No domingo vieram alguns amigos aqui em casa, como vocês já puderam notar que é usual e que eu já me acostumei. Mas o mundo muda, principalmente quando nós mesmos mudamos. Isso me lembra duas frases: “Para mudar o mundo, mude primeiro o homem” e “[...] Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo [...]”, ambas muito boas, inteligentes e escritas por pessoas igualmente boas, inteligentes e principalmente fodonas. E como eu dizia, o mundo muda quando nós mudamos. Não exatamente muda, mas nossa percepção sobre ele muda, o que o faz diferente. “Você cria um universo ao percebê-lo”, outra frase de um cara bom, inteligente e fodão.
Então, como eu estou diferente, e pelo menos acho que estou, os sentimentos que uma reunião de amigos me proporciona são diferentes também, ou mais intensos. Talvez minha sensibilidade para esses sentimentos tenha se intensificado agora que não os tenho a todo momento, vai saber. E isso me faz dar mais valor a elas, mesmo que elas aconteçam pouco e com menos pessoas do que antes. Mas quando o pessoal é bom, não interessa a quantidade de gente, vai ser sempre revigorante e calmante, uma espécie de lembrança que por trás de todos os problemas, lá no fim do arco-íris, existe um baú de ouro brilhante esperando por tolos como nós que queiram buscá-lo.
Com bastante gente, as músicas cantadas ficam mais emocionantes e os cabelos da nuca em pé são mais freqüentes, mas em contrapartida, com pouca gente, as conversas são mais compenetradas, os assuntos são mais agradáveis e a telepatia entre todos fica com o motor em um nível de potência apenas possível em algumas situações muito especiais.
Enfim, depois dessa reunião, depois do tchau, e da já conhecida sensação de vácuo no coração, voltei pra dentro de casa e fui dormir. Antes de dormir, notei que a sensação de vácuo já tinha ido embora, mas não por que fiquei menos triste pelos amigos terem se ido, e sim por que as sfihas (as maravilhas do Habib’s) estavam se comportando de maneira estranha com os goles de Coca no meu estômago, e fazendo com que todos os sensores de desconforto do meu cérebro ficassem ligados e piscando. Deixei pra lá e dormi assim mesmo.
De manhã cedo, depois de um desjejum duvidoso, fui pra escola e no caminho mesmo já notei que daria à luz um alien (Yes, momento eca!©). Passei o dia todo me tremendo na cadeira pra controlar o bicho, com sucesso. De meio dia, eu e um amigo meu fizemos uma parte de um outro trabalho megalômano que nos passaram, e viemos para minha casa abaixo de uma pequena chuva torrencial. Pelos padrões de tamanho de chuva que se conhece, era muito pequena mesmo, mas era torrencial para alguém que, como nós, não tinha guarda-chuva.
Fizemos outros temas mais urgentes, e logo depois ele foi embora. Fiquei o resto do tempo coçando e aqui estou eu, escrevendo no blog, constatando que parece que perdi a prática ou que nunca a tive, que tenho que descansar, e que quando chegarem as férias de inverno eu vou me trancar por dois dias dentro do meu quarto, em quarentena, com recomendações do médico (no caso, eu mesmo) de ficar em absoluto repouso. Recomendação que eu irei levar ao pé da letra. Ou mesmo à perna da letra, à mão da letra, ao pescoço da letra, ou talvez, para economizar tempo, levarei a letra inteira.
O título do post de hoje é apenas um trocadilho infame com minha própria situação, e com uma frase que lembrei, frase esta que deve ter sido escrita por alguém bom, inteligente e fodão.
Abraço!
Há 11 anos