sexta-feira, 26 de outubro de 2007

E se...

...Eu não tivesse nascido? Como seria a vida das pessoas que eu deixaria de ter conhecido? Como seria a escola que eu não teria freqüentado? Será que as pessoas seriam iguais se eu não existisse?
Ou será que se as pessoas que eu conheço não tivessem nascido, eu seria como eu sou hoje?
É tão simples e tão complicado ao mesmo tempo. A possibilidade de algo que poderia ter sido se outro algo não tivesse sido. E como seriam as coisas se eu não tivesse feito algo? E quantas vezes eu passei ali pra arruinar a minha vida, ou quase deixei de ter algo muito bom, por quase não ter feito alguma coisa?

Essas e outras perguntas foram as que surgiram na minha mente quando eu conversei com um amigo sobre o que seria de nós se não tivéssemos nos conhecido.
Se nós não nos tivéssemos conhecido, certamente eu não teria blog e não conheceria tanta gente interessante e inteligente aqui. Por não ter blog, eu perderia grande parte das qualidades aprimoradas aqui (simpatia, facilidade de expressão...). Teria muito menos amigos, ou minhas amizades se resumiriam a umas poucas e superficiais amizades que vem e vão o tempo todo.
Deixaria de ter conhecido o grupo de amigos de domingo, um em especial, se eu não tivesse conhecido o amigo do parágrafo acima. Aí sim, eu vejo que eu realmente passei perto de não ser metade do que eu sou hoje.
Tudo o que eu já fiz até hoje, todas as escolhas que eu já tomei até hoje, tudo mesmo, ajudou para que eu estivesse aqui. Andei no fio da faca desde que nasci. Se me desviasse do caminho, nunca mais retornaria para o lugar.
Quanto mais longe se vai no passado, mais possibilidades se ramificam em todas as direções. Se o meteoro que exterminou os dinossauros, por exemplo, não tivesse caído, o caminho para o surgimento de mamíferos (e nós, por conseqüência) não teria sido limpo, e hoje em dia estariam andando por aí alguns seres reptilóides e inteligentes, muito diferentes dos humanos atuais.
Dá pra enlouquecer pensando nisso.
Mas o fato, é que tudo o que você tem hoje é reflexo do que você fez ontem, e tudo o que você vai ter amanhã é reflexo do que você fez hoje. Cuidando o que fala e o que faz, você tem total controle sobre o seu futuro, menos na parte do seu futuro que interfere no futuro dos outros, pois não adianta você fazer nada para ter algo se tiver alguém que não esteja de acordo com isso. “Quando um não quer, dois não brigam”, já dizia o ditado.

Por isso que eu agradeço sempre que posso por tudo o que já me aconteceu, de bom ou de ruim, por que tudo isso me trouxe até onde estou agora, e esse lugar é muito bom, pode ter certeza. Abraço!

7 comentários:

Anônimo disse...

"Dá pra enlouquecer pensando nisso.
Mas o fato, é que tudo o que você tem hoje é reflexo do que você fez ontem, e tudo o que você vai ter amanhã é reflexo do que você fez hoje."

Se teu texto fosse só isso, já era uma baita reflexão. Cada vez que eu paro pra pensar nisso, vejo que Deus sabe o que faz. Por isso que eu sigo aproveitando minha vida da melhor maneira possível.

Não sei se sou eu o amigo em questão no texto, não lembro de termos conversado isso. Mas, pode ter certeza de que a tua entrada na minha vida também mudou muitas coisas pra melhor. Muito melhor.

Grande abraço, maninho!

Unknown disse...

Meu Deus, um filósofo!!!(Rsrsrs...) Sabe, a esse respeito, às vezes me pego pensando que a vida da gente é como uma partida de futebol. Quando a gente se vê diante de uma pequena decisão a ser tomada e nem imagina a diferença que isso pode fazer mais tarde. Algo como jogar a bola para a lateral ou tentar sair jogando. Se o Senna tivesse resolvido não correr no fatídico 1º de maio de 94, será que ele ainda estaria vivo? Ou será que a morte o pegaria no GP seguinte? Puxa, isso daria um ótimo conto...
Valeu!

M@rcOs Alex disse...

Ainda bem que tu nasceste e nós nos conhecemos vivente, aí é que as coisas ficaram melhor, pois com amigos tudo fica bem melhor.
Abraços.

Kari disse...

Mas rapaz... que coisa mais profunda! Gostei mesmo!

Caramba, é mesmo! Colhemos hoje o que plantamos ontem, né?

Marquinhos, tu estas cada dia melhor, viu?

Um beijão

Anônimo disse...

Bom, eu tenho uma visão bem realista da coisa. Mercadologicamente falando, se um funcionário trabalha tudo o que pode, é assíduo, pontual, responsável, pró-ativo e produtivo, a empresa em que trabalha vai querer sempre este ser de luz trabalhando a seu favor. Mas se ele, de repente, morre, fica doente e se afasta por 6 meses, cansa do batente, etc... a empresa vai contratar outra pessoa... que talvez não seja 10% do que a outra representava, mas que vai dar um jeito de substitui-lo...

O que quero dizer com esse exemplo muito infeliz é que sob determinada ótica, o ser humano é uma mercadoria substituível, negociável, comercializável...

Porém, não sou um ciborg, sou um homem de carne, osso e alma e creio profundamente na nobreza dos bons sentimentos que são incomparáveis, insubstituíveis e atemporais.

Pensar o que aconteceria sem minha presença no mundo? Sei lá, nunca me deparei com essa pergunta, mas sempre me faço outra questão tão filosófica quanto espírita: por que estou aqui?

Essa pergunta é muito mais inquietante e serve de subsídios para outros posts... mas que na realidade deve ser respondida pos nós mesmos quando a ficha cair.
E repensada sempre!

Abração, irmãozinho!

Anônimo disse...

Olá Vinícius....faz tempo que não venho aqui, mas nunca é tarde demais...
Gostei de ler sua mensagem, é sempre bom estar em contato com palavras otimistas, hoje eu precisava muito, obrigada!
Você tem razão, ter um blog nos torna mais simpáticos e comunicativos e ajuda o potuguês e nos força a adquirir cultura quando procuramos por uma mensagem pronta para postar.
Grande beijo!

Xande disse...

dae xará!
ahuahuahuahua

teo post me fez lembrar do filme "O Efeito Borboleta"...
"O bater das asas de uma borboleta pode causar um tufão na Ásia"
é a frase que aparece no início do filme...
cada palavra pode ser interpretada de mil formas gerando milhares de possibilidades!

viajei um pouco, mas eh mais ou menos isso!
:)