segunda-feira, 31 de março de 2008

Marcela: A Verdade

Texto feito em parceria com a branquela, digo, blogueira mais branca, digo, mais legal do mundo, a Candy, via msn.

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Muitos elogiam sua dedicação e periodicidade no blog que tem, muitos ficam perplexos com tal habilidade, mas poucos realmente sabem da verdade. Todas as tarefas que tem são, pelo menos nos campos da física conhecida, totalmente impossíveis de se fazer em um dia que tenha menos de 30 horas. Mas não para ela.
Depois de horas em pesquisas, vários guardas subornados e um monte, um monte mesmo, de coragem desprendida na busca, ficamos sabendo do que realmente acontece para que tal superblogueira exista.
Antes de ser uma superblogueira, Marcela era uma renomada cientista genética no Centro Humano Internacional de Ciências, o CHIC. Ninguém nunca tinha ouvido falar de tal centro, por que ele é secreto, claro.
Uma de suas pesquisas dizia respeito às necessidades fisiológicas, e de como se poderia acabar com elas. Depois de muitos testes mal sucedidos, cobaias perdidas e dinheiro da verba gasto, ela chegou à fórmula definitiva. Só que, por uma dessas coisas da vida, durante a comemoração pelo feito, ela acidentalmente tomou a fórmula no lugar do vinho que estava servido para ela.
Dizem que não foi bonito de ver, então não vou narrar como aconteceu de fato. Mas no fim, novamente lúcida, notou-se que ela não precisava dormir muito (cinco minutos a cada dois dias já bastam), nem comer, nem beber, nem nada. A experiência teria sido um sucesso, não fossem pelos seguintes efeitos colaterais: inspiração praticamente infinita (ainda não foram registrados momentos de ócio mental), grande vontade de pôr a inspiração pra fora, uma disposição sem limites e simpatia igualmente ilimitada. Por ter o projeto fins bélicos, os cientistas foram unânimes em relação ao cancelamento das pesquisas neste setor, por que a última coisa que queriam era soldados inspirados e simpáticos. Eles queriam era Shwarzeneggers maldosos e antipáticos.
Depois de ter a memória apagada e outra memória implantada no lugar, ela quis virar blogueira e foi extremamente bem sucedida nisso. E é por isso, meus leitores, que só existe uma superblogueira no mundo, e ela é a Marcela.

Para quem ainda não se convenceu com essa história, diga a opção que achar mais verdadeira:

a) Ela veio de Krypton junto com aquele outro fracote.
b) Ela tem algum parentesco com Chuck Norris.
c) Ela é um zumbi.
d) Ela tem parte com o coisa ruim.

Opinem.

Abraço!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Coisarada

Pois é, gente, reconhecimento é isso. Recebi duas coisinhas e já vou indicá-las para outras pessoas, como manda a etiqueta bloguística.

A primeira coisinha é um selinho que eu ganhei da Candy, a branquela mais legal desse lado do globo.

Estou sempre no blog:
- do Jader;
- do Antônio;
- do Victor;
- e da Kari.

E a segunda coisinha é um meme que eu ganhei do Antônio, que diz que eu devo postar a quinta frase da página 161 do livro mais próximo a mim no momento. Pois bem:

“- Comem nachos, porque dizem que lá, de onde eles vêm, não tem nada parecido.”, que é do livro “Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes” do Douglas Adams. Um livro muito bom, fica aí a dica. E indico o Victor, o Frodo, o Weird e a Gisele para a brincadeira continuar.

Abraço!

PS: fiquei com preguiça de botar isso tudo como um adendo do post anterior, mas ambos são do mesmo dia.

Houston, I have a problem

Mas já o resolvi, não se preocupe.
Meu computador se fez de salame nos últimos dias e chegou uma hora que puft, não ligou mais. Foi pra UTI, passou em um Spa, fez musculação e agora voltou bombado e nitroglicerinado. E pra vocês verem como eu gosto de vocês, escrever um post pra matar a saudade das letras, sílabas, palavras e coisas não tão simples que a Língua Tupiniquim engloba foi a primeira atividade que eu fiz com o pc arrumado. Nem Orkut eu olhei ainda. “E pra quem provar que eu to mentindo, eu tiro meu chapéu!”, hehehe.

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Por mais que digamos que não somos dependentes dos computadores, estamos mentindo. Salvo, é claro, quem não tem um. Senti isso na pele. A impossibilidade de anotar uma idéia no computador (bloquinho de papel é coisa do passado, eu escrevo muito devagar no papel, digitando é melhor), não poder desvendar com alguns cliques uma dúvida que surgiu no momento, mas que cinco minutos depois já sumiu da cabeça e, entre outras, o ócio mental prolongado provocado pela falta de coisas que estimulem a mente (tendo em vista que deveres de casa não estimulam a mente, e sim desgastam-na) além de livros. Até eu, que tenho tesão por livros, que sou um leitor inveterado, invertebrado e totalmente viciado, me encho de ler depois de alguns capítulos.
Para vencer o tédio, o jeito foi desenterrar no meu quarto os fones de ouvido do meu celular há muito perdidos, tirar a poeira e passar a usá-los com mais freqüência. O bom do rádio é que tem várias estações e sempre, pelo menos em uma, não está tocando porcarias.

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O meu blog andou recebendo novas e admiráveis visitas, o que me deixou muito feliz. Todos os blogueiros que lêem isso aqui sabem do que eu estou falando. Aquela sensação de reconhecimento, de satisfação consigo mesmo, de amor próprio exacerbado e de tantas outras sensações sem nome e indescritíveis. Muito obrigado pelas visitas, e na primeira oportunidade vou “devolve-las”. Ah, meu ego mandou, lá dos anéis de Saturno, um beijão pra vocês.

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Sem mais, quando tiver algo legal de se dizer pra dizer eu volto a postar.

Abração!

sexta-feira, 21 de março de 2008

Páscoa

Desde que me conheço por gente, eu nunca tinha dado tanto valor a um feriado, um dia sem aula, uma folga etc. Também, nunca a diferença entre um dia com aula e um dia sem aula foi tão grande. Sei que isso não interessa em nada pra vocês, mas é algo que no momento é de maior importância para mim.
Então, em um período em que eu estou sentindo grande apreço por tais dias livres, eis que surge um feriado que cancela não apenas um, mas dois dias de aula, e ainda grudados ao fim-de-semana, o que aumenta ainda mais a sensação de estar livre, leve e solto das responsabilidades cotidianas (se conseguir esquecer os temas – tarefas pra casa, não sei se é chamado de tema em todas as regiões -, coisa que eu não sou capaz). Gente, eu amo a Páscoa.
Brincadeiras à parte, temos que aproveitar tempos como esse para pôr nossas reflexões em dia. Pensar no próximo, nas nossas atitudes, no que podemos mudar para tornar-nos pessoas melhores, e de um modo geral seguir os aconselhamentos de um certo cara chamado Jesus que morreu há uns bons dois mil anos. Não interessa a religião, filosofia, credo ou linha de pensamento que siga, todos nós podemos ser legais uns com os outros, que era o que Jesus dizia para fazermos. E não é para fazer isso por que “o filho de Deus” mandou (até porque, com o perdão dos mais religiosos, Jesus pra mim é uma pessoa super inteligente e de coração bom que tinha boas capacidades políticas e soube mudar o mundo para melhor, mas que - pelo menos até me mostrarem o teste de DNA - era como qualquer um de nós), e sim por que nós temos o dever de respeitar os outros para sermos respeitados em mesma medida.

Abração pra vocês, e, aproveitando, feliz Páscoa, feliz Natal e um próspero 2010!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Que Saudade!

Procurei por outras palavras para escrever o título de hoje, mas não consegui achar nenhuma satisfatória. Meu intuito era o de descobrir um sinônimo para saudade ou saudosista, para não repetir muito as palavras usadas outrora por mim e por amigos para descrever um texto que falava de algo do qual se tem saudade. Todos os dicionários consultados me aconselhavam a usar “nostalgia”, mas isso me passa a idéia de lembrar algo e ter tristeza de que passou, quase como melancolia, o que não é verdade. Lembro de tudo o que vou dizer aqui com uma alegria singular, meio sem nome.
Enfim, o que eu lembrei e vou escrever aqui hoje, são os tempos de escola infantil. Lembrei dos causos enquanto algum professor passava um tema razoavelmente megalomaníaco no quadro. Fiz a associação por que nos tempos de escola infantil (de jardim de infância à quarta série) eu não tinha nada pra me preocupar. A minha consciência era como uma pluma de um pássaro selvagem. Talvez não muito limpa, mas indiscutivelmente leve.
Não havia temas para me atormentar, e quando haviam eram tão fáceis que beiravam o ridículo. Em 15 minutos estavam feitos. Os considerava demorados, por que na época quinze minutos eram uma eternidade, onde se poderia fazer várias coisas. E no recreio, 20 minutos, mais coisas ainda. Tenho até uma teoria para explicar por que à medida que envelhecemos o tempo vai ficando mais rápido e menos produtivo. Não é minha, é apenas uma junção de duas outras que li/ouvi/olhei em outro lugar.
A teoria diz que quanto mais novo se é, mais o mundo nos diz coisas novas, mais coisas precisamos memorizar e mais cada segundo fica gravado na memória. O que quer dizer que não é o tempo que passa mais devagar, nem nossa percepção que diminui, o que acontece é que não exigimos mais tanto da memória para que grave tudo o que acontece, e isso nos dá a ilusão de que o tempo que não memorizamos passou rapidamente.
É uma idéia difícil de engolir, e é provável que o certo seja cada pessoa entender sozinha ao seu tempo, mas não custa perder um tempinho pra pensar nisso. Agora, voltando aos meus apontamentos sobre a infância.
No tal recreio de 20 minutos, eu fazia de tudo. Lembro que os hábitos mudavam constantemente, junto com a programação da TV Globinho. Teve uma vez que passou na TV o desenho Bey Blade (nem lembro se escreve assim) que era, basicamente, de pessoas usando piões modernos para duelar. Pronto, não precisava de mais nada.
Comprei o meu pião, e não demorou muito era o melhor no novo esporte. Chegava a até impor certo respeito nos outros: os de séries inferiores me olhavam por baixo e os de séries superiores me deixavam andar com eles. Óbvio que não gozei de tal fama por muito tempo, e tal tempo terminou com a chegada de novos piões: dourados, pesados, com inércia maior e que giravam por mais tempo. Um deles destruiu o meu reles campeão verde (ele era verde), e lembro que precisei me segurar para não chorar e, por conseqüência, perder todo o prestígio que ainda me restou.
Depois de algum tempo, aprendi com a minha avó a brincar com piões de verdade, aqueles de madeira. Tenho o meu guardado até hoje. Nunca aprendi a tocá-lo do jeito da minha vó, ela tocava de modo a quase perfurar o chão com a batida e ele ainda pulava, já eu tocava ele de lado, bem bonitinho, mas sem a agressividade que era o diferencial da vó.
Quando levei o pião pra aula, muitos encararam como loucura, tristeza contida, ou uma revolta por ter perdido um duelo de Bey Blade, mas eu teria chamado de resiliência, se já conhecesse a palavra. Mas não importa como foi encarado a novidade, o que importa foi que dali umas semanas tinha virado mania e poucos resistentes à idéia ainda continuavam com os outros piões. Apareceram piões de madeira pintados, com desenhos de línguas de fogo, tribais etc. Lancei uma modinha e até impulsionei o comércio local de piões antigos, tudo isso com no máximo 10 anos.
Piões à parte, não pensem que eu era um viciado em jogos. Eu detestava jogar futebol (ainda detesto, mas sou bem mais tolerante), e quando batia tazos (aquelas rodinhas de plástco colecionáveis que vinham nos salgadinhos da Elma Chips) nunca era apostando de verdade. Eu era mais viciado em correr, brincar de lutinha e me tocar no chão sem me machucar. Conservo até hoje amigos que eu cansei de socar e chutar, nos vários estilos de lutas marciais (dependia do último filme de luta que passara na tevê: ou Matrix ou Jack Chan). Gostava também de puxar os cabelos das gurias, cutucar no lado do corpo naquela parte que mais dói e incomodá-las de todas as formas possíveis (pastelão só com um nível de malícia mais alto, lá pela quinta série). Era uma reconhecida forma de corte, e pasmem, funcionava.

São muitas lembranças, e se continuar a escrever o que vem à mente não vou parar mais. É muito bom exercitar a memória assim, me sinto como se tivesse dado o primeiro beijo de novo. E vejo como a vida é cor de rosa mesmo e nós que insistimos em pintá-la em tons de cinza... etc. Toda aquela ladainha que vocês escutaram várias vezes eu dizer.

Abração pra vocês!

quarta-feira, 12 de março de 2008

Como sempre, inutilidades adolescentes

Pois é, virei turista no meu próprio blog. É que eu estou mal acostumado com o ritmo da escola nova, então quando eu termino de fazer o que eu tenho pra fazer já emendo em outra atividade, e quando termino essa outra aproveito o tempo livre pra dormir ou ler alguma um bom livro. Ainda não comecei a sangrar pelos poros, mas já estou atarefado o suficiente para esquecer de postar algo aqui, e esse esquecimento vai se acumulando, até que passa uma semana e nada postado, como agora. Incrível como esse assunto nunca se esgota...
Estou devendo para minhas leitoras um feliz Dia da Mulher, esse ser tão nobre e superior ao homem. É porque, como diz Luis Fernando Veríssimo (estou lendo umas crônicas dele para a aula), o homem descende dos macacos, a mulher, não. De qualquer modo, sintam-se abraçadas e beijadas.

Queria agora fazer uma reclamação sobre a mente humana, tão pouco prática e que cria problemas em qualquer lugar que fique tempo suficiente ao alcance das vistas. Foi uma coisa boba, mas por causa dessa nossa propriedade mental, ainda me faz sentir mal.
Eu usava fichário, só que as folhas começaram a rasgar, não tem repartições suficientes e isso me deixava estressado (sim, eu sou chato³³³). O fichário é dos bons, daí eu não podia trocar pra não deixar ele sem uso, seria como jogar dinheiro pela janela, ingratidão declarada com o dinheiro que minha mãe investe em mim, indiferença com os menos afortunados que não podem comprar um fichário nem ter uma educação de qualidade e... E a conversa comigo mesmo segue por horas e horas, deixando objetivos práticos e soluções fáceis de fora. Fico pensando no problema, em vez de pensar na saída óbvia. O melhor jeito de pensar na coisa é o seguinte: nunca usei fichário, por isso não me acertei com esse; eu vou me prejudicar se ocorrer problemas com ele; tenho cadernos extras em casa, em número suficiente; se eu parar de usar o fichário, não vou deixar de tê-lo, posso usar depois ou vender pra alguém; e eu usar ou não o fichário não vai mudar a situação das pessoas que não podem ter um. Pronto, problema resolvido. Mas só porque a racionalidade conseguiu superar as barreiras impostas por um humor que é muito influenciado pelo ambiente e pelo humor das pessoas ao redor, e que por ser tão influenciável ao menor sinal de problema fica com o sinal vermelho ligado e impedindo ainda mais que o problema se resolva.
E aff, olhando agora para este problema: que coisa mais idiota.
Mas existem psicólogos que lêem este blog, ou estudantes de psicologia (e assemelhados, nunca soube muito bem qual é a diferença entre os vários psi’s), e, portanto talvez algum deles possa marcar uma consulta (de grátis) para mim. Ou não, sei lá.
O que me lembra de aproveitar que este é um post inútil e comentar com vocês uma coisa. Ontem o Marcelo saiu do BBB, e o Bial, mesmo tendo que ser, teoricamente, imparcial, ficou visivelmente chateado com a saída do único participante que entendia suas indiretas e frases de efeito. Tenho pra mim que o Bial gostava mais do Marcelo do que do próprio Maurício Ricardo, aquele desenhista que o apresentador idolatra.

Um abraço pra vocês!

sexta-feira, 7 de março de 2008

De grão em grão...

...A galinha enche o papo.

Esse ditado não tem absolutamente nada a ver com o assunto que abordarei hoje, mas pelo menos assim já supero a falta de inspiração para o título.

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A escola que estou agora (é uma escola técnica de ensino médio, algumas pessoas se confundiram e acharam que era faculdade) tem uns tipos muito estranhos.
Tem, por exemplo, o guri antipático com cara de rato, que graças a Deus consegui evitar de sentar junto. Nada contra a cara de rato dele, tenho vários amigos com cara de rato, só tenho algo contra a antipatia dele. Não simpatizo com a antipatia dele. Tenho uns cinco colegas rebeldes sem causa, como emos, punks, metaleiros e outras aberrações da natureza. Mas o mais legal de todos é a guria com um olho de cada cor.
E não é um olho azul esverdeado enquanto o outro é verde azulado, como ocorre bastante, é um castanho escuro e o outro azul quase branco. Quando tu olha de primeira tu estranha e precisa olhar de segunda. Lá pela quarta olhada tu já vai ter compreendido que um olho é diferente do outro, o que implica em nunca perguntar para a tal guria se realmente um olho é diferente do outro ou se ela comprou lentes em prestações. Pode ser que ela estranhe, ache ruim ou dê um tapa em quem perguntou e saia chorando com o rostos entre as mãos e nunca mais saia de casa. Então, é melhor não arriscar.
Mas parece que as pessoas tem pensamentos muito distintos sobre assuntos semelhantes, como foi o caso entre mim e uma professora que teve coragem de perguntar para a guria sobre o caso dos olhos. Ela respondeu numa boa (na hierarquia de uma escola o professor está acima do aluno, então isso deve ter ajudado na hora de ela não achar ruim que a professora pergunte), mesmo depois de a professora (era de química) começar a falar sobre anomalias genéticas que resultavam em olhos de cores díspares. E a professora falou ainda para a guria pesquisar a respeito para descobrir quantas pessoas tinham a mesma “anomalia” no mundo. Algo como 1 em 1 milhão, acho. E insinuou que a aluna poderia ser única.
Mais tarde, em casa, comendo um pacote de trakinas, eu puxei do pacotinho uma bolacha meio estranha, pesada, e grossa. Descobri então que era uma bolacha com dois recheios, e três daqueles coisas que envolvem o recheio, me escapou agora o nome daquilo, e logo me lembrei do caso da guria. O que ocorre, é que a bolachinha tripla é uma raridade (quantos aqui podem dizer que já comeram uma bolacha tripla?) tal qual a guria dos olhos estranhos (quantos aqui podem dizer que já comeram uma... ahn, mas hein?).
E essa enrolação toda, foi só pra perguntar pra vocês se acham que são “únicos” sobre algum aspecto, seja ele numero de cores nos olhos ou número de recheios... rsrsrs.

Pois é, hoje é sexta e amanhã quero acordar depois do considerado saudável. Então, vou me deitar e fazer de conta que não me importo com esse texto que parece não estar terminado. “É para evitar a fadiga”

Abração!

quarta-feira, 5 de março de 2008

O Cabelo

Cabelo é uma coisa que sempre preocupa. Até os menos vaidosos não saem de casa sem antes dar uns tapas na cabeleira. Os muitos vaidosos perdem certo tempo na frente do espelho. Não muito mais que uma ou duas horas, coisa básica.
Preocupa na aula. Nada de cabecear uma bola na Ed. Física, desmancharia o penteado, ou de coçar a cabeça na aula de matemática, durante um exercício particularmente difícil de resolver. Nem se fosse impossível de resolver, nada é mais importante do que manter o penteado na forma original. Talvez a morte de um parente, mas daí entra na conta a proximidade emocional com o parente, a proximidade de sangue e qual foi o último presente que ele lhe deu no aniversário. E tal conta é difícil de resolver, mas nada de coçar a cabeça.
Como eu disse, o cabelo só preocupa. Desde o momento em que começa a nascer, ele já nos impõe os limites do “pra qual lado pentear”, “arrepiado fica legal?” e outras tantas questões de caráter puramente filosófico. Mas imagino que preocupa mais ainda quando começa a cair.
O que antes era entradinha, vira entrada, depois uma garagem, garagem pra dois carros, estacionamento de mercado, pista de pouso e por fim um Saara dos mais áridos. E nada que a pessoa tome faz o processo parar. Tratamentos, remedinhos, simpatias, macumbas, despachos, rituais satânicos... Nada disso faz a genética ser menos rígida com os filhos e netos de carecas. Eu, por exemplo, torço pra ter herdado o cabelo da minha mãe, por que se tiver herdado do meu pai, daqui há alguns 40 anos eu provavelmente vou ter menos peso na cabeça, e não me refiro aos pesos das preocupações.
Mas o que salva os calvos, os caras desprovidos cabelísticamente e os cabeças-de-desodorante-rollon é aquele mito de que as mulheres preferem os carecas. Pode até ser, diz que o nível de calvície aumenta com mais testosterona, e vocês sabem que quem tem testosterona tem tudo. Menos voz fina, sensibilidade explícita e medo de baratas.
Na minha opinião pessoal, acho que as mulheres preferem aqueles homens com cara de William Bonner que tem o cabelo branco ao redor das orelhas. Até hoje minha mãe suspira quando vê aquele ator do filme “Uma Linda Mulher”, aquele filme que toca uma música do Elvis. O suspiro é mais profundo quando o cabelo branco lateral fica mais aparente.
Mas enfim, gostos femininos à parte, o tema central desse texto são as preocupações com o cabelo. E já seriam muitas preocupações não fosse o costume pouco interessante do cabelo de não crescer só cabeça.
Nas axilas, quando em grande quantidade, as faz virar sovacos, e no rosto passa uma sensação de sujeita que incomoda a quem olhar. Até ocorreu um fato estranho comigo, por que cresceu 1 (um) fio de barba (digo que é barba pela localização geográfica) no meu queixo e ficou muito comprido, tipo um centímetro e meio. Cortei, com a tesoura pra não instigar a crescer mais, e notei que mais acima, perto das suíças, também estava crescendo cabelinhos da mesma espécie. O que significa, que se eu quiser e me agüentar, daqui há alguns anos eu vou poder deixar uma linha de barba de uma orelha a outra, passando pelo queixo. Que bonito, né? Não responda.
Mas voltando aos cabelos fora da cabeça, tem também os cabelos no peito, que são os únicos sobre o qual eu não tenho opinião formada. Por um lado deve ser ruim ficar parecendo um macaco evoluído, e por outro deve ser ruim ficar parecendo um pinto pelado. De qualquer modo, essa não é questão para um blog de respeito. Por isso mesmo é que está nesse aqui.
Em um salão de beleza o maior lucro é o cabelo das clientes. Talvez fique atrás apenas do lucro das unhas, mas ainda assim deve ser um lucro considerável. As loiras querendo pintar o cabelo para deixá-lo moreno, as morenas querendo pintar o cabelo para deixá-lo loiro. No fim é pura inconformidade com a própria situação, o do outro é melhor, quero o do outro etc. Noites em claro por causa de um comentário sobre o cabelo, talvez um comentário bobo, mas que acaba por provocar uma avalanche de pensamentos que levam a mudar o cabelo, ou passar a zero, dependendo da situação do humor da cliente e da habilidade do cabeleireiro. E não sei pra que tanto trabalho, já que o cabelo não nos serve de nada. Antigamente pode ter servido de proteção contra o frio, mas hoje isso é facilmente contornável com uma manta ou touca.
No fim, o cabelo só serve pra nos preocupar mesmo.

terça-feira, 4 de março de 2008

Dando um oi e um tchau

O começo das aulas foi bem conturbado, com os trotes e tal, e já contei essa parte. Agora estou na parte de estar com um nível de stress altamente perigoso (para mim e para as pessoas ao redor) e com os nervos à flor da pele. Não que já estejam exigindo trabalhos, mas é que eu tenho o péssimo hábito de me preocupar demais com detalhes sem importância, e de me preocupar sem necessidade. Talvez isso me ajude a entregar os trabalhos todos em dia, até por que, nas condições atuais de nervosismo, se eu perder um trabalho eu caio duro e frio no chão.
Preciso chorar pra botar pra fora essa angústia toda, preciso de um colo, preciso de ar, de um psicólogo, de um analista e um golinho de guaraná também ia bem. Espero que tudo isso seja apenas no começo, tipo um choque com as diferenças do fundamental pro médio, ou que depois, com o tempo, eu comece a me preocupar menos e ter por conseqüência uma vida mais saudável.
Enfim, chega de choradeira pra cima de vocês.

Vendo tevê eu fiquei sabendo daqueles rolos lá nos arredores da Colômbia, Venezuela e Equador, e nem sei por que perdi tempo vendo aquilo (ou escrevendo isso). Que babaquice! Um invade o outro, morre um cara de um dos lados, e isso já é motivo pra querer partir pra guerra e ficar de mau? Putz, se sempre ocorresse uma guerra por esses motivos, o Brasil já teria sido dizimado há tempos, com esse monte de turistas que vêem pra cá e não voltam para os seus países de origem.
É quase um exemplo de uma coisa que eu fiquei pensando por esses dias (no banho, como sempre). Eu pensei sobre as várias coisas que foram sendo tão “aprimoradas” que acabaram perdendo o sentido inicial. Os países deveriam ser grandes aglomerados de pessoas em que todas trabalhassem pelo desenvolvimento do total, e quem contribuísse com mais ganhava mais. Mas hoje virou essa politicagem, cada um querendo puxar o peixe pro seu próprio barco, cada político desejando a secretaria do colega ao lado etc. A Câmara dos Deputados, que já é uma frescura inventada pra substituir a “Reunião dos chefes das tribos ao redor da fogueira para decidir o que pode e o que não pode”, deixou de fazer leis para o bem do povo e agora passa o tempo todo apenas julgando os acusados de participarem de tramóias e maracutaias, entre eles mesmos.
É um assunto muito complicado e complexo, então não vou me delongar. E também por que não estou em uma das minhas melhores horas, passei o dia todo me estressando com coisinhas, cansei, fiz temas, recebi cortes espetaculares, e agora preciso dormir bem.

Abração pra vocês!