falarei agora. A primeira é a da dança. Minha equipe, a TRÔianos (um trocadilho com a abreviação do curso: Trô. Dentro do curso existem vários outros desse tipo: ATRÔfiados, InTRÔmetidos, etc. O nome da equipe que participa da gincana geral é ATRÔpelando) escolheu dançar a Macarena. Claro que eu não podia ficar fora dessa. Paguei um dos maiores micos da minha vida na frente do curso todo, mas paguei com estilo! Só não foi o maior por causa da segunda, a da queimada de bibas. Haveria um jogo de queimada (aquele onde quem leva bolada sai da brincadeira), e para cada jogador caracterizado de “jogadora”, a equipe ganhava mais pontos. Pois então, participei por livre e espontânea pressão. Foram vários guris que fizeram isso, então aliviou um pouco. Alguns chamaram isso de “libertação espiritual”. Guardei pra mim a minha opinião.
Foi muito engraçado aquele monte de mongolão vestido de mini-saia, tomara-que-caia e maquiado... eu até contaria pros meus netos, se eu próprio não estivesse metido lá no meio.

Apesar dos esforços, minha equipe ficou em segundo lugar apenas. Mas o que premiou a todo mundo não foi a vitória, ou as boiolagens das tarefas: foi a diversão em si e a carrada de amigos que se fez durante o trajeto. Fiquei moído por dentro e por fora, mas ta valendo. Em um dos próximos finais-de-semana vai acontecer a Gincana Geral, e esta sim, vai precisar de todo o esforço do mundo.

Continuando o relato. Depois de voltar da escola, tomei um banho daqueles e fui para o Sopão do Coro Municipal, coro que tem por integrante o Jader, um dos moradores vitalícios da parte esquerda do meu peito. Enquanto o brilho das vozes do coro alegrava meus ouvidos, a sopa em escala industrial que eu comia me alegrava o paladar. Fiquei relativamente pouco tempo lá, mas todo o tempo que fiquei lá foi bem aproveitado.
De lá, fui com uma parte dA Elite para a casa de uma amiga, onde jogamos Master, um jogo de perguntas e respostas. Não vou entrar em detalhes, pois não ganhei nenhuma partida, tendo ido extremamente mal em duas. Mas vá lá, perdi alguns dias de vida por causa do estresse mas ganhei alguns pontos de conhecimento novo.

Agora eu vou ir para o meu berço, abençoado berço, já que amanhã tem aula de novo novamente. Mal vejo a hora de chegarem as férias de inverno, para poder deitar e rolar o dia todo.

Abração!

PS: para quem quiser conhecer a escola, eu aconselho que vá no site da Fundação. Para a visão “real” de lá, e para conhecer os costumes dos alunos, ou simplesmente para dar umas risadas, eu aconselho que visitem o artigo da Liberato na Desciclopédia.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Hallelujah, mano!

Sei que é errado detestar pessoas gratuitamente, sem motivos lógicos e reais, mas pouco me importa. Ta na Bíblia, “amai-vos uns aos outros como eu vos amo” e tal, mas não sei por que, isso pouco me convence.
Por exemplo, eu detesto com todas as células do meu corpo os fanáticos religiosos, aqueles que explicam tudo com “Deus quis assim” ou “Televisão é do capeta” etc. Almoço com um deles, e tenho que fazer um esforço hercúleo para não argumentar com ele a cada vez que fala algo como “Deus falou comigo e me disse...”, por que sei que metade dos argumentos ele vai pouco entender, e a outra metade vai fazê-lo acreditar que eu sou a reencarnação do Príncipe Lúcifer (ele vai dizer assim, porque vai achar que eu sou do capeta) e vai tentar me matar enfiando uma faca de prata no meu coração.
Sei que é gente humilde, simples, de escolaridade baixa, e que sofre lavagem cerebral todo domingo por um pastor tão ou mais burro que eles, mas mesmo assim eu detesto eles. Me reservo o direito de ter os meus próprios preconceitos, infundados como os que me atingem.
Outro tipo de gente que me causa revolta no estômago são os maloqueiros e maconheiros de esquina. Não porque fedem ou algo assim, mas por que eles mexem com a gente quando passamos por eles e por que são sempre muito estourados, (regra). Por mim poderiam botar todos os m*rdas que fumam na esquina dentro de uma cabine, junto de qualquer um que tenha um fundilho afastado mais de 40 cm do saco, pra fuzilar todos eles. Se sobrasse espaço na cabine (e balas no coldre), poderiam muito bem fuzilar também todos os fiéis para que elevassem seu espírito puro aos céus (!?!?).

Ufa, descarreguei muita coisa entalada na garganta de uma só vez. Tempo para respirar.

...

Ta, pra mim já está bom. Agora a assuntos menos pesados.
A aula segue no ritmo de sempre, de ruim a mais ruim, mas estou agüentando o tranco. Tenho um trabalho pra fazer ainda, daqueles bem legais, onde eu vou ter que botar uma rampa, uns LEDs, uns fototransistores, uns fios, uma entrada DB-15, um computador e grande parte dos meus neurônios em um liquidificador e rezar para que a meleca que saia meça a velocidade de uma bolinha descendo pela rampa. Não é a coisa mais emocionante do mundo, mas vai ser legal vê-lo pronto, sem dúvida nenhuma.
E, por mencionar a escola, lembrei de uma novidade interessante. Interessante não, mas vá lá, é legalzinha. Legalzinha também não, pra falar a verdade estou contando isso por falta do que contar (ou por falta das coisas que eu não sou cagão pra contar). Enfim, lancei uma moda na minha sala. Não, não trata-se do meu penteado duvidoso, nem do meu jeito irresistível de falar, tampouco do tipo de roupa que eu uso. Trata-se do cubo mágico, aquela coisinha que geralmente tem formato de cubo, também conhecida como Cubo de Rubik, que tem por objetivo deixar cada face do cubo com uma cor só. Os mais antigos leitores do blog talvez possam lembrar que certa vez eu comentei que tinha aprendido a montar o cubo. Pois é, esse conhecimento me rendeu um real (um colega cético apostou um real que eu não montava) e também me rendeu que pelo menos 6 colegas ficaram absolutamente obcecados pelo brinquedinho inteligente, e me atormentaram o tempo inteiro na aula até eu ensinar para eles as manhas para se tornar um montador de cubo oficial.
Não dou um mês para a febre se espalhar pelo resto da escola, e daí para o Brasil inteiro é um clic, ;)

***

Nos últimos tempos tenho andado meio estranho. Não, não é dengue, é só uma incerteza sobre certas coisas que eu tenho a fazer. Ou que tenho a não fazer. É sobre exatamente isso a sensação: incerteza. Mas não é nada que mate (assim espero).

E vou me despedindo mais uma vez de vocês. Não vou prometer que vou tentar voltar logo, por que essa promessa é sempre agouro para ficar duas semanas sem postar nada. Então, até qualquer hora!

Abraço!

PS: viram só? Eu estava certo: o frio traz a minha inspiração. Foi só amenizar a temperatura que eu voltei a postar uma porcaria como essa. Aff.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Atividades Literárias

Não morri ainda.

***

O frio deve ter algo que inspira mais as pessoas. Já me disseram certa vez que a grande quantidade de escritores que existem no lado norte do mundo, nas regiões mais frias, se deve exatamente ao clima mais rigoroso de lá. Algo sobre ficar mais tempo dentro de casa, com mais tempo para ler e escrever etc. Além de que qualquer um ficaria inspirado descansando na frente da lareira, vendo a neve cair do lado de fora da janela (de uma casa de troncos de madeira, no alto de uma colina salpicada de coníferas... ta, chega de sonhar).
Mas tem algo a mais aí. Tem caroço nesse angu. O frio daqui do sul é tão rigoroso como lá, mas como é só um período por ano, não chega a nos fazer ficar dentro de casa. Bem afortunados (ou não) os que não sabem o que é sair da cama às seis da manhã, o sol nem chegou a nascer ainda, com a agradável temperatura de 1ºC para menos.
Mesmo não sendo tão inspirador como o lá das’oropa (como diria minha vó), o frio daqui também transmite certa magia. A prova viva disso é minha professora de Física. Como todos bem sabem, o humor não é uma das características mais encontradas em professores de Física, tampouco a simpatia. Então, para minha surpresa, enquanto subo a escada para a escola, escuto a infame piadinha sobre ter que se vestir como cebola para suportar esse frio, vindo da boca de quem? Sim, da professora de Física.
Aproveito a oportunidade para esclarecer que ela é uma das melhores professoras que eu já tive, com um amplo conhecimento na sua área, mas usei o exemplo dela por que realmente ela é uma exceção à regra dos professores dessa matéria.
E não são só os doutorandos em física que são afetados, pois eu, um mero estudante de Eletrônica, também acabei sendo acometido pela inspiração (três vivas para o frio: ip ip uhaa!). No início do frio, comecei uma historinha, minha primeira narrativa com um pouco mais de complexidade, e ela ta começando a ficar legal. Nada de coisas herculeamente grandes, no máximo umas dez páginas de Word. Se ficar legal, apenas SE eu gostar, talvez eu poste ela aqui, em partes.
Está valendo um monte como experiência, nunca tinha tentado escrever algo dessa magnitude. E estou me deparando com vários problemas que eu sequer imaginava que poderia encontrar. Grande parte deles eu já esperava; aficionado por leitura como sou eu por vezes notava uma ou outra manobra dos autores para evitar um erro de continuidade, uma troca de palavras para evitar que essas palavras perdessem a “força” necessária em outra ocasião, um ou outro comentário que é retomado bem depois, e a lista segue um monte.
Uma das coisas mais marcantes nessa aprendizagem foi a escolha das palavras, e mais do que isso, das frases. Em grande parte das vezes, não é o que tu diz que importa, e sim como tu diz, que palavras que tu usa pra dizer etc. Uma analogia interessante é o som de fundo de um filme. Imaginem a cena do tubarão espreitando o protagonista com aquela clássica musiquinha que deixa qualquer um com os cabelos da nunca em pé. Agora troquem o disco da cabeça de vocês e botem pra rodar simultaneamente à cena do tubarão algo como o Creu ou a Dança do Quadrado. Não dá. Simplesmente não dá. Nessa situação, a platéia ia se acabar de rir nas cadeiras do cinema enquanto as tripas do personagem voavam pra todos os lados e a câmera filmava a água avermelhando.
Isso do cuidado de quais palavras usar eleva a escrita quase ao nível de ciência exata, por que o escritor, além de apresentador de uma história ou de o que quer que seja que ele apresenta, também passa a ter o trabalho de manipular através das palavras escolhidas as emoções do leitor para que ao final do texto o leitor tenha a sensação que o escritor quiser. E é também isso que faz um escritor ser diferente de outro. Do mesmo jeito que algumas pessoas gostam de galinha e outras gostam de gado, algumas pessoas vão reagir diferente à alguma palavra ou frase que lerem. E como o escritor sempre escreve do jeito mais propício ao que ele gostaria, as reações das pessoas vão ser diferentes conforme seu gosto e percepção da escrita. Como a diferença no tempero de cada chef.
Acabei me empolgando e enrolando as idéias, mas tentem espremer algum sentido do parágrafo anterior que vão acabar ganhando alguma coisa no que pensar.
Antes de passar a assuntos cotidianos, eu tinha vontade ainda de falar mais umas coisinhas sobre isso para vocês. “Contratei” alguns beta-readers para o meu texto (dois até agora, só um deles leu por enquanto) que ainda nem está terminado, e um deles (o que leu) ainda me deu uma idéia que eu nem tinha pensado para a trama. A trama está bem complicadinha agora (pelo menos para um marinheiro de primeira viagem como eu), e essa idéia representa muito bem o que eu disse antes sobre a percepção que cada um tem do que lê.
“Contratei” está entre aspas por que não estou pagando nada. Eu entro com o texto, eles entram com a leitura do texto e com todas as críticas possíveis e imagináveis, e eu me permito uma dose cavalar de prepotência ao pensar que o pagamento deles já é o próprio serviço a que se prestam, hehehe.

***

As notas do primeiro trimestre superaram as minhas expectativas. Estão todas bastante acima da média e recebi elogios de vários professores. Quero ver manter minha média lá no alto até o final do ano. Numa escola que pega pesado como a que eu estou, eu não duvido de que seria um feito inédito terminar o ano com tudo acima de 8. Quero dizer, eu me contentaria com 6, mas tentar tirar o máximo que puder não vai fazer mal pra mim.
Hoje comi como um porco o dia todo. Como os ursos polares, eu preciso da camada de massa adiposa para sobreviver ao frio. Conhecido também como pneuzinho isolante térmico. Quando começar a esquentar de novo, eu faço uma dieta e reduzo de tamanho novamente, até ficar com o corpo esbelto que me é característico (ui, gostosão!) e poder participar de festas em piscinas ou caminhadas sem camisa sem vergonha nenhuma das pelancas.
Sábado que vem é a Festa Junina mundialmente conhecida entre meus amigos do coral, onde eu vou me esbaldar para comemorar os resultados do trimestre puxado que eu tive na escola. O quentão não vai ter álcool (o álcool evapora durante o preparo) mas eu não me importo de tomar um porrão psicológico, hehehe. Quero ter uma overdose de felicidade (há séculos que eu não usava essa expressão).

Enfim, vou me recolher ao meu iglu e entrar em hibernação como meus colegas da massa adiposa isolante. Não sei quando volto e não me esperem para antes de uma semana. Talvez o frio me inspire bastante nos próximos dias (como hoje: quando foi a última vez que escrevi quase duas páginas de Word de um texto que eu considerei aproveitável?) e eu escreva, mas nada é certo além da morte. Final macabro, hehehe.

Abraço!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Fim do Trimestre

Nada como fim de trimestre para aliviar o peso na consciência de ter que conseguir nota na cabeça dos CDF’s. Nas outras pessoas, esse peso só aumenta com a chegada dessa época.
Eu nunca me considerei CDF, mas agora me assumi mesmo. Saí do armário (ui!), hehehe. As notas estão boas, boa parte das matérias eu estou bem acima da média, precisei fazer poucas recuperações... E o tempo que seria usado nas recuperações que eu não fiz foram devidamente usados para esticar as pernas, chutar o pau da barraca, fazer de conta que é rei, essas coisas. Não estivesse o tempo glacialmente frio nos últimos dias e eu não tivesse pegado uma gripe do c*, teria tudo sido perfeito.
E por falar em gripe, teio algubas coisas bra dizer bra vozês. Meu nariz bateu todos os recordes mundiais e intergaláticos de produção de muco, conhecido também por meleca, mas principalmente por ranho nosso de cada dia nos dai hoje. Já usei todas as fraldas que sobraram de quando eu era criança (aquelas que podíamos reaproveitar; eu era um bebê ecologicamente correto), mas meu nariz continua sem dar sinais de que vai parar de pingar. Pelo menos eu sei que depois que essa gripe passar, meu corpo vai estar imunizado contra ela. Claro que o fato de existir mais duzentos e tantos vírus diferentes que podem causar uma gripe igual deve interferir de algum modo, mas prefiro não pensar muito no assunto. E isso vai cair na prova trimestral, coleguinhas**.

Bem, deixando o colégio e o frio de lado, tenho mais algumas coisas pra dizer pra vocês. Minha mãe arranjou um namorado agora. Antes eu até gostava da criatura, mas agora não posso olhar pra ele sem vontade de sei lá, não entendi essa vontade ainda. É algo misturado com tortura, empalamento, exílio, e outras coisas mais, mas no fundo sei que isso é involuntário. Não é tanto pelo cara, qualquer pessoa que se aproxime da minha mãe mais do que 100 metros e continuar se aproximando, e se aproximando, é uma vítima de assassinato (cometido por mim) em potencial. E ela já ta cachaceando falando em casamento, morar junto, essas coisas de menina que sonha com o príncipe encantado. Eu nem sei como reagiria a uma situação dessas, estou acostumado demais a ser o homem da casa e a ter uma privacidade invejável 24 horas por dia. Ter uma cueca que não é minha no varal é uma coisa que eu dificilmente vou voltar a aturar. Tem certas coisas que se aprende com o tempo, mas essa é uma das coisas que eu não quero aprender. Desde que meu pai morreu em 2004, nunca mais morou nenhum homem além de mim aqui em casa. Se morar, ou eu mato, ou eu viro punk. Minha mãe faz de conta que não escuta, mas deixa pra lá. Sei que é errado pensar assim, mas eu tenho certeza que não vai dar certo. Pronto, falei. Esse é um blog e uma das propostas dele (vide subtítulo) é descarregar desabafos. E esse parágrafo imenso foi um deles.

Cortando o assunto ruim, agora, só tenho a dizer pra vocês mais as coisas de sempre: continuo lendo como se minha vida dependesse disso (e é até engraçado: estou lendo bem mais³³³ do que eu lia quando tinha mais tempo), continuo comendo direitinho, escovando os dentes depois das refeições e falando mal dos políticos e dos religiosos xiitas nos tempos livres entre uma refeição e outra.
Ah, uma novidade, e até nem sei se é novidade, mas enfim: estou dando aulas de reforço um dia por semana na escola que eu estudava no ano passado. É principalmente voltado para a matemática, mas se um aluninho perguntar algo de outra matéria eu não me faço de rogado. É a coisa mais interessante aqueles marmanjões repetentes três vezes maior do que eu me chamando de “sor”, “tio”, e outras coisas equivalentes. Sexta feira agora vai ser o dia do Amigo da Escola, e eu vou ganhar um certificado pelo trabalho gratuito que eu tenho feito. Como escreveu o Frodo no maravilhoso livro dele, digo, no maravilhoso livro dele que agora é MEU livro maravilhoso, e onde tem dedicatória e todos os tipos de carinhos, “Reconhecimento é isso!”. Hehehe, valeu Frodo!

Bem, era isso, e me desculpem se não gostaram, hoje eu escrevi sem nenhum tipo de idéia fixa e fiz de conta que progressão temática é coisa de fresco.

Abraço!

* - u
** - os coleguinhas que me refiro são todos os mongolões (e mongolonas) que passarem por aqui. Todos deste tipo são colegas de sala meus, ;)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

A Saudade dos tempos da "Inocência"

É muita a saudade que tenho de postar todos os dias aqui no blog. Lembro bem do ano passado, quando pedia para a minha mãe abaixar o volume da novela no quarto dela pra eu poder me concentrar na escrita. Eu escrevia todo dia, tendo assunto ou não. É até estranho, por que a maior parte dos textos que eu escrevia na época (parece que estou falando de outra era geológica...) terminavam comigo muito satisfeito por ter feito algo tão bom, satisfeito por ter escrito tão bem, etc. Hoje olho os mesmos textos e a minha sensação em relação a eles é diametralmente oposta à que eu tinha antes: olho para eles e me encho de vergonha de ter feito alguém perder tempo com aquilo, e me encho também de espanto por alguém realmente ter perdido tempo com aquilo.
Entrava muito essa coisa de amizade e preocupação com os elogios e críticas, e talvez por isso ninguém nunca me repreendeu por escrever mal e sempre que tinham uma oportunidade para fazer isso mudavam o tom para um elogio e um empurrãozinho de esperança, do tipo “continue assim que um dia você chega lá”. Pois bem, meus mais sinceros agradecimentos, abraços, beijos franceses e cheiradas no cangote de quem nunca me desanimou mostrando-me a verdadeira face do meu falso talento. Posso dizer sem dúvida nenhuma que escrevo muito melhor do que antes, mas posso dizer com ainda mais certeza que tenho muito a melhorar. “Troco de bom grado tudo o que sei pela metade do que ignoro”.

Tenho saudade daquele tempo por que eu vivia pelo blog, todos os amigos do blog eram mais próximos, eu amadurecia exponencialmente junto do blog, e eu escrevia bem mais. Como disse, eu não me importava tanto se tinha ou não assunto, o que importava era escrever. Não tinha nada o que fazer mesmo, então o melhor a fazer era gastar o tempo escrevendo. Nesse ano eu tenho bastante coisa pra fazer, e o tempo livre que eu tenho, antes voltado para a escrita, hoje é voltado para o relaxamento mais bem relaxado que eu possa fornecer para o meu corpo e minha mente. Então, neste momento, para matar a saudade dos velhos tempos, volto a escrever sem um assunto específico, pelo menos sem um assunto específico do cotidiano. A vida segue sem sobressaltos, e os sobressaltos da vida são o que eu consideraria um assunto suficientemente importante para ser abordado aqui nesse espaço virtual.
Por exemplo, fui numa festa sexta-feira. Em outro momento isso ocuparia um texto inteiro, falando dos cheiros estranhos impregnando a atmosfera do lugar, do barulho ensurdecedor que só pode ser considerado música na hora, e da minha falta de sucesso em certos objetivos que me levaram a participar dessa tal festa. Esse último tópico seria a parte central do texto, e abordaria o meu inevitável pensamento de que eu devo ter um tipo de magnetismo animal de polaridade reversa (adoro essa expressão), ou que eu expilo nerdeza pelos meus poros. Terminaria o texto com uma conclusão porca e o pedido de que todos os meus leitores que sentam para fazer xixi dessem alguma opinião a respeito.
Eu poderia dizer também que no sábado eu fui cantar em uma festa das mães numa igreja. Narraria passo a passo o que aconteceu, evidenciaria que meus ouvidos latejavam graças à festa infrutífera da noite anterior, evidenciaria mais ainda que éramos apenas quatro cantores, mas o que eu deixaria mais evidente, à despeito das outras evidências, era que havia sido um sucesso e que ninguém prestou atenção aos erros.
E, em outro texto provavelmente, eu iria aglutinar tudo o que eu pudesse escrever sobre o café com os amigos no domingo, sobre as notas do colégio, sobre o vento norte (quente!!) que havia soprado sobre a região na semana anterior mas que havia sido rebatido pelo ar polar que toma conta agora, e iria falar, quando faltasse assunto melhor, das nuances do meu humor sensível.
Mas não vou encher-lhes os ouvidos hoje. Aprendi com o tempo que certas coisas simplesmente não interessam, e muitas das coisas que eu poderia dizer são algumas dessas coisas. A vida continua sem sobressaltos, e isso já é o suficiente para eu fazer um texto sem assunto específico para hoje.

Abraço!

domingo, 18 de maio de 2008

Let the Sunshine In

Como a esmagadora maioria dos adolescentes estudantes, eu não gosto de acordar cedo. Ante a perspectiva de passar mais umas 16 horas (no mínimo) em pé, a minha atitude é lançar um olhar mortífero para o despertador e amaldiçoar todas as notas musicais daquela musiquinha infernal que eu escolhi como alarme – a entrada do Pânico na TV, que antes eu adorava, mas que agora não posso escutar sem sentir-me mal -, mesmo sabendo que a atitude certa seria dar bom dia para o mundo, beijar o travesseiro, pular da cama e fazer o maior número de exercícios de alongamento possíveis.
De uns tempos pra cá é que a tarefa tem sido mais branda. Não que agora eu adore acordar cedo, mas pelo menos eu ganho uma recompensa mais adiante. Já explico.
Quando eu levanto, o sol ainda não lançou seu querido olhar sobre este meridiano em especial. Na hora que saio para a realidade, o sol está recém saindo do meio do horizonte lá adiante, e quando chego ao topo do morro que tenho de subir para ir pra escola, já está em uma altura em que sua coloração se torna alaranjada e que, juntamente com o Céu Azul Sem Nuvem Nenhuma, forma uma paisagem lindíssima de se admirar.
Aliado a isso, como se já não fosse demais, tem ainda mais a neblina recobrindo a cidade toda como um tapete de espuma, atravessado aqui e ali por telhados ou torres, e a vibração muda da atividade de milhares de pessoas saindo de suas casas em direção à labuta. Um monte de Joões indo trabalhar e de Marias recolhendo o café da manhã (em uma visão bem machista de mundo, mas sabem o que quero dizer). É quase uma heresia reclamar da vida depois de uma vista dessas, gratuita e livre de impostos.

E estou bem feliz. A Vó do Antônio está melhorando, o coral está properando, as minhas notas do boletim próximo tem tudo para estar boas, o tempo está bom, enfim, está tudo muito bem, obrigado. Tenho deixado o blog meio às moscas, e estou devendo toneladas de visitas para os leitores que também tem blog, mas é um sacrifício que eu estou tendo de me obrigar a cometer, e prometo que ainda vou recompensá-los por não desacreditarem de mim.
Estou lendo no momento “Saco de Ossos” do Stephen King, e isso aliado a várias coisas estão me fazendo mudar minha idéia do futuro. O livro é basicamente sobre a história de um escritor que não consegue mais escrever depois da morte de sua mulher. Isso por si só não é o interessante do livro, mas o modo como o Stephen King conta a história é que é o must. Tem me feito ver que talvez a coisa que acabe sendo o mais ansiado por mim seja viver da escrita, ou viver parcialmente da escrita. Pode ser que seja só por causa do livro, mas ainda não sei. “Pode ser” por que ele escreve tão bem que conseguiu fazer eu me apaixonar por uma das personagens e que a minha vontade de escrever livros longos seja mais uma das coisas que os escritores fodões como ele conseguem fazer na mente dos leitores, e “pode não ser” por que isso não é assunto novo em pauta na minha cabeça. Cheguei até a conversar brevemente sobre isso com o Victor no MSN, mas não muito a fundo (nossa conversa naquele dia foi de “implicações filosóficas da existência ou não de Deus” até gravações que fizemos de algumas músicas).
Ta certo que é só ficção o livro, mas isso me inspira, e sonhar não arranca pedaço de ninguém. Tenho bastante tempo para resolver isso ainda, mas não pude deixar de dividir com vocês estes meus pensamentos.

Tenho certeza que eu tinha algo mais pra falar, mas estou com sono e só vou conseguir lembrar quando meu cérebro começar a escorrer pelo nariz por causa do esforço. Desejo a todos uma boa noite de sono e uma ótima semana!

Abraço!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Post Curto

E depois de tantos dias de intensa pluviosidade, eis que o inesperado aconteceu: o céu parou de cair e as nuvens finalmente se torceram até a última gota, fazendo com que o que parecia interminável chegasse ao fim. O Sol apareceu, tímido, como alguém que depois de muito tempo retorna ao grupo. Quase que perguntei pra alguém “ei fulano, o que é aquela coisa grande e brilhante no céu?”. Sério, mais alguns dias de chuva e os carros seriam substituídos por barcos, mesmo aqui em casa onde é um pouco mais alto do que o resto da cidade.
De fato, em alguns lugares da capital houveram enchentes, com mortes e aquela coisarada toda, graças ao pavimento que não respira. E não foram enchentes quaisquer, foram enchentes dignas de uma São Paulo em dias de chuva anormal. O que me faz lembrar que eu acho que tudo isso é vontade de imitar os outros estados. Vejam só: enchente como em São Paulo, ciclone como em Santa Catarina, roubalheira como em, bem, qualquer outro estado, entre outros. Daqui a alguns tempos também vamos copiar a Dengue do Rio e a “disposição” baiana.
Junto com o tempo bom, a minha disposição de espírito também melhorou. Mesmo com o tempo gela(aaaaaaa)do e depois de uma verdadeira demonstração de como árbitros podem ser ladrões na cara dura. 8x1? Me reservo o direito de permanecer calado perante isso.

Bom, hoje o texto vai ser bem curto, por que todos vocês tem bastante coisa pra ler por aí, como as notícias de defenestrações bastante comentadas, eclesiásticos voadores, de um verdadeiro “fenômeno” do dedo podre e de várias outras que, embora meu humor ácido e negro morra de vontade de comentar, meu senso de moral e educação não permite.

Abraço!

sábado, 3 de maio de 2008

Último Feriadão

A única parte ruim de um feriadão é que não se tem nada pra fazer, se é que isso pode ser chamado de parte ruim. E ainda assim não é em todos os feriadões, é mais específico desse. Não bastasse ser o último feriado aproveitável do ano, ainda está frio e chovendo, o que diminui consideravelmente as opções de entretenimento para qualquer pessoa que não queira ser um capitão de navio. E não estou exagerando: não parou de chover praticamente em momento algum desde o início da semana. E se parava, era por tão pouco tempo que não dava nem pra sentir o chão seco. As estradas já foram esquecidas, o que restam agoras são hidrovias de grande capacidade.
Com o tempo enferruscado lá fora, só me restou buscar a diversão dentro de casa mesmo. Os deveres de casa não são o tipo de coisa que eu mais gosto de fazer, mas o nome já diz: são “deveres”, então não interessa se quero ou não fazer, eu tenho que fazer. Enfim, não são divertidos, mas consomem tempo e já é alguma coisa.
Depois de terminar os deveres, li um pouco, arrumei um pouco o quarto (bem pouco, mas um pouco de magnitude tão desprezível que pode ser considerado zero), li mais um pouco, e fui tentar olhar TV. Totalmente impossível. Em todos os canais, seja doze, cinco, nove-três-quartos, etc., em todos os canais só passam notícias sobre um certo caso de defenestração largamente comentado em todo o canto do Brasil, e mesmo que todo mundo já saiba tudo que há pra saber sobre o caso, eles continuam mostrando coisas como se fossem novidades. E, enquanto isso, os políticos roubam mais um pouquinho aproveitando que os holofotes não estão neles, alguns padres alçam vôos sem volta rumo ao céu...
E a lista de críticas não pára de crescer, mas vou conter minha língua ácida antes que alguém desenterre algum motivo pra me complicar. Isso que eu nem falei no Tibet...
Mas como eu dizia, foi impossível olhar TV. Fui pro PC, as notícias me acompanharam, e mesmo no Orkut não se fala em outra coisa. Parti pros jogos, e finalmente encontrei o que há tanto tempo nem lembrava mais. A sensação de tempo perdido, a adrenalina de estar fazendo algo que não tem objetivo nenhum além de satisfazer o próprio desejo de vitória... enfim, todas as coisas que fazem de um momento eu/jogo único. Fiquei nisso até a hora do coral, e lá e de volta outra vez, e acabei aqui, escrevendo com sono mais um post que terá como marcador a palavra “cotidiano” seguida de “inútil”.

Vou indo, pois tenho que dormir para amanhã poder dormir até a hora que eu quiser, e horas dormidas é uma das coisas que eu gosto de acreditar que não faz mal mesmo em excesso. E eu também nem sei quando será a próxima oportunidade de fazer isso, snif snif...

Abraço!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Se tá na chuva é pra se molhar

No domingo vieram alguns amigos aqui em casa, como vocês já puderam notar que é usual e que eu já me acostumei. Mas o mundo muda, principalmente quando nós mesmos mudamos. Isso me lembra duas frases: “Para mudar o mundo, mude primeiro o homem” e “[...] Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo [...]”, ambas muito boas, inteligentes e escritas por pessoas igualmente boas, inteligentes e principalmente fodonas. E como eu dizia, o mundo muda quando nós mudamos. Não exatamente muda, mas nossa percepção sobre ele muda, o que o faz diferente. “Você cria um universo ao percebê-lo”, outra frase de um cara bom, inteligente e fodão.
Então, como eu estou diferente, e pelo menos acho que estou, os sentimentos que uma reunião de amigos me proporciona são diferentes também, ou mais intensos. Talvez minha sensibilidade para esses sentimentos tenha se intensificado agora que não os tenho a todo momento, vai saber. E isso me faz dar mais valor a elas, mesmo que elas aconteçam pouco e com menos pessoas do que antes. Mas quando o pessoal é bom, não interessa a quantidade de gente, vai ser sempre revigorante e calmante, uma espécie de lembrança que por trás de todos os problemas, lá no fim do arco-íris, existe um baú de ouro brilhante esperando por tolos como nós que queiram buscá-lo.
Com bastante gente, as músicas cantadas ficam mais emocionantes e os cabelos da nuca em pé são mais freqüentes, mas em contrapartida, com pouca gente, as conversas são mais compenetradas, os assuntos são mais agradáveis e a telepatia entre todos fica com o motor em um nível de potência apenas possível em algumas situações muito especiais.

Enfim, depois dessa reunião, depois do tchau, e da já conhecida sensação de vácuo no coração, voltei pra dentro de casa e fui dormir. Antes de dormir, notei que a sensação de vácuo já tinha ido embora, mas não por que fiquei menos triste pelos amigos terem se ido, e sim por que as sfihas (as maravilhas do Habib’s) estavam se comportando de maneira estranha com os goles de Coca no meu estômago, e fazendo com que todos os sensores de desconforto do meu cérebro ficassem ligados e piscando. Deixei pra lá e dormi assim mesmo.
De manhã cedo, depois de um desjejum duvidoso, fui pra escola e no caminho mesmo já notei que daria à luz um alien (Yes, momento eca!©). Passei o dia todo me tremendo na cadeira pra controlar o bicho, com sucesso. De meio dia, eu e um amigo meu fizemos uma parte de um outro trabalho megalômano que nos passaram, e viemos para minha casa abaixo de uma pequena chuva torrencial. Pelos padrões de tamanho de chuva que se conhece, era muito pequena mesmo, mas era torrencial para alguém que, como nós, não tinha guarda-chuva.
Fizemos outros temas mais urgentes, e logo depois ele foi embora. Fiquei o resto do tempo coçando e aqui estou eu, escrevendo no blog, constatando que parece que perdi a prática ou que nunca a tive, que tenho que descansar, e que quando chegarem as férias de inverno eu vou me trancar por dois dias dentro do meu quarto, em quarentena, com recomendações do médico (no caso, eu mesmo) de ficar em absoluto repouso. Recomendação que eu irei levar ao pé da letra. Ou mesmo à perna da letra, à mão da letra, ao pescoço da letra, ou talvez, para economizar tempo, levarei a letra inteira.

O título do post de hoje é apenas um trocadilho infame com minha própria situação, e com uma frase que lembrei, frase esta que deve ter sido escrita por alguém bom, inteligente e fodão.

Abraço!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O Meme do Futuro

Em um momento em que o blog ficaria vazio de textos (e cheio de traças) graças à grande falta de inspiração do seu dono, eis que surge uma luz no fim do túnel, uma mensagem dos céus, um afago amigo, um dos melhores remédios para uma mente despreparada no quesito “idéias para textos”: um meme. Quem me incumbiu de escrever o texto baseado nesse meme, em uma honorária atitude de solidariedade com o blog alheio, foi o Antônio. Valeu Antônio!

Pois então, a sacada deste meme é descrever oito coisas que eu quero fazer antes de morrer, e não algo tecnológico e futurístico como pode se interpretar a partir do título deste post. Descrever tais coisas pode ser bem complicado para mim, pois tenho várias coisas na cachola que eu gostaria de fazer, e escolher oito dentre elas para partilhar com vocês vai ser difícil, ou talvez divertido, veremos.
Mas antes de começar, um comentário básico sobre esse meme: perguntar o que se quer fazer antes de morrer é bem sádico, ainda mais em uma época como a que estamos vivendo, onde reencarnações de deuses hindus fazem chacinas, onde imagens de santos são quebradas durante procissões... é, algo não me cheira bem nesta história, e olha que não é cocô de elefante.

1 – Escrever um livro

Vocês sabem que eu gosto pouco de escrever, e menos ainda de ler, então é inevitável que tal coisa apareça na minha lista de tarefas agendadas para antes do meu último dia. Para desempenhar essa auto-incumbência, só me faltam mais alguns anos de prática, de técnica e de experiência, além, é claro, de uma idéia milionária. Se chegar a escrever um livro, quero que seja o meu melhor, ou que seja o meu melhor até então.

2 – Fazer sucesso

Sou um cara vaidoso e ambicioso. Sucesso é o objetivo final, digamos assim, mas fica aqui pois é um dos mais importante. E quando digo sucesso, não quero dizer dinheirama, pois dinheiro em excesso não é legal, eu quero dizer é sucesso mesmo, consciência de ter chegado ao topo da própria capacidade, reconhecimento das pessoas pelas minhas qualidades e atitudes, etc. Como vou chegar a isso, se ganhando um Nobel, se escrevendo o livro do item 1, se posando para a G-Magazine (mas hein?!), só o destino sabe, e não quero tentar adivinhar até chegar lá.

3 – Conhecer lugares

Depois de fazer sucesso, ou durante, tanto faz, quero fazer viagens, muitas viagens. Conhecer a China, jogar vídeo game no Japão, subir em um banquinho em cima do Everest, dizer “elementar meu caro Watson” no museu Holmes, 221b Baker Street, em Londres e também fazer rapel no Grand Cânion. Mas não quero só conhecer o mundo afora, quero viajar por essa imensidão de terra que chamamos de Brasil. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, e todos aqueles pequenos estados pro lado do Rio Grande do Norte, onde vou tomar café e tocar conversa fora com várias pessoas. :)

4 – Desenvolver-se completamente

O sucesso do item 2 vai ser conseqüência desse aqui.
Quero sanar todos os defeitos que puder (não posso saná-los de vez, mas pelo menos posso diminuí-los bastante na tentativa), e potencializar as minhas qualidades. Quero acumular conhecimento para várias vidas e ler tantos livros quanto for possível para um ser humano, isso tudo sem deixar de ser simpático e agradável.
Missão Impossível? Talvez.

5 – Aproveitar o lado bom da vida

Antes de morrer, eu quero aproveitar de tudo um pouco, ou aproveitar tudo de tudo, se conseguir. Nada de atropelar decisões ou apressar circunstâncias, quero fazer cada coisa a seu tempo. Quero fazer tudo aquilo que me proporcione alegria e toda uma gama de sentimentos bons.

6 – Criar novas amizades e manter as antigas

Antes de morrer eu quero sentar em uma roda de violão e cantar com meus amigos, todos bem velhinhos, músicas que cantamos hoje em dia e músicas novas, trazidas pelos novos amigos que foram se agregando à panelinha.

7 – Aprender a tocar um ou dois instrumentos

Hoje em dia eu ainda olho com inveja os meus amigos que tocam trocentos intrumentos com perícia incrível, mas espero que antes de morrer eu toque algum também, para tirar um som quando estiver sozinho em casa.

8 – Ver que tudo o que eu fiz foi motivo de orgulho, e que não mudaria nada na minha caminhada, nem um passo sequer

Esse eu quero completar no próprio dia da morte, que é quando não dá mais tempo de repensar e achar algum erro na vida. E é só.

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Repasso esse meme para os amigos:

Victor, Kari, Gisele, Frodo, Marcela, Fláh, Jader e Candy. Se já receberam esse meme alguma vez, deixa pra lá. Se alguém que eu não indiquei estiver a fim de fazer esse meme, sinta-se a vontade.

Abraço!

PS: talvez eu tenha saído um pouco da proposta do meme, mas "to nem aí! to nem aí!"...

domingo, 20 de abril de 2008

Pepsi, Reflexão e Desculpas

Ontem eu me reuni com alguns amigos na casa de um deles, pra desanuviar a mente dos problemas terrenos e ocupar o estômago com a maior variedade de porcarias que o ralo dinheiro de um estudante pode pagar. Olhamos filme, jogamos conversa fora, rimos, jogamos xadrez e fizemos uma pequena conferência sobre Harry Potter, coisa inevitável em qualquer lugar onde se encontram dois ou mais pottermaníacos de carteirinha.
Desde a primeira reunião dessa natureza que eu participei, nunca tinha notado o quão bem ela faz para mim, mas agora que tenho mais responsabilidades e menos tempo livre, chego a pensar com arrependimento que antes eu não aproveitava tais ocasiões do jeito que deveria. Vocês podem achar que é choro, e não deixam de estar certos, mas é que pra mim realmente faz alguma diferença.
E uma coisa que eu venho notando é que por mais que nós pensemos que conseguimos entender a situação alheia, nós só vamos entendê-la completamente no momento em que passarmos por algo igual ou semelhante. O que me fez notar isso é que agora eu não tenho tempo pra quase nada só por causa da escola, e nessa última semana recebi convites para fazer coisas à tarde (um deles é um estágio, muito “apetitoso”), e, durante o tempo que eu pesava as idéias e tentava tomar uma decisão entre aceitar ou não, percebi que se aceitasse, meu tempo seria praticamente reduzido a nada, mas que existe gente com muito mais tarefas do que eu que vive numa boa. Espero que me acostume com a falta de tempo e o estresse constante e que essas duas pragas da sociedade moderna não reduzam meu tempo de vida.

Outra coisa que eu queria fazer é pedir desculpas, mais uma vez, aos leitores daqui pela falta de periodicidade dos textos, e principalmente pela falta de, ahn, literariedade deles. O que eu quero dizer é que meus textos estão cada vez mais raros e que cada vez menos podem ser considerados “arte”, ou “literatura”.

Sem mais.

Abraço!

domingo, 13 de abril de 2008

Informativo Virtual

Sabem, acho que peguei o ritmo da nova vida. Já é um grande feito, pelo menos o considero grande, pois parti de responsabilidades nulas para umas maiores, e isso no começo assusta. Me assustou tanto que eu não fazia nada que não fosse para sanar essas responsabilidades, até deixei esse blog às moscas e aos leitores.
Mas agora não, já consigo fazer as coisas do blog, da escola, do coral, do lazer, da cultura, e tudo isso sem deixar de dormir, hehehe. Acho que o ponto de equilíbrio certo é que o tempo em que eu não esteja me divertindo tem que ser o suficiente para que eu dê cada vez mais valor para os momentos de ócio ou com os amigos. No primeiro dia do ano eu fiquei sentado sem fazer nada a tarde toda, e quase enlouqueci por isso. Se fosse hoje, conseguiria facilmente ficar até mais do que isso.
É isso aí, vou agregando valores ao produto para que o preço final seja bem legal e lucrativo, entendem? :)

***

Lembram que eu falei sobre o concurso de contos e crônicas que vai ter na minha escola? Pois é, já mostrei alguns textos para a minha professora e vou esperar para ver o que ela acha deles. Pensamento positivo galera, pois parece que vai rolar até um prêmio em dinheiro para os primeiros colocados...

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Terminei de ler “Robinson Crusoé” e adorei. Recomendo muito para vocês, mas o que acontece é o seguinte: ou quem ler vai gostar muito, ou vai detestar, achar que foi um tempo perdido o da leitura. Mas fica aí a sugestão para quando não tiverem muito o que fazer.
Recomecei a ler o Senhor dos Anéis, só que este é um livro que não dá para ler isoladamente. Tem que ter pelo menos uns três livros paralelos a este, por que mesmo sendo uma das melhores produções literárias de todos os tempos, é muito maçante e detalhista.

***

Hoje eu abusei da inutilidade, e este post me faz lembrar dos primeiros posts que eu escrevi, totais fracassos mas que na época eu adorei. Espero que isso seja sinal de que meu senso crítico melhorou e que não estou para a escrita hoje, e não de que eu realmente estou declinando e escrevendo cada vez pior...

Abraço!

sábado, 12 de abril de 2008

E assim nasce uma teoria do princípio universal...

Todo mundo anda criando ultimamente teorias a respeito das coisas, religiões sem pé nem cabeça etc. Chegou a minha vez, e a minha teoria/religião é sobre o início do universo, baseado nos acontecimentos do último rodízio de pizza que eu fui...

***

Em um futuro muito distante, depois das guerras acontecerem, da raça humana quase ser extinta e mesmo assim sobreviver, depois de todas as religiões serem substituídas por sessões diárias de meditação, depois de tudo de mais importante acontecer – e absolutamente tudo que a ciência estuda ser explicado – um grupo de cientistas se reúne para comemorar esse tão aguardado momento de realização total da espécie.
Eles se reúnem em um tipo de rodízio de pizza futurístico, para comerem pizzas futurísticas e depois pagaram com dinheiros futurísticos. Tudo muito futurístico. A única coisa que não é futurística é o estômago de um dos cientistas, que, como hoje em dia, tem um limite e não é difícil de alcançá-lo. E comendo e bebendo (sim, cientistas também bebem) como estava, não demorou a chegar ao limite.
Depois de várias contorções e mau estar, o cientista que havia chegado ao limite do seu estômago decide ir embora. Já em casa, percebe o quão mau estava, e o quanto estava ficando com vontade ir ao banheiro. Em uma atitude desesperada de salvar a sociedade – e a integridade do planeta – ele se tranca dentro de uma máquina do tempo que tinha feito junto de uns amigos no final de semana, e se transporta para o primeiro momento que se lembra: o momento zero. Não exatamente o zero, mas alguns milissegundos antes do zero.
Quando chegou, várias coisas aconteceram. Primeiro, o universo se assustou pois a máquina do tempo e seu ocupante com dor de barriga eram a primeira espécie de matéria que ocupava algum espaço por ali. Segundo, o cientista explodiu em zilhões de pedaços, graças aos gases provocados pela calabresa e pela pimenta misturadas com refri. Isso fez com que o universo se expandisse e dali se criasse toda matéria a partir do nada, ou, mais apropriadamente, do flato do cientista. Terceiro, a explosão foi tão forte, que provocou grandes perturbações no éter que fizeram com que ele criasse auto-consciência, consciência que hoje chamamos inocentemente de Deus.

E daí em diante a história é bem como contaram.

***

Se alguém quiser participar dessa nova religião, a que defende que o universo inteiro foi gerado a partir da matéria fecal de um cientista do futuro, pode me contatar e começar a pagar o dízimo, por obséquio.

Abraço!

domingo, 6 de abril de 2008

Matando a saudade dos diários

Há quanto tempo que eu não conto o que aconteceu nos meus dias? Bastante, acho que eu devo ter me ligado que isso não dá ibope, mas de qualquer modo, dessa vez não posso me esquivar de contar pra vocês o meu final de semana.
Sexta de noite antes de dormir eu fiz metade da tonelada de tarefas de casa que me passaram, e me prometi que no dia seguinte de manhã eu faria o resto. Óbvio que eu não cumpri, quando acordei já eram onze horas e um tantinho. Então, prometi a mim mesmo que faria as tarefas de casa que deveria ter feito pela manhã logo depois do almoço. Fui almoçar na minha vó, e para comemorar a volta dela da praia nós abrimos um vinho. Tomei poucos goles, não sou de beber e pega mal um guri da minha idade beber demais, mas mesmo os poucos goles que eu tomei já me deixaram mole, tendo alucinações e com bastante sono. Fui pra casa, me toquei na cama pra descansar um pouco e puft, acordei 3 horas depois. E as tarefas de casa me esperando. Então me fiz de louco e fiz as tarefas de uma vez e deixei essa preocupação ir vagar para lugares mais inóspitos da mente.
Entrei na net, comecei a baixar uns negócios, e logo depois fui me arrumar pra ir no aniversário da Ana (parabéns, mais uma vez!) que seria numa pizzaria. Eu iria junto com minha mãe, mas detalhe: ela ainda não sabe dirigir muito bem, até por que nosso carro é uma verdadeira peça de museu. Só saber que seria com ela que eu iria já me deixou nervoso (vocês sabem que eu sou bem relax, né?), e fiquei ainda mais nervoso quando constatei que chegaríamos atrasados. Ela ainda deu carona pra uma amiga até na casa dessa amiga, e eu ali atrás do banco, bufando feito um Dragão de Fogo Fuolornis. Quando chegamos lá, vivos e inteiros, a minha cor azulada de mau humor já deu espaço a um arroxeado de fome e de frio, pois não almoçara direito pra poder tirar a barriga da miséria na pizzaria e por que aqui no sul está fazendo um frio esperto, que eu logo senti depois que peguei, suado por causa do nervosismo, um ventinho na entrada da pizzaria.
Entrei, dei parabéns pra aniversariante, e dei uma vistoriada no prato de todos pra ver se já estavam no doce ou se eu não chegara tão atrasado assim. Ainda estavam nos salgados, o que me deixou mais aliviado ainda.
Sentei, senti aquele cheiro de pizza de alho e óleo, que não apenas abre o apetite, ele escancara totalmente o apetite, e pus-me a fazer o que mortos de fome fazem de melhor: comer. Como todos sabem, nos primeiros momentos do rodízio a pessoa não seleciona o que vai comer, a pessoa simplesmente diz “pode descer” pra quantos garçons puder. Foi o que eu fiz, e consegui comer nove pedaços antes de estar satisfeito. Mas então entrou em cena um curioso fato científico: o estômago, quando vazio, manda rapidamente sinais para o cérebro, dizendo para que ele faça algo (no caso, nos faça ter fome) para que o indivíduo coma alguma coisa, pra não morrer de inanição. O curioso desse fato científico, é que o estômago, mesmo sendo rápido para indicar fome, não é tão rápido assim para indicar satisfação. Lá pelo sexto pedaço o meu estômago já estava satisfeito, mas meu cérebro não sabia e, por conseqüência, eu também não. Quando cheguei no nono pedaço é que notei que estava cheio, e daí em diante a mensagem que o estômago mandava não era nada além de gritos “Meidei! Meidei! Meidei!”. A pulsação da corrente sanguínea na minha barriga significava, em código morse, SOS.
Passei o resto do tempo com a barriga estourando, enquanto conversava com os amigos. Eu via tudo por uma cor diferente, sentia aquele cheiro repugnante de pizza de alho e óleo imaginando como alguém em sã consciência alguma vez teve vontade comer por causa daquilo, e os sons que eu escutava não eram muito bem processados pela cachola, que estava totalmente preocupada em manter longe da minha percepção que minha barriga estava em ponto de ebulição. Foi complicado, mas sobrevivi.
Em casa, já menos inchado, eu cantei, conversei e ri bastante com os amigos que estavam lá. Tomamos champanhe (foi meu dia alcoólico) pra comemorar a data e depois de mais alguma conversa, os amigos foram embora e fomos dormir.
Não tive nem 5 horas de sono, quando acordei pra ir almoçar numa festa de uma igreja aqui perto de casa. Não comi muito, pois meu estômago ainda estava traumatizado pelos acontecimentos do dia anterior.
Não bastasse eu estar cansado e com a barriga doendo, ainda peguei uma gripe, o que me transformou nos restos mortais de Marcus Vinícius. Dancei tudo o que podia e não podia, mesmo morto, e depois fui pra casa. Agora aqui estou, quase caindo sobre o teclado, mas contando pra todos os meus leitores fiéis mais um acontecimento da minha vida. Nada útil, mas talvez entre na biografia que irão me implorar pra eu fazer quando eu for bem famoso e rico.

Enfim, um abração pra vocês e boa segunda-feira!

PS: acabei de ganhar uma cadelinha, lindinha, fofinha, pretinha e que parece um ursinho de pelúcia. Ainda não sei que nome dar, por isso aceito sugestões dos amigos. Na próxima reunião da Elite haverá batizado, com bolo e tudo, pelo que me consta. :)

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Hitória de Família e de Lagartixas

Ano passado, em algum dia, uma ex-professora contou a história dos antepassados imigrantes dela. Segundo a dita cuja, ela descendia de um italiano (ou francês, sueco, esloveno, sei lá: só lembro que era europeu o homem) malfeitor, provavelmente um ladrão, que veio fugido de penetra em um barco para o Brasil, onde ele sonhava começar uma nova vida, com uma nova mulher, novo emprego, e o mais importante: com uma ficha criminal limpa.
Ao ouvir tal história, pus-me a pensar na minha descendência também. Sei que descendo bastante de europeus, dada a fluorescência da minha pele. Alemãos ou poloneses, nem sei. Pelo sobrenome, “da Silva”, já sei que descendo também de escravos. A base deste pensamento é a que havia uma família portuguesa muito importante, os Silva, e na época da escravidão era comum os escravos de cada família “herdarem” o nome de seus senhores. No caso, eles eram escravos da (família) Silva.

Embalado por pensamentos como esse, comecei a ficar mais interessado na história da família, em feitos importantes (ou pelo menos grandiosos) que meus parentes mais velhos tenham feito. Certo dia, enquanto filava um café na casa da minha avó, fiquei sabendo, por intermédio dela, que quem trouxera as lagartixas pro sul fora ela, seus filhos e meu avô.
A história é assim:
Nas brumas do passado, no tempo do guaraná com rolha, quando general motors ainda era soldado raso, mais precisamente em outubro de 1974, foram meu avô, minha avó e os filhos (já eram adultos) para Blumenau, em Santa Catarina, rever os amigos feitos na época em que moraram lá.
Em meio a reencontros, choros, berros, e algazarras provocadas pela súbita satisfação da saudade, minha avó notou, em uma das paredes do aposento, um réptilzinho com no máximo dez centímetros comendo toda sorte de insetos que passavam pelo seu caminho.
Ela se assustou, imagino que na mesma medida em que é normal nos assustarmos com aranhas e escorpiões. Depois de os amigos de lá explicarem tudo o que puderam sobre o bichinho, ela já começou a se acostumar a eles. Apelidou-os de jacarés-de-parede, mas o apelido não pegou, então passou a chamá-los de lagartixas mesmo.
Já que se “apegaram”, digamos assim, pelos bichos, decidiram traze-los para Novo Hamburgo, onde relata-se que haviam pouquíssimos (ou nenhum) animais da tal espécie. Fizeram isso enchendo até a tampa uma caixinha de relógio com ovos de lagartixa. Feito o contrabando de ovos, já em Novo Hamburgo, espalharam a notícia e os ovos para os vizinhos, que logo gostaram da idéia (sabe-se lá porque) e deixaram os ovos ao sol para descascarem.
Depois de alguns meses, os ovos já tinham descascado e as lagartixas nascidas nesses ovos já tinham posto ovos e estes também já tinham descascado, multiplicando em várias vezes, assim, a população de lagartixas daqui. Pelo que me consta, as lagartixas foram se espalhando de casa em casa, até chegar ao Centro, e do Centro se espalharam pro resto da cidade. Em uma das viagens que a família fazia para a praia, uma lagartixa foi junto e se espalhou por lá também.
Enfim, graças a minha família, o Rio Grande do Sul conta com uma força tarefa contra os mosquitos com a qual o governador do Rio sonha toda noite.

Pode não ser uma grande história, mas nela não se fala em ladrões europeus. E, de qualquer modo, “no fim do jogo de xadrez, o rei e os peões vão todos para o mesmo saco, sem distinção”.

Abraço!

segunda-feira, 31 de março de 2008

Marcela: A Verdade

Texto feito em parceria com a branquela, digo, blogueira mais branca, digo, mais legal do mundo, a Candy, via msn.

***

Muitos elogiam sua dedicação e periodicidade no blog que tem, muitos ficam perplexos com tal habilidade, mas poucos realmente sabem da verdade. Todas as tarefas que tem são, pelo menos nos campos da física conhecida, totalmente impossíveis de se fazer em um dia que tenha menos de 30 horas. Mas não para ela.
Depois de horas em pesquisas, vários guardas subornados e um monte, um monte mesmo, de coragem desprendida na busca, ficamos sabendo do que realmente acontece para que tal superblogueira exista.
Antes de ser uma superblogueira, Marcela era uma renomada cientista genética no Centro Humano Internacional de Ciências, o CHIC. Ninguém nunca tinha ouvido falar de tal centro, por que ele é secreto, claro.
Uma de suas pesquisas dizia respeito às necessidades fisiológicas, e de como se poderia acabar com elas. Depois de muitos testes mal sucedidos, cobaias perdidas e dinheiro da verba gasto, ela chegou à fórmula definitiva. Só que, por uma dessas coisas da vida, durante a comemoração pelo feito, ela acidentalmente tomou a fórmula no lugar do vinho que estava servido para ela.
Dizem que não foi bonito de ver, então não vou narrar como aconteceu de fato. Mas no fim, novamente lúcida, notou-se que ela não precisava dormir muito (cinco minutos a cada dois dias já bastam), nem comer, nem beber, nem nada. A experiência teria sido um sucesso, não fossem pelos seguintes efeitos colaterais: inspiração praticamente infinita (ainda não foram registrados momentos de ócio mental), grande vontade de pôr a inspiração pra fora, uma disposição sem limites e simpatia igualmente ilimitada. Por ter o projeto fins bélicos, os cientistas foram unânimes em relação ao cancelamento das pesquisas neste setor, por que a última coisa que queriam era soldados inspirados e simpáticos. Eles queriam era Shwarzeneggers maldosos e antipáticos.
Depois de ter a memória apagada e outra memória implantada no lugar, ela quis virar blogueira e foi extremamente bem sucedida nisso. E é por isso, meus leitores, que só existe uma superblogueira no mundo, e ela é a Marcela.

Para quem ainda não se convenceu com essa história, diga a opção que achar mais verdadeira:

a) Ela veio de Krypton junto com aquele outro fracote.
b) Ela tem algum parentesco com Chuck Norris.
c) Ela é um zumbi.
d) Ela tem parte com o coisa ruim.

Opinem.

Abraço!