E cá estou eu de volta para o mundo blogueiro. Estava com muita saudade de todo mundo que passa por aqui, além de ver estrelas por não estar escrevendo mais. Espero que não tenham esquecido de mim, mas até é perdoável visto que eu passei uns bons quinze dias longe dos compromissos na blogosfera. Mas valeu a pena.
Voltei renovado (hoje, particularmente, acordei meio sem vontade de fazer nada, mas já estou melhor: era só sono), com algumas idéias revolucionárias(!?!), com uma cor es-pe-ta-cu-lar(!?!) e com vontade de continuar de férias. Ainda nem me bateu a saudade da escola. O lugar que eu fui é maravilhoso, e para vocês terem mais ou menos idéia eu vou tentar descrevê-lo.
Arambaré é o típico lugar Fim de Mundo em expansão. É natureza pura: mato, rio, banhado, peixe, bicho etc., mas a cada ano a civilização vai tomando conta. É praia de lagoa (de que adianta ter a maior lagoa do mundo se nós só aproveitamos os primeiros vinte metros?) e por isso tem sempre uma brisa agradável. Claro que, à medida que vai se chegando mais perto da lagoa, principalmente à noite, essa brisa agradável se transforma em um barulhento tufão que transforma qualquer penteado em um espigão, não importando a quantidade de gel, ou mesmo concreto, que se ponha na cabeça.
É praia, então cor é uma coisa impossível de tu não pegar, nem que seja o vermelho. Eu peguei uma cor bem legal e me assustei ontem no meu primeiro banho na minha casa de verdade, quando vi a minha pele bem mais escura do que de costume recortada contra o azulejo branco do banheiro. Eu estou mais escuro, mas a parte interna do braço e a bunda ainda podem causar cegueira em quem olhá-las diretamente.
Lá tudo tem um gosto diferente: andar no centro, andar de bicicleta, pescar, conversar, e até mesmo olhar televisão. Comer então, nem se fala. O gosto é tão diferente, tão melhor, que eu engordei uns bons três quilos. Sem exagero. Minha mãe disse que eu havia crescido (em quinze dias??), mas acho que ela confundiu a altura com a largura, coitada.
Quando eu vou pra lá eu fico na casa da minha vó, e ela é uma laje. É tri massa conversar com ela, sobre qualquer coisa, e os pratos que ela faz nas refeições são quase melhores que os de mãe. Ela implica bastante com meu vô, mas eu acho que se isso não acontecesse, eles não iam se gostar tanto. E eu também adoro conversar com meu vô. Claro que os assuntos são outros e o ritmo da conversa também é diferente, mas ele é um cara cheio de cultura, muito embora não represente.
Lá é o paraíso disfarçado de cidade pequena, podem crer.
Acho que aproveitei bastante minha estada lá, até mais do que me é necessário. Sou bem pouco ativo quando o assunto é praia, sou mais de curtir uma rede, lendo um livro. A menos que no assunto praia estejam embutidos outros assuntos, mas deixa pra lá.
Bem, já deu pra matar um pouco a saudade das vírgulas e pontos e da internet em geral. Agora eu tenho é que dar um ligeirão nas minhas leituras dos blogs amigos, por que já faz uma data que eu não comento mais.
Abração, e saudações tricolores!
Há 11 anos