quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Colcha de Retalhos

Fiquei um tempão sem postar, e hoje tenho várias coisas novas para contar. O que é engraçado, por que muitas vezes no passado eu não tinha nada pra dizer e mesmo assim eu dizia alguma coisa. Nada que prestasse, mas dizia.

Enfim, vamos aos fatos...

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Sábado pela manhã ocorreu a tão comentada por mim prova do Liberato. Quase dois mil estudantes de mais de 50 municípios do estado estavam lá. Isso até deixa a minha situação meio estranha, já que eu moro a duas quadras da tal fundação. Se eu não participasse dessa prova, eu bateria em mim não fosse o fato de eu ser eu, mas deixa isso pra lá. Já devo ter citado esse paradoxo uma ou duas vezes.
Conferindo o gabarito no site da Liberato (www.liberato.com.br), eu descobri que acertei 18 questões das 25 que havia. Sem mentir, foi a minha pior atuação em uma prova, desde que eu entrei em uma escola, tirando as olimpíadas de matemática. Dizem as más línguas que eu consegui passar, mas as experiências que eu tenho em cantar vitória antes do tempo não são muito boas. Na última eu perdi feio em um jogo de canastra, e na imediatamente anterior eu terminei com uma espada de madeira encostada na nuca.

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Sábado de noite – ô diazinho, hein? – teve o desfile do Garoto e Garota Clemente Pinto, que eu participei na categoria Garoto Infanto. É muito estressante participar de um evento desses, ainda mais para quem organiza, mas os segundos em que você está na passarela enquanto nove a cada dez pessoas inclusive seus amigos do peito gritam o seu nome ou torcem de alguma maneira são mais do que compensadores. E quis o destino que eu ganhasse, então não apenas compensou como também sobrou compensação, e muito. Na hora da premiação eu nem lembrava mais da dor que eu estava sentindo nos restos mortais de minhas pernas, nem no desconforto na coluna em ter de ficar horas em pé e com uma postura correta para garantir a nota dos jurados; eu só fazia sorrir, olhar para a minha torcida e agradecer de todas as formas possíveis para qualquer pessoa que ficasse parada tempo suficiente perto de mim. É muito bom.

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O retalho de agora diz respeito aos dois retalhos anteriores.
O final de semana em questão foi talvez o mais rico em emoções e insights solitários da minha vida. Deixa eu explicar:
Pela manhã, eu tive a prova, e a todo o momento eu beirava uma síncope por nervosismo reprimido. Saí de lá confiante de que tinha feito um bom trabalho. À noite, eu tive o desfile, e junto dele todo o kit de emoções relatadas no retalho de antes. Depois de ganhar, eu logo fui embora junto com o pessoal que estava torcendo por mim, todos me parabenizando e zoando um pouco também o caminho todo. Ao chegar em casa, eles se tocaram na minha prova do Liberato (os participantes da prova podem levar pra casa a prova pra conferir no gabarito) como cães em um pedaço de bife mal passado. Dali a alguns minutos veio a confirmação de que eu tinha feito 18 acertos. Pra mim aquilo era muito pouco, eu esperava praticamente gabaritar a prova. Daí bateu o desespero. Fui tomar um banho pra por a cabeça em ordem e não funcionou. Depois de sair do banho, fiquei ciscando ao redor deles pra ver se eu conseguia me esquecer da bendita prova, mas se eu olhasse para qualquer um deles eu prontamente lembrava da mescla de fobia-do-que-podia-acontecer, decepção-certa-por-parte-dos-conhecidos e outros tantos pensamentos infelizes que só cresciam dentro de mim. Nem parecia que eu era o próprio que poucas horas antes estava transbordando satisfação consigo mesmo.
Depois de muito pensar (isso depois de acordar domingo) e meditar sobre todas as possibilidades, eu cheguei a conclusão de que não adiantava fazer nada, a merda estava feita e só adiantava esperar, por que o que quer que acontecesse não seria pior do que o que eu posso agüentar. Um tanto quanto confuso, mas era isso mesmo.
Só mais tarde eu fui descobrir que minha nota não foi tão ruim assim, que na média das pessoas tinha sido até boa, mas esse desapontamento foi preciso para um certo update em mim. “Nenhuma lição sobre o fogo é tão boa como a própria mão queimada”.

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Segunda-feira. Meu aniversário. Da Candy também (parabéns!!). Cem recados no Orkut em mais ou menos dois dias. Na escola, uma mistura de “feliz aniversário” com “parabéns Garoto Infanto-Juvenil”. Pedidos de MSN por parte de pessoAs que eu nunca vi na vida. Tá bom ou quer mais? Hehehehe.
De noite vieram aqui em casa me dar um abraço os amigos da FUB+associada e também vieram uma prima, a mãe dela, meu avô e minhas avós. Muito massa. Olhamos novela e um pedaço de um filme bagaceiro ao limite, e como tem gente que trabalha nesse mundo, meus amigos tiveram que ir para suas casas.

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Sábado vai ter a comemoração do meu niver, vem a cambada toda. Vai ser indescritivelmente bom. E dezembro vai ser cheio. Passeios de final de ano, formaturas, reuniões, Natal, Ano-Novo, etc... vai ser no mínimo interessante.
E mal vejo a hora das férias chegarem. Reler alguns livros de novo, aprender algumas músicas novas, jogar bastante no computador, e principalmente poder se entregar ao ócio total e absoluto.

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Bem, era isso. Eu sem sobra de dúvida esqueci de algo, mas agora já era.

Abraço!

3 comentários:

Anônimo disse...

Devo ser um dos poucos mortais que não está nem aí se tu vai passar, ou não, nessa prova. Tá, soa como descaso, mas tu sabe bem que não é, e sim que é meu jeito de ser.

Lembro que meu pai queria por toda lei que eu fizesse a prova do Liberato e eu, abalroado por uma centelha divina que iluminou meu cérebro naquele momento, neguei com veemência, ato do qual me orgulho até hoje.

Sim, esse é o relato de quem não tem absolutamente nada a ver com ciências exatas.

Portanto, vamos fazer festa no sábado, e tenha em mente que, para a carga emocional que tu carregaste até sábado, fizeste o que estava ao teu alcance. Se passar, passou; se não passar, paciência, ano que vem tem de novo.

Estamos entendidos? =]

Um abraço!

Anônimo disse...

Irmãozinho, eu SOU das exatas e eu FIZ Liberato, mas independente do que acontecer na prova, tu tem meu apoio.

Lembra do email que te mandei sobre vivência? Pois é... cair e aprender a levantar é uma das coisas que mais dói...
Curtir o sucesso sem ficar chato também é difícil...

Portanto, respire lentamente muitas vezes durante toda essa semana e depois do listão dos aprovados a gente vê o que faz.

Te cuida.
Um abraço!

Kari disse...

Ô guri...
Adorei teus retalhinhos!!!!
E num fica triste não, pois eu tenho certeza que tu passa nessa prova!
E quanto ao ócio... o melhor é se entregar a ele sem nenhum peso na conciência... aí aí, num vejo a hora!

Fica bem aí, tá?
Beijão pra tu