quarta-feira, 3 de setembro de 2008

ILSC

Quem acompanha as minhas idéias razoavelmente bem, deve ter notado que eu tenho uma incontrolável vontade de fazer com que todos entendam tudo, sempre. Isso me atrapalha um pouco, deixa meus textos um pouco cansativos às vezes, e podem acreditar, não me deixa feliz.
Então, para resolver os problemas do mundo, decidi dar um nome para essa minha mania. Não para a mania em si, isso eu deixo para os loucos, digo, para os psicólogos, mas eu vou nomear agora a dificuldade que acabou por fomentar essa mania: a insuficiência lingüística de sentido compreensível. Para melhorar um pouco, pode ser chamada apenas de insuficiência lingüística.

Eis uma possível definição no Wikipédia:

Insuficiência Lingüística de Sentido Compreensível (ILSC)

A insuficiência lingüística é o termo - cunhado por Marcus Vinícius da Silva, no dia 3 de setembro de 2008 - usado para designar a dificuldade com a qual um indivíduo se depara ao tentar descrever uma idéia, sentimento ou qualquer outra coisa a outro indivíduo, por não encontrar palavras que expressem a sentido completo ou, mais freqüentemente, por não achar palavras que passem o sentido completamente e que sejam entendidas pelo ouvinte de modo simultâneo.
Ocorre bastante em descrições filosóficas, sendo não raro objeto de estudo da filosofia. É, por tabela, o tema de muitos dos poemas sobre amor e amizade, que tentam descrever tais sentimentos.
Pode ser usado para descrever superficialmente a diferença entre escritos jornalísticos e escritos literários. Nos escritos jornalísticos, a insuficiência literária é intolerável, pois um dos objetivos primários do escrito jornalístico é passar uma informação de modo a que o receptor da mensagem a entenda. Nos escritos literários, porém, a interpretação de grandes significados a partir de pequenos pedaços de texto é um dos objetivos do autor, que busca de modo geral uma maior apreciação da língua e define a escrita como arte, se fiando na capacidade do leitor de interpretar da maneira que desejar o texto. [...]

Como nota-se, a própria definição da insuficiência literária sofre pela insuficiência literária.

De qualquer modo, a partir de agora eu vou tentar não tentar mais explicar a insuficiência literária, me referindo a ela apenas como “insuficiência literária”, salvo em momentos que me dê na telha retomar a descrição acima. E que se dane, eu almejo ser um escritor literário e por isso a ILSC é pedra no sapato dos outros (o fato de que eu retirei essa idéia de uma definição para ILSC criada por mim mesmo é pura coincidência).

***

Acho que nem cheguei a falar da Dominique, minha poodlezinha. Pois bem, ela é três quartos poodle e um quarto Pit Bull (não, eu não estou tirando sarro). A interpretação da árvore genealógica dela poderia ser escrita em forma de novela mexicana, tamanha é a orgia.
Foi mais ou menos assim: certo dia um poodle muito macho se engraçou com uma pit bull. Foi lá e creu e nasceram não sei quantos cachorrinhos mestiços bonitinhos. Passou-se um tempo, então o poodle muito macho com gostos sexuais estranhos se engraçou com uma de suas próprias filhas, creu e nasceu a ninhada da qual a Dominique faz parte.
Quando veio aqui pra casa, num domingo (daí seu nome; é, eu sei que eu sou muito criativo), ela mais parecia uma bola de pêlos com latido agudo. Cresceu, cresceu, e cresceu um pouco além do que um poodle normal cresceria, e o cabelo que antes era preto começou a desbotar gradativamente. Hoje, já tosada (quase dava pra dizer que ela foi tosquiada, por que ela tinha muuuuito pêlo e voltou meio tosca; eu achei que ela perdeu toda a personalidade quando cortaram seus cabelos do corpo, agora ela tá igual a qualquer poodle de madame, o equivalente canino a uma loira oxigenada e siliconada), está um pouco mais parecida com o que se convencionou de chamar de cachorro normal. Já tem até padrinhos no grupo da panelinha do sábado.

***

Como eu sou do avesso, final de trimestre é bem tranqüilo pra mim. Talvez essa tranqüilidade se traduza em mais aparições aqui, talvez não. O certo é que eu vou ler ainda mais; nunca estive tão satisfeito com a mina quantidade de leituras. Transportar-se para um mundo paralelo e se preocupar apenas com os problemas dos personagens é uma sensação impagável, e quanto mais eu pratico mais a experiência se torna real.
Estou lendo no momento Neuromancer, do William Gibson. Dizem que foi o livro que deu origem ao subgênero de ficção científica cyberpunk (futuro caótico, muita informática, muita eletrônica, muita poluição, muito couro preto, muito óculos escuros espelhados e, mais do que tudo, muitas drogas artificiais novas – tudo isso como pano de fundo para análises filosóficas profundas). Estou gostando, já me acostumei com o estilo dele, que é bastante diferente das outras coisas que eu já vi.
Um comentário bem legal a respeito do livro, é que o filme Matrix, dizem, foi um ensaio para o filme de Neuromancer. É, só não vai babar.

***

Well, povo e pova, lá me vou de novo.

Abraço!

4 comentários:

Antônio Dutra Jr. disse...

ILSC???? Uadarréu?

Cara, me prometa uma coisa. Mesmo que a adolescência te provoque curiosidade, nunca, eu disse NUNCA, experimente maconha.
Se tu criou tudo isso sóbrio, imagine o que surgiria se estivesse chapado.

Abraço!

Kari disse...

kkkkkkkkkkkkkk
Adorei o comentário do Antônio....

Caramba Marquinho, tu é pra lá de criativo em guri... Continua assim que tu vai longe como escritor em...

Quanto a poodle, adorei saber dela. E sei como é triste ver o nosso cãozinho sem pêlos e realmente parece que perderam a personalidade. Quando mainha cortou o cabelo de Meg (a yorkshire), eu começei a chorar de tão esquisita que ela ficou... Morri de pena...

Um beijão pra tu

Anônimo disse...

Parei na parte do psicologo doido!
:o

M@rcOs Alex disse...

Também concordo com o Antônio, e se tu continuar com essa mania de traça, vai ficar ainda mais difícil..hahahahaha.
Tah ficando cada vez melhor, Valeu velhinho. Abraços.