segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Relato dos Passeios

Eu não gosto desse tipo de post, meio que ele só serve pra contar-lhes como está a vida e etc. Mas fazer o quê, não dá pra exigir do cérebro uma coisa diferente toda semana, e, afinal de contas, quando a gente vai explicar para os desinformados o que é blog, a gente acaba apelando pra descrição de “diário virtual”. Um diário meio aperiódico, e paradoxal por causa disso, mas não deixa de ser. Um “diary”, não um “daily”.
Poderia ter posto um título mais legal, algo que fizesse parecer que eu me esforcei pra criá-lo, mas não, não estou com disposição para me esforçar em nada. Sairia algo como “estou morto”, “ relato do meu óbito”, ou em um arrombo de criatividade um “resposta ao ‘Sim, ainda estou vivo’”. Reparem como eu carreguei de sarcasmo o arrombo de criatividade.
Seria resposta porque eu não posso dizer com toda a certeza que estou vivo. Pelo menos não no sentido conotativo da palavra. Qualquer um que teve dois passeios de final de ano seguidos um atrás de outro consecutivamente (hehe) deve concordar comigo.
Domingo foi o do coral. Pela manhã estava nublado e tinha uma leve brisa, o que nós interpretamos como sendo o arauto de um belo dia. Mas não. As nuvens, em vez de irem embora, se condensaram em chuva fina, e a brisa, em vez de amornar, virou um vento gelado e forte.
O que não nos impediu de sermos felizes e nos atirar na água. Logo depois de cairmos na água, brincarmos um pouco, constatarmos que não tinha nada pra fazer e voltarmos pro acampamento, nós vimos que se não fizéssemos algo seriam servidos novos sabores de picolé no outro dia. Todos com o nome de cada um de nós. Eu queria pegar uma cor, mas não sabia que ela seria logo o roxo de frio.
Não fosse a companhia de pessoas especiais como são os meus colegas do coral, o passeio teria sido um fracasso total. Foi com eles que eu enfrentei o frio na piscina, brinquei na pracinha, quase quebrei metade dos brinquedos de lá e ainda corri na chuva como uma criança. Valeu como encerramento, mas a janta na petiscaria do centro vai ser muito bem vinda.
Depois de voltar do passeio, já semi consciente, dei uma olhada no Orkut e nos comentários daqui do blog, e caí que nem um saco de bosta na cama. Foi fácil, dias antes eu quebrei a cama depois de saltar sobre ela (não estou mais tão leve), e agora ela está no chão.
No dia seguinte, bem cedo, eu me acordei e fui pro passeio da escola. Passeio de escola é uma coisa mais desorganizada do que o meu quarto (digam: ohhh!), e depois de uma hora de espera, eu consegui descobrir qual era o meu ônibus e fomos. Sentei junto dos professores, na frente do ônibus, que compartilhavam comigo a mesma opinião a respeito do pagode suspeito que uns alunos cantavam no fundão. Ficamos compartilhando ainda mais das mesmas opiniões quando eles começaram a tocar uns funks agradabilíssimos ao ouvido.
Chegando lá, fomos direto aos mochileiros, não os viajantes de carona, os armários de guardar mochilas. Eu e mais uns nos trocamos na rua mesmo, pois a sunga estava por baixo. É nova, e arrancou alguns assobios durante o passeio. Esse fato é totalmente irrelevante, mas sei lá, não custa nada dizer.
Fui a quase todas as piscinas e desci em todos os tobogãs, mais vezes nos maiores e pouco concorridos. Não consegui me queimar nem bronzear, mesmo passando protetor solar e bronzeador. O bronzeador eu peguei emprestado de uma colega, e passei um pouco por cima do protetor. Quando eu vi que não deu reação química e minha pele não começou a borbulhar, passei no resto do corpo.
Me desculpem as leitoras do blog, mas não posso deixar de acrescentar isso. Em um parque aquático como o que eu fui, deveria ter, além da enfermaria para cortes e afogamentos, uma enfermaria só para os casos de vesguice. Pois é. São tantos os tamanhos e estilos de biquíni para observar ao mesmo tempo e com extrema cautela que minhas córneas ficavam loucas, e não foram poucas as vezes em que um olho seguiu em direção diferente do outro.
No final, mais atraso, mais confusão com as mochilas, mais desconforto nos vestiários cheios, etc. No caminho de volta participei de um papo tri cabeça com os mesmos professores de bom gosto da ida, e ainda recebi vários elogios, o que, conseqüentemente, me fez prometer um monte de presentes de Natal. Eles sabem que vão acabar recebendo um conjuntinho, abraço e beijo, mas o que vale é a intenção.
E foi isso, agora o que resta de mim está aqui, escrevendo pro blog não ficar abandonado novamente. Vou tentar retomar o ritmo.
E depois dessa rápida retrospectiva mental dos acontecimentos, notei que continuei na seca. Irônico, por que eu estava em um parque aquático, mas já faz “tanto tempo que eu nem me lembro mais”. Isso me faz lembrar de uma música, mas daí já é o cúmulo da cara de pau querer enrolá-los por mais um parágrafo que seja.

Abraço, meus pacientes e queridos leitores!

Um comentário:

Kari disse...

Bom, antes de tudo, fiquei curiosa sobre a música e adoraria ler mais um parágrafo sobre ela, mas tudo bem...
Quanto a parte do biquíni, meu querido Marquinhos, eu não posso te culpar de forma alguma. Existem, de fato, os mais variados modelos e tamanhos de biquinis, e parece que os favoritos são sempre os menores, por isso, não tenho como te culpar. Afinal, se não quisessem que você olhasse, não os estariam usando, certo?

Ah! É impressionante como os amigos mudam tudo, né? Mesmo em um dia chato e chuvoso, a companhia deles alegra qualquer um... aí aí

OLha, tem um coisinha lá no meu blog, no post "Momento diferente (III)", que é ótimo para ser usado nos dias que a inspiração estiver brigada com agente... Aproveita em...

Beijão "guri"