quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Mais ou menos pra mais

Bem, estou parcialmente de volta. O motivo da volta do humor foram alguns elogios de pessoas que eu não conheço, algumas piscadelas e olhares cheios de segundas intenções na parada do ônibus, encarar de frente o mico que foi cantar praticamente sozinho na apresentação de hoje à tarde (era eu e mais seis), enfim, todas as coisas que fizeram meu ego inflar. A propósito, ele deixou uma carta em cima da mesa para mim hoje de manhã dizendo que foi ao mundo em busca do ego do Antônio, para fazerem algumas viagens juntos pelos templos budistas no Himalaia. Infelizmente não poderá mandar fotos, pois não há nenhuma máquina fotográfica no mundo capaz de enquadrá-lo por completo.
Na ida e na volta da apresentação, eu pensava no que poderia ter me deixado triste por esses dias, para eu poder ver o quão ridícula era minha preocupação, e então a partir daí poder me livrar da dita.
Acabou que eu vi que o meu problema é carência. Física e afetiva. E o pior é que é mesmo. Eu não posso ouvir ou ver algo sem que pense conotações assaz libidinosas a respeito, e não posso mais ver final de novela em que todos se casam e ficam felizes sem sentir uma pontada de inveja de todos eles.
Aiai, é isso que dá ter uma parte filósofa dentro de ti. A pessoa não pode ficar sem fazer nada sem que comece a pensar profundamente sobre os seus problemas e chegue a uma conclusão deprimente da qual o único modo de escapar é não pensar no assunto. E acabo de descobrir que os sintomas para isso é que você começa a escrever sentenças imensas com poucas ou sem nenhuma vírgula que têm grande possibilidade de possuir um ou dois erros de concordância.
O jeito, como eu disse, é não pensar no assunto.

E olha só, arranjei tempo e saco pra postar um vídeo no youtube. Faz parte do meu top five de músicas que eu gosto. Qualquer coincidência entre a música e o texto acima é só isso mesmo, uma coincidência. Mas não deixa de ser uma bela de uma coincidência, claro.

Abraço!

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Tema de Romeu e Julieta

3 comentários:

Anônimo disse...

É como diz aquele ditado: "cabeça vazia, oficina do diabo". Que eu vario para "coração vazio, oficina da depressão".
Quem não suspira vendo casais apaixonados? É claro que dá vontade, né... Só que, meu amigo, carência nem sempre é suprida com carinhos físicos, ou um relacionamento. Existem outros sentimentos que vão além disso, entre eles amizade, companheirismo e respeito.
Minha avó sempre diz assim: "com o andar da carroça, as melancias se ajeitam". Não há frase mais sábia. Some isso à mensagem do horizonte do Jader, e verás que o tempo é o senhor das soluções. Trata de pôr sentimentos bons aí nesse coração, pois muita gente dá seu reino por metade das amizades que tu tens.
Eu não tenho dúvidas de que tu terás muito êxito em relacionamentos, mas, repito, não é só essa a maneira de resolver a carência. Se tem uma porta fechada na tua vida, certamente alguma janela estará aberta. Pense nisso.

Meu ego mandou um postal, teu ego chegou bem de viagem, estão instalados numa pequena pousada em Serra Leoa, e amanhã partem para a Quirguízia, num congresso sobre egos inflados.

Grande abraço, cuide-se!

Anônimo disse...

O melhor é tocar para frente e se tiver ego inflado é melhor ainda. Se cair não se machuca.

Anônimo disse...

Meu ego também é imenso (tira uma base pelo meu humilde porte) e precisa de massagens freqüentes. Mas se não há motivação externa, ela deve ser como um furúnculo, tem que vir de dentro...
Mas como diz o Shakespeare (aquele texto dele tá nos meus top five por tempo indeterminado...):
"(...)Não importa em quantos pedaços o seu coração se partiu (ou foi partido...), o mundo não pára para que você o conserte. (...) Portanto plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que, realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

Abraço, irmãozinho.