quarta-feira, 30 de julho de 2008

At Speed of Light

Agora sim eu posso dizer que recordo como eram os tempos despreocupados e sem grilo nem galho do ano passado. Terminei todos os temas que tinha pras férias ontem, o que quer dizer agora a pouco, e desde então tenho gozado da mais perfeita tranqüilidade.
Faz pouco tempo, mas já sinto até as costas mais moles, a cabeça mais leve... Tudo está mais colorido e todas as coisas tem mais graça. A chuva, que antes era a “desgraçada da chuva, não dá pra sair na rua sem parecer estar mijado” agora virou a “adorável céu caindo, trilha sonora para um sono mais profundo do que a Fossa das Marianas”. O orkut, que antes me estressava emperrando, agora me fornece um tempo para pensar, ao dar pau de vez em quando.
É, no fim, é tudo questão de ponto de vista. Tomates são vermelhos mas se eu fosse daltônico eles seriam cinza escuro. Não que seja a melhor das analogias, mas foi a primeira que me veio. Tenho que aproveitar para escrever tudo o que eu quiser agora, por que a essa hora da noite qualquer senso crítico que eu tiver está reduzido a algo que apenas filtra os palavrões e frases que podem ser (muito) mal interpretadas, e isso acaba dando liberdade maior para que o cérebro mande e os dedos façam com que o teclado obedeça.
E voltando a falar das férias, essas que eu comecei a aproveitar agora (nota interessante: elas terminam sexta-feira), como eu gostaria de viver continuamente em férias. Sei que eu não agüentaria. Talvez um ou dois meses, e depois disso iria arrumar uma ocupação. Mas as vezes, no auge da inquietação com a rotina pesada, a vida de um vagabundo é o paraíso mais almejado. Não ter hora pra acordar nem pra dormir, poder ficar no MSN até a hora em que um dos teclantes (acabo de inventar este termo; será que eu consigo patentear?) queira ir dormir, abafar o som do teclado sendo metralhado pelos dedos ágeis com a chuva e com um sonzinho que vai desde Mamonas Assassinas até música clássica (5ª sinfonia, Fuga do Bach, musiquinhas daquele meu aprendiz de tenor já falecido, Pavarotti, entre outras), passando por música celta, MPB, e forró, enfim, essa vida tão simples de quem não tem mais nada o que fazer.

Estou escrevendo isso tudo por puro egoísmo. É, por que além de eu ter um certo prazer em me exibir para os menos favorecidos nos quesitos “férias” e “descanso” e muito mais favorecidos, infelizmente para eles, nos quesitos “trabalho” e “encheção de saco”, hoje eu também escrevo exclusivamente para relembrar como é bom escrever sem fazer muitas paradas, deixar o texto fluir o mais próximo possível da velocidade dos pensamentos que a velocidade da digitação pode possibilitar, tendo cuidado apenas em deixar publicado algo que se auto sustente e que faça sentido, mesmo que seja preciso virar a cabeça de lado, dançar a dança da chuva e dizer cocoricó para entender.
Talvez seja mesmo difícil para alguém que não seja eu entender tudo o que eu digo aqui, mas entendendo uma parte já é bem bom. É que hoje, além dessa despreocupação com a continuidade e alicerces do texto, eu também sinto uma certa alegria eufórica. Eu não acredito muito nessas coisas de energia positiva e energia negativa, mas que é verdade é verdade. Não creio nas bruxas, “pero que las hai, las hai”. Algumas pessoas só de estarem perto de ti já te deixam pra baixo, outras, por outro lado, te deixam feliz até com uma simples conversa virtual, e isso, aliado com as minhas férias estarem finalmente dando certo, é o que me deixa com a certeza de que vou dormir muito bem hoje. E se existe uma coisa mais incompreensível do que uma pessoa exageradamente feliz falando, é um blogueiro metido a proto-escritor exageradamente feliz escrevendo.

Por agora é só, desejo pra vocês um bom resto das minhas férias (husahsuahsuahsah, infame essa...).

Abração!

PS: vou olhar por cima na correção deste texto, estou cansado e não quero mexer muito nele. Hoje acho que posso dizer que o texto publicado é praticamente minha estilística pura. ;)

4 comentários:

Kari disse...

Posso te fazer só um pouco de inveja? As minhas férias só acabam na terça-feira!!!!!! =D

Que bom que tu estas curtindo. Mesmo que sejam apenas poucos dias, ainda assim já dá pra descansar e esvaziar a cabeça, pra começar o novo semestre bem zen!!! Ou melhor, isso só até tu chegar no terceiro ano, né? Aff Mas enfim, enquanto ele não chega, aproveita guri!!!!!

Um beijão pra tu e adorei a estilística em...
hehehehhehe

Anônimo disse...

Oi Marcus, bem rodando, rodando pela rede, encontrei seu blog pelo do Frodo, espero não incomodar.
haha, adorei a "estilística"...
e pode ir fundo, o "teclantes" é uma objetiva palavra.... rsrs Patenteia... rsrs
Bijo *-*

Anônimo disse...

Eita que post gostoso e leve de se ler!
gostei!
\o/

e fazer inveja lá na...
deixa pra lá
¬¬
uahuahauha

;*

Anônimo disse...

Como você explica essa sensação de pessoas que te deixam para baixo e para cima?
Não pe que eu não acredito em energias, mas acho que existe algo que não vemos, e isso foi chamado de energia!
Gostei do que você veio a expor.
E que bom que está feliz...